O NOVO PROFISSIONAL DE MARKETING

O perfil desejado pelas empresas, para um profissional de determinada especialidade, muda conforme a época e de acordo com as características do cargo e da empresa.

Nestes tempos em que a única coisa garantida é o permanente processo de mudanças no mercado, nos clientes, nas empresas e na própria forma de gerir a carreira, todas as especialidades profissionais passam por alterações naquilo que se espera de um candidato a um emprego.

Mas poucas atividades foram tão intensamente impactadas na última década quanto a do profissional de marketing.

Todas as verdades absolutas, a respeito do que se deve esperar deste profissional, caíram por terra com a evolução da internet como novo meio de comunicação e do e-commerce como nova forma de negociar produtos e serviços.

No vídeo abaixo, o Diretor de Marketing e Comunicação da IBM, Mauro Segura, apresenta o que ele considera importante no perfil do novo profissional de marketing, numa explanação que torna difícil não concordar integralmente com ele:

Após assistir este vídeo, você ainda acredita que nossas universidades estão formando este profissional e entregando-o pronto ao mercado?

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AGENTES DE VIAGENS AUTÔMATOS?

Já são mais de 3 milhões operando em todo o mundo !

São dispositivos eletromecânicos ou biomecânicos, capazes de realizar trabalhos de maneira autônoma, pré-programada, ou através de controle humano (Wp).

Inicialmente, os robôs eram direcionados, quase que exclusivamente, para a realização de tarefas perigosas ou insalubres, como desativação de bombas, localização e desmontagem de minas terrestres, operações submarinas, no espaço ou em ambientes agressivos ao ser humano (radiação, contaminação química ou biológica, mineração profunda, lixo tóxico etc).

Atualmente, os robôs estão no dia-a-dia das pessoas e se sofisticaram ao ponto de, às vezes, não sermos capazes de identificá-los no nosso cotidiano.

Tem robô industrial, como aqueles que soldam, rebitam ou aparafusam na indústria automobilística moderna, tem robô faxineira, que aspira pó, limpa e até varre a casa, tem robô pet (animal de estimação), que tenta substituir o cãozinho na atenção das pessoas e tem até robô professor já atuando em algumas escolas no Japão…

Analogamente, a indústria de desenvolvimento de software utiliza o termo robô para designar programas ou aplicaçōes que executam uma determinada tarefa, de forma automática, rápida e precisa, com muitas vantagens sobre a execução dessa mesma tarefa por seres humanos (vantagens para as tarefas e para os seres humanos).

Por isso, os robôs são mais aplicáveis a funções simples e/ou repetitivas, cujo modelo de execução possa ser reproduzido por um software bem elaborado, que considere as características da atividade e os múltiplos cenários que possam ocorrer durante sua realização.

No caso de viagens e turismo, muitos confundem o conceito do Self-Booking com a operação de um “robô de reservas”, mas na realidade o conceito de robô (…dispositivo capaz de realizar trabalhos de maneira autônoma, pré-programada…) não se aplica neste caso, pois no Self-Booking há uma clara intervenção humana, do cliente, não somente nas escolhas necessárias para a busca de voos ou hotéis, como no acompanhamento pessoal do resultado desta ação.

A única diferença de uma reserva de voo realizada pelo consultor da agência daquela realizada pelo cliente (um solicitante ou o próprio pax), é justamente o executor da ação, sendo que nenhum dos dois casos tem absolutamente nada a ver com um robô.

Diferentemente do Fast-Ticket, este sim um robô, que permite que após uma reserva (realizada por self-booking ou pelo consultor da agência) ser eletronicamente autorizada pelo cliente, ela seja automaticamente emitida por um software desenvolvido para este objetivo: um robô do sistema.

Ou seja, também no mercado de viagens e turismo, cada vez mais as tarefas repetitivas são relegadas às máquinas, reservando aos profissionais as atividades mais nobres, que exigem conhecimento, capacidade analítica, sensibilidade e talento.

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O ATO DE SOLICITAR VIAGEM

“A venda de produtos de turismo é uma arte, requer um profissional experiente, profundo conhecedor do destino e dos processos de contratação dos serviços envolvidos naquela viagem”.

Essa sentença já foi aplicável a cada consultor de atendimento de uma agência de viagens de lazer e/ou de uma operadora turística, que usava este conhecimento no atendimento individual de cada cliente.

Hoje esta frase ainda é aplicável, mas aos gestores destas mesmas empresas, que, no entanto, utilizam esta capacitação para planejar roteiros, pacotes e estratégias de vendas para sua equipe de atendimento (ou o website) oferecer ao cliente.

Mas… e o corporativo?

O consultor da agência corporativa, ou melhor, da agência de gestão de viagens corporativas (também chamada pomposamente TMC, “travel management company”) sempre apresentou uma capacitação diferente do de viagens de lazer, com conhecimento do perfil dos executivos e viajantes a negócios, de política de viagens, dos processos de autorização e, atualmente, é também um especialista em sistemas self-booking.

Mas, como era o processo de solicitação de viagens das empresas há 20 anos, no início da aplicação de computadores nas corporações?

Sim, há 20 anos não havia web, email, celular (muito menos smartphones)… e os computadores eram grandes, pesados, lentos e caros…

Para você ter uma ideia do que estou tentando descrever, dê uma olhada nesta reportagem do Fantástico, do início dos anos 90, sobre uma novidade da época…, era o comecinho da era comercial dos computadores no Brasil.

Atente, em especial, para o processo de solicitação de viagem, naquele momento começando a ser substituído pelo computador.

Vale a pena assistir:

E então? Você pode imaginar como era ser agente de viagens nessa época? Você imagina seu trabalho hoje sem computador? Sem internet???

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