Acabo de chegar de Ilhéus, cidade onde se pega um transfer para o pier de embarque para a ilha onde fica o fantástico resort Transamerica Comandatuba.
Tudo no Transamerica é grande, inclusive o empenho da equipe em transformar seu fim de semana prolongado em uma experiência única. Sempre conseguem…
O que mais impressiona é o tamanho do investimento, que além de um mega-hotel praiano de luxo, com 21 km de praia privativa, inclui o novíssimo centro de convenções para até 1.800 pessoas, 3 balsas de 10 a 80 Pax para levar os hóspedes à ilha, 2 balsas para transporte de carga pesada (carretas, geradores etc.) e o maior investimento de todos: um aeroporto privado.
O aeroporto do Transamerica Comandatuba tem capacidade para receber Boeing e Airbus, que chegam em voos fretados e o Grupo Alfa, proprietário do hotel e do aeroporto, pretende investir ainda mais no terminal, após autorização do poder concedente.
Quem conhece o aeroporto de Ilhéus, vai entender o título deste post, que peguei emprestado de um menino de 6 anos que, diante do tumulto do checkin, do calor na sala de embarque, do aperto dos acessos, do estado dos WCs e da falta de serviços razoáveis, perguntou à mãe:
– Estamos na rodoviária, mamãe?
– Não, filho. Estamos no aeroporto de Ilhéus – disse a mãe.
– Aeroporto é uma rodoviária de avião? – insistiu o menino.
– No Brasil, sim… – respondeu a mãe encerrando o assunto.
Ao ouvir a expressão, que remete ao padrão de rodoviária aplicado a um aeroporto, pensei o quão injusto era o termo, se considerarmos alguns terminais rodoviários modernizados, em geral privatizados, como a Rodoviária Novo Rio, no Rio de Janeiro, padrão de qualidade muito superior ao aeroporto de Ilhéus e mesmo ao de Brasília, outra vergonha nacional…
Aliás, se BSB, cujos passageiros são os donos do poder, tem um aeroporto de péssima qualidade até hoje, quando Ilhéus poderá sonhar com algo melhor?
Melhor descer no aeroporto do Transamerica Comandatuba…
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