PROPÓSITO, BEM ESTAR E FELICIDADE

Há cerca de 2 anos migramos de esporte, Solange, Vabo Jr e eu, do jogo de tênis no saibro (que não deixamos de praticar) para a corrida de rua, uma atividade física que tornou-se um verdadeiro vício do bem.

Considerando a regularidade possível para quem trabalha em média 12 horas por dia, procuramos treinar regularmente, 3 vezes por semana, em geral das 7:00 às 8:00h, sempre que o trabalho no dia anterior termina antes das 22:00h…

Nossa meta é correr a meia maratona com um tempo razoável para a nossa realidade (entenda como real idade), desafio programado para outubro deste ano, mas ainda não estamos seguros de que estaremos prontos.

Esta nossa recente afinidade com as corridas de rua nos estimulou a participar de mais de 12 edições nos últimos 2 anos, variando entre 5 Km e 15 Km, em circuitos organizados no Aterro do Flamengo, Centro do Rio, Lagoa Rodrigo de Freitas e até na praia da Barra da Tijuca, a maioria das vezes de dia e algumas poucas vezes à noite.

O mais legal dessa verdadeira opção de vida não é somente perceber o quanto isso faz bem à sua saúde, disposição e alegria de viver, mas também o quanto seu exemplo inspira e motiva outras pessoas a seguirem o mesmo caminho da vida saudável, da prática regular de esporte, da alimentação orientada, do controle de peso, da busca pelo bem estar.

Esta experiência de aglutinar pessoas em torno deste mesmo objetivo (e não me refiro a atletas, mas a pessoas comuns, como Solange e eu, que trabalham, estudam, viajam, têm família para cuidar, gostam de comer e de beber, têm amigos para conviver e amores para viver), tem se mostrado apaixonante, gerando uma rede social paralela, relevante e admirável.

Eu, Solange, Allain, Rodrigo e Vabo Jr lançamos a semente da equipe Reserve Running, em dezembro de 2016, em corrida de 10 Km no Aterro do Flamengo

Nossa mais recente iniciativa nesta área veio de uma semente lançada no final de 2016 com apenas 5 pessoas, que transformou-se hoje numa ação, que batizamos Reserve Running, parte integrante de nosso programa Bem Estar, hoje com mais de 30 motivados participantes.

Em julho, fizemos a primeira edição, num domingo chuvoso, mas que não impediu que 27 participantes dessem uma (7,5 Km) ou duas (15 Km) voltas na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na corrida Fala Menos e Corre Mais, evento em que subimos ao pódio como terceira maior equipe da corrida.

A estréia oficial da Equipe Reserve Running foi na manhã de um domingo chuvoso, em 02/07/17, na Lagoa Rodrigo de Freitas

Sábado passado, à noite, fizemos a segunda edição oficial do Reserve Running, com metade da equipe correndo 5 Km e a outra metade correndo 10 km no Aterro do Flamengo, também no Rio de Janeiro, junto com milhares de outros corredores inscritos na Night Run, uma já tradicional corrida noturna.

Na Night Run, no Aterro do Flamengo, em 12/08/17 sábado à noite, nem o frio afastou corredores motivados com um mesmo propósito: curtir e ser feliz

Todo este movimento visa agregar um grupo de pessoas que já são conectadas por um propósito comum, a compartilharem momentos pessoais, fora do ambiente de trabalho, num projeto de qualidade de vida, de saúde e bem estar, um verdadeiro brinde ao companheirismo e à amizade.

Porque trabalhamos juntos, desenvolvemos tecnologia juntos, passamos a maior parte do dia juntos, nos desafiamos juntos, avançamos juntos, inovamos juntos, enfrentamos o dia-a-dia juntos, progredimos juntos, e no fundo, no fundo, o que cada um de nós merece é ser feliz.

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PERTENCIMENTO

É o sentimento de acolhimento, de que você faz parte de um grupo com um mesmo propósito, e de que este grupo também pertence a você.

Quando um amigo (profissional senior reconhecido por sua dedicação aos projetos em que atua) que viveu a experiência de trabalhar em “home office” durante cerca de um ano e que acaba de retornar ao trabalho no escritório, ouviu a pergunta sobre como está sendo este retorno, sua resposta surpreendeu:

Estou muito feliz em pertencer ao grupo outra vez.

