É muito fácil dizer, hoje, que eu previ o acontecido, mas meu receio está lá, no post publicado em 13/10/14.
Aquele papo de que as pesquisas indicavam Aecio na frente, logo após a formalização do apoio de Marina, parecia ação de contra-pesquisa, com objetivo da divulgação, pouco antes do pleito, de nova “pesquisa” indicando Dilma na frente.
Trata-se de velha estratégia, utilizada para puxar o eleitor indeciso, não todos, mas aqueles influenciados pela tendência do resultado, os que preferem votar no vencedor, contingente estimado entre 5% e 7% do eleitorado, mais do que suficiente para decidir o novo Presidente da República, em especial na eleição apertada deste ano.
Dito e feito, a estratégia funcionou…
Não teve divulgação precoce da denúncia do envolvimento de Dilma e Lula na corrupção da Petrobrás que impedisse a reeleição da presidente.
Conheço muitas pessoas que votaram no Aecio pela certeza da urgência em promover a alternância de poder, pela preocupação com o enraizamento crescente dos correligionários e simpatizantes de um único partido, nos órgãos públicos e empresas estatais, com influência nos 3 poderes.
O resultado desta eleição amplia o problema, pois serão mais quatro anos de aparelhamento do Estado, com crescente prejuízo para as contas públicas, nos próximos 10 a 20 anos.
A metade produtiva da população (a que trabalha e paga impostos) poderá não suportar o peso da outra metade (aquela que prefere contar com as benesses do governo, financiadas pelos impostos pagos pela primeira metade).
O tempo nos mostrará as consequências desta triste divisão de classes.
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