A ABRACORP E O MICKEY…

A incrível força comercial daquele grupo de pessoas, empresários de viagens e turismo, homens e mulheres de negócios, responsáveis por mais da metade do volume de vendas de viagens corporativas no Brasil, não foi suficiente para manter a fleuma, o estigma do “business travel”, nem o ar “blasé”, diante dele, do “boss”, daquele que é o início (inspiração) e o fim (objetivo) de tudo aquilo que vivenciávamos (pela enésima vez para alguns) naquele evento fechadíssimo nos domínios de Walt Disney.

Após Klaus Kühnast oferecer um verdadeiro show no piano transparente da área exclusiva de Epcot (uma despedida memorável), bastou Mickey Mouse adentrar o recinto, povoado de senhores de paletó e senhoras elegantes, para que todos, literalmente todos os presentes, se comportassem como crianças novamente.

Fez-se uma fila, furaram a fila, criaram acesso privilegiado para a maioridade, sorrisos, câmeras e smartphones, alegria contagiante… e todos posando com MM numa infindável sessão de fotos.

No post de ontem do Cassio, o Ian Gillespie comentou que achava “legal a Associação de Agentes Corporativos fazer a reunião na meca do turismo de lazer… é bom estar em ambiente distendido para pensar com calma, refletir e carregar baterias para planos do 2014″.

Foi exatamente isso que ocorreu no evento de abertura da Reunião Internacional da Abracorp 2013: com o objetivo de experimentar (a melhor) parte da estrutura de MICE da Disney, o que se viu foram empresários do corporativo revivendo mágicas experiências do turismo de lazer.

Bingo para a Abracorp !

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VOCÊ JÁ SE VIU DIANTE DA MORTE?

“Você tem medo da morte?” é uma pergunta pouco comum, mas presente em conversas à toa numa mesa de bar, por exemplo.

“Você já se viu diante da morte?” é uma outra pergunta, bem mais incomum e que suscita narrativas compungidas a respeito de difíceis momentos vividos e que terminam, invariavelmente, com uma boa notícia: “Pelo menos sobrevivi para estar aqui contando esta história…”

Pois bem, foi numa improvável conversa entre amigos numa mesa no Dragon Fly, excelente restaurante japonês aqui em Orlando, que descobrimos, por acaso, que muitas pessoas dizem “Sim” para a pergunta do título.

Ou seja, consideram que sentiram, pelo menos uma vez na vida, (mesmo que por alguns instantes), que estiveram diante da morte, inexorável e iminente e, pior, nada podiam fazer para impedi-la.

Ledo engano, impediram-na e contaram sua história, pelo menos para os amigos presentes nesta mesa, esta noite.

Um tiro acidental em uma caçada, um afogamento na praia, uma tormenta no mar durante um passeio de barco, um assalto, foram alguns dos casos descritos pelo grupo que, após ouvir atentamente as histórias uns dos outros, chegou à redentora conclusão: trata-se de situação obviamente a ser evitada a todo custo, mas quando de fato ocorre, leva a vítima a sair do episódio com mais força e determinação para as questões “simples” do dia-a-dia.

Sim, porque nada pode ser considerado complexo para quem enfrentou a morte (mesmo involuntariamente) e saiu vitorioso (pelo menos nesta vez).

Para estas pessoas, virtualmente nada é impossível, tudo é simples, as pessoas é que complicam…

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Obs.: no próximo post, tentarei narrar ao menos uma das histórias citadas (tormenta no mar durante um passeio de barco), justamente por ter acontecido comigo.

FILHOS

Escrever sobre este assunto tem um certo risco, seja de eu ser demasiado carinhoso com o tema como espera o inconsciente coletivo ou, bem ao contrário, resvalar na antropologia e abordá-lo sob o ponto de vista da perpetuação da espécie.

O fato é que somos programados para amá-los, e os amamos, independentemente de passado, presente e futuro, um amor incondicional, que espera em troca apenas que tenham o mesmo amor e dedicação aos nossos netos.

Ao ter filhos, entregamos um pedaço (ou muito) de nós a um outro ser, o que significa doar-se plenamente, por toda a vida, mesmo com algum sacrifício pessoal, seja econômico, de mobilidade ou de liberdade individual.

Ah, mas nada como ver-se no pequenino…! Um pedaço de futuro, um inteiro de esperança, uma oportunidade de fazer melhor do que você mesmo.

Penso que ter filhos é a maior generosidade divina, por nos permitir uma pequena experiência, um esgar de criatividade, um sabor da criação, quase um brincar de Deus…

Obs.: este texto é uma homenagem à Ana Beatriz, filha de Liliane e Paulo Lopes, Supervisora de RH e Coordenador de Infraestrutura do Reserve, que nasceu neste sábado, 30/11/13.

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