COMPULSÃO POR INOVAR

Não conseguimos evitar…

Nossa iniciativa de investir e acelerar uma startup de operações profissionais e soluções com drones não foi imediatamente assimilada pelo mercado.

“O que, afinal, os drones têm a ver com o negócio do Reserve, de tecnologia e gestão corporativa?” Foi a pergunta que mais ouvimos, cuja resposta só poderia ser ambígua: “Nada, e tudo”.

Quando identificamos uma dor do mercado brasileiro de gestão de viagens corporativas e inovamos ao criar o primeiro OBT do Brasil, nos idos de 2004, estávamos fazendo o que mais gostamos, que é desenvolver novos produtos que as pessoas amem usar.

Este primeiro lançamento deu margem a criarmos diversas outras inovações incrementais (1o. OBT Mobile em 2008, 1o. Robô de Emissão de Bilhetes em 2009, 1o. Expense Management em 2010, 1o. Fast-Scan Reader em 2011, 1o. Sistema Integrado de Gestão de Despesas e Viagens em 2012, 1o. ERP Data Feeder em 2014, 1o. Strategic Procurement Management em 2018), mas a inovação disruptiva foi a primeira, aquele sistema de self-booking batizado de “online booking tool”, hoje ferramenta obrigatória para todas as agências de viagens corporativas e, associado à gestão de despesas, instrumento recomendável para todas as empresas com mais de 50 funcionários.

A questão aqui é que o uso de drones está apenas começando, no Brasil e no mundo, tratando-se portanto de um terreno fértil para aquilo que é a paixão de nosso time: a inovação.

O fato é que, em menos de 6 meses de aceleração, nossa startup MyView concluiu o desenvolvimento de uma aeronave (como chamamos internamente os drones) autônoma, ou seja, capaz de transportar um produto do ponto A ao ponto B, sem a ajuda de um piloto (ou operador), decolando, atingindo uma altitude de voo pré-programada, voando a uma velocidade configurada, evitando ou contornando obstáculos fixos e móveis através de sensores, aterrisando no local determinado, liberando uma encomenda para um consumidor e retornando ao ponto de origem, tudo isso somente com uso de software, baseado em inteligência artificial e robótica cognitiva.

Com esta aeronave, batizada tecnicamente de MVAD4-01 (de MyView Autonomous Door-to-Door Drone Delivery – Versão 01) realizamos a primeiríssima entrega comercial da história de um produto por drone autônomo no Brasil, fato noticiado em primeira mão pelo Portal Panrotas.

A MVAD4-01, criada pela equipe do MyView Dronelab, demandou 8 meses de pesquisa, projeto, prototipação e testes, até ficar pronta para realizar o voo inédito no Brasil

Algumas pessoas se surpreenderam, outras elogiaram, algumas poucas duvidaram, pois “a Boeing, a Amazon e o Google têm projetos anteriores a este, com muito maiores investimentos e expertise de mercado”.

Ok, mas nenhum foi realizado no Brasil.

Outros lembraram que “já houve uma entrega de um sanduíche por drone para um cantor em cima de um trio elétrico em Salvador, no carnaval de 2019”, numa ação de marketing de uma empresa de entrega de comida.

Ok, mas não foi entregue por um drone autônomo.

Houve ainda quem nos avisasse que “já houve simulação de transporte de um produto por drone autônomo, alguns meses antes, no Brasil”, referindo-se a um voo teste, em ambiente controlado, em que um drone transportou uma carga por alguns metros, baseado em geolocalização.

Ok, mas foi apenas uma simulação, não foi uma entrega comercial real.

Quando nos referimos a uma entrega comercial, significa que nosso projeto incluiu a aquisição de um produto real, por um consumidor real, de uma loja real e foi entregue num endereço real, ou seja, uma entrega verdadeira, feita com toda a segurança, em menos de 4 minutos, envolvendo todos os desafios de algo que nunca havia sido realizado no país…

Portanto, esta inovação disruptiva teve 3 características que a tornam única, até esta data: foi a primeira entrega comercial de um produto por drone autônomo no Brasil.

Este é o vídeo da primeira entrega comercial de um produto com drone autônomo no Brasil

Ainda não sabemos quantas inovações incrementais este projeto ainda terá, mas seguramente serão muitas, desde o formato e payload (carga útil) da aeronave, alcance de voo e softwares de navegação, até mecanismos de carga na loja e descarga na entrega do produto ao consumidor, incluindo a logística de armazenamento, distribuição e entrega de produtos por drones em residências complexas e apartamentos, voos com múltiplos obstáculos e voos com entregas múltiplas.

Todos esses desafios estão contemplados e já estão sendo enfrentados nas etapas seguintes deste nosso projeto MyView D4, ou seja, temos ainda muito trabalho pela frente, incluindo o monitoramento da evolução da regulamentação do setor, a cargo da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e do DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), órgão vinculado ao Ministério da Defesa, visando regular a entrega de produtos por drones, passo importante e fundamental para o desenvolvimento desta atividade.

Mas o fato é que o voo que inaugurou a entrega comercial por drone autônomo no Brasil ocorreu em 22 de maio de 2019, em Itaipava, Petrópolis, região serrana do estado do Rio de Janeiro, transportando um Leite de Rosas (produto), da Drogaria Venâncio (loja) para o endereço da Dona Wanda (consumidor).

Para nosso time, é isto o que os drones têm a ver com tecnologia ou com gestão corporativa: a motivação para criarmos novas soluções, imaginarmos o que ainda não foi imaginado, fazermos o que ainda não foi feito.

E seguirmos para o próximo desafio…

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MAIS ORDEM, MAIS PROGRESSO

A eleição de Jair Bolsonaro comprova o que já se percebia, desde o primeiro turno, quanto às escolhas do povo brasileiro.