Eu suspeitava desta realidade, em contraponto a tudo o que se apregoa como vantagem sobre o trabalho em “home office” e, por isso, insisti:

– Apesar do trabalho em “home office” oferecer maior flexibilidade, você está contente por retornar ao trabalho no escritório, com compromisso de horário, com projetos em grupo, com convívio com colegas, essas coisas…?

A resposta foi conclusiva:

O trabalho no escritório oferece mais liberdade do que em “home office”, que acaba prendendo você em casa…

No fundo, a formação de um grupo de pessoas, que se encontra todos os dias, no mesmo horário, no mesmo local, para trabalhar com paixão pelos mesmos projetos, com um mesmo propósito, na direção de um mesmo sonho, tem mais a ver com dar um sentido à vida do que com trocar trabalho por remuneração.

Pertencer a um grupo que pertence a você é uma das necessidades do espírito humano

E quando você chega a este ponto, de encontrar este grupo, este projeto em que você se alinha, uma cultura em que você compartilha as mesmas crenças, os mesmo valores, as mesmas atitudes, e este grupo recebe você, acolhe você, acredita em você, considera você como integrante genuíno do grupo, neste momento você percebe o sentido de pertencimento, de você pertencer a algo e este algo pertencer a você.

Este senso de pertencimento é o que nos dá a sensação de participarmos de “alguma coisa maior do que nós mesmos”, nos dá força e incentivo para lutar por uma causa, que será comum também aos colegas que estão ao nosso lado no dia-a-dia, com quem compartilhamos os desafios, as ideias, os projetos, os acertos e os desacertos, as vitórias e os aprendizados, os motivos pelos quais levantamos todos os dias para alinhar com um grupo de pessoas em que acreditamos e com quem temos convicção de que conquistaremos os objetivos.

Faz sentido e dá sentido à tudo o que se faz…

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REFORMA TRABALHISTA MEIA BOCA

Apesar de significar algum avanço, não consigo enxergar onde esta reforma trabalhista mexerá realmente na ferida, a ponto de atingir seu real objetivo de estimular a geração de novos empregos para reduzir o atual preocupante índice de 14 milhões de desempregados no Brasil.

Após analisar e reanalisar o texto aprovado pelo Senado, continuo pensando na perversa situação em que um candidato a emprego faz uma entrevista para um salário de R$ 5 mil, com a percepção de que, após os descontos, receberá menos de R$ 4 mil, enquanto o empregador tem a certeza de que custeará cerca de R$ 10 mil, incluindo os encargos trabalhistas, custos indiretos e benefícios.

Os principais “avanços” da reforma trabalhista lembram a tentativa inútil de maquiar um monstro…

Com uma diferença de 60% que não vai direto para o bolso do empregado, mas que sai do bolso do empregador, esta conta nunca fechou e, pelo que percebi, ainda não será desta vez que a nova reforma trabalhista resolverá esta equação…

Aos que, ainda assim, defendem a “manutenção dos direitos trabalhistas”, eu costumo lembrar 15 das mudanças que vivenciamos nos últimos 10 anos, amplamente difundidas nas redes sociais, mas que merecem ser relembradas neste contexto:

1) O MP3 faliu as gravadoras.
2) A Netflix fechou as locadoras de filmes.
3) O Google detonou as enciclopédias.
4) A OLX eliminou os classificados de jornal.
5) O Waze enterrou os aparelhos GPS.

6) O Uber complicou a vida dos taxistas.
7) O Airbnb complicou a vida dos hotéis.
8) O Youtube complicou a vida das TVs.
9) O Facebook complicou a vida das TVs.
10) O Whatsapp complicou a vida das telefônicas.

11) O Tinder ameaça o objetivo das baladas.
12) A Tesla ameaça o modelo das montadoras.
13) O Nubank ameaça o mercado bancário.
14) A Bitcoin ameaça o sistema monetário.
15) O smartphone acabou com o telefone fixo, detonou as câmeras fotográficas e filmadoras amadoras, levou pro museu o relógio despertador, baniu a agenda digital, substituiu o bloco de anotações, recriou os tocadores de música, os gravadores pessoais etc.

E ainda existe quem queira viver com dogmas trabalhistas criados para o mercado de trabalho de 1943…

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