Apesar da acirrada disputa, o brasileiro decidiu dar uma abrupta guinada à direita, optou por rejeitar a classe política e o partido que mais imiscuiu-se com a corrupção, e escolheu um programa conservador nos costumes e liberal na economia.

O Brasil cansou de políticos com projetos partidários e deseja políticos com projetos para o país, que priorizem o progresso do Brasil acima de qualquer outro interesse político ou pessoal

Do primeiro discurso do presidente eleito, destacam-se a valorização da família, a inspiração cristã, o patriotismo e o espírito democrático, além de ter reafirmado a escolha do eleitor:
– pela honestidade contra a corrupção endêmica
– pelo respeito às liberdades individuais contra o patrulhamento ideológico
– pelo direito à propriedade contra a invasão de terras
– pela segurança pública contra a criminalidade
– pelo estímulo ao progresso contra o assistencialismo político
– pelo estímulo ao trabalho contra a dependência econômica
– pelo empreendedorismo contra o empreguismo
– pela redução do Estado contra o aparelhamento do governo
– pela valorização da livre iniciativa contra o gigantismo estatal
– pelo ideário liberal contra a ilusão socialista
– pelo compromisso com as próximas gerações contra o interesse no próximo mandato
– pelo foco no Brasil contra o focogg no partido

Apesar da representativa derrota da esquerda, esperava-se uma margem ainda mais dilatada entre os candidatos, considerando-se o quanto o partido dos trabalhadores, e seus principais líderes, comprovadamente participaram diretamente de todos os principais escândalos e processos de corrupção do país nos últimos 14 anos, desde o Mensalão iniciado em 2005.

A verdade é que, apesar disso, 47 milhões de brasileiros votaram num candidato representante de um presidiário sentenciado por corrupção, e isso é emblemático a respeito da tendência do brasileiro em relativizar desvios de conduta em prol de suas mais arraigadas convicções.

Agora, tudo o que podemos esperar (apoiar e trabalhar) é que o novo governo, apesar da ferrenha oposição que seguramente receberá, consiga resultados para todos os brasileiros, que comprovem o acerto da escolha de quase 58 milhões de eleitores.

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SOBRE A REJEIÇÃO A ELE

Desculpem, eu bem que tentei, mas eu não poderia deixar de postar sobre as eleições presidenciais 2018…

Tenho deixado claro, desde sempre, que votarei no João Amoedo no primeiro turno, por alinhamento de ideias, propostas e programa de governo.

O Partido NOVO me representa, algumas de suas ideias são até modernas demais para um país como o nosso, mas são ideias em que acredito e, por isso, rejeito o tal do voto útil no primeiro turno (e não me venham com patrulhamento, por favor).

Para o segundo turno, a se confirmar a polarização entre esquerda e direita, não tenho dúvida alguma em quem votarei, apesar de, neste caso, eu não perceber um completo alinhamento de minhas convicções com as ideias, propostas e programa de governo do candidato que, dizem as pesquisas, além de liderar a corrida presidencial, detém o maior índice de rejeição entre todos.

Numa eleição em que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad apresenta-se como a nova Dilma ou “o novo poste de Lula”, o deputado federal Jair Bolsonaro simboliza todo o sentimento anti-PT reprimido na sociedade brasileira

Refletindo sobre isso e conversando com meus gurus políticos (Vabo Jr, Solange e alguns amigos), reuni alguns conceitos que ouvi e desenvolvi a respeito desta minha rejeição ao candidato que é líder das pesquisas, apesar de não ter participado dos debates em setembro, de não ter tempo decente de TV, nem verba pública (ou privada) milionárias para gastar.

Como no Rio de Janeiro já nos acostumamos a ter que fazer escolhas difíceis no segundo turno (e anular o votar não é uma delas), estes são os conceitos que nortearão a minha decisão no segundo turno desta eleição presidencial:

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha rejeição pela corrupção.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha rejeição de ver o país governado de dentro da prisão por um candidato condenado em duplo grau de jurisdição, assim como ocorre com líderes de facções criminosas.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que os ensinamentos que recebi de meus pais sobre não subtrair aquilo que é dos outros.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que os princípios de educação que aprendi quando criança nos bancos das escolas, na época em que escola ensinava o que era papel da escola.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha indignação com a inversão de valores existentes em nossa sociedade atual.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que meu medo de viver o que já estão vivendo as populações da Venezuela, Bolívia e Cuba.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha indignação com cada escândalo de corrupção e desonestidade revelados na Lava-Jato.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha rejeição pela violência.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que meu pânico de viver numa sociedade insegura, em que audiências de custódias são criadas para soltar aqueles que deveriam pagar por seus crimes.

Que minha rejeição por ele não me leve a aceitar a demonização da polícia e a santificação do bandido.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha defesa da família como estrutura básica da sociedade.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha repulsa ao mal que as drogas tem causado às famílias brasileiras.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha rejeição ao desemprego.

Que minha rejeição por ele não seja maior do que minha esperança de ter um país melhor para viver.

Que minha rejeição por ele não ofusque minha capacidade crítica de apurar tudo o que é tendencioso na mídia.

Que minha rejeição por ele não permita que temas de responsabilidade do poder legislativo, como ideologia de gênero, racismo, machismo e feminismo, sejam usados para confundir o eleitor na escolha do líder do poder executivo.

Que minha rejeição por ele não me faça esquecer de quem levou o Brasil à atual crise econômica, ao desemprego, à violência, à corrupção, à saúde precária e à educação ineficiente, e de que esses são os temas de responsabilidade do poder executivo.

Que minha rejeição por ele não me faça esquecer a minha essência e o que realmente importa para mim, para minha família e para o meu país.

Boa eleição a todos !

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