“LOBISTAS DO BEM” CONSEGUEM APROVAÇÃO NA CÂMARA

No final de 2011, como argumento para a primeira lista dos 25 mais influentes do turismo brasileiro, o Artur cunhou a expressão “lobista do bem” para se referir ao trabalho de persuasão que faço, há mais de 10 anos, sobre as vantagens da tecnologia para o mercado de gestão de viagens corporativas, através das associações, palestras em eventos, no Blog Distribuindo Viagens, entre outros.

Lembrei-me deste caso, quando soube que a Câmara Federal aprovou, hoje, pensão mensal vitalícia para Laís Souza, atleta olímpica brasileira que fraturou uma vértebra quando treinava para as Olimpíadas de Inverno 2014, na Rússia.

Neste caso específico, os lobistas do bem foram milhares de brasileiros que fizeram um senhor trabalho de persuasão nas redes sociais (e nas redes pessoais), no Brasil, EUA e Europa, visando arrecadar apoio a esta causa, desde o fatídico acidente durante treinamento no início deste ano nos EUA.

Eu embarquei nessa e publiquei aqui no Blog Distribuindo Viagens, o texto LAÍS SOUZA: ATLETA OLÍMPICA É ESPERANÇA PARA A HUMANIDADE, onde abordei as pesquisas experimentais com células troncos (que a Laís concordou em participar) e que são esperança para milhões de pessoas, acidentadas ou não, deficientes físicos em todo o mundo.

Estou mesmo muito feliz com esta aprovação na Câmara (o trabalho continua, pois o texto ainda será submetido ao Senado), agradeço e compartilho aqui com os leitores do Panrotas.

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ALL FAKE CORPORATION

O Brasil está repleto de empresas e empresários atentos às boas práticas de gestão e de planejamento estratégico, que buscam efetivamente administrar o seu negócio baseado nas metodologias e procedimentos largamente utilizados em todo o mundo. A essas empresas, chamaremos de empresas Tipo A.

Mas há também aquelas empresas que são tocadas baseadas, quase unicamente, no instinto do(s) dono(s), sem qualquer embasamento teórico ou científico, o que não representa propriamente um problema, mas costuma limitar seu crescimento. São as empresas Tipo B.

Um pouco mais complicado, um terceiro grande grupo de empresas brasileiras acredita que basta disseminar a imagem de gestão profissional, de técnicas de gerenciamento corporativo e de práticas de administração da empresa moderna, para obterem os resultados esperados, mesmo sem efetivamente seguirem estes conceitos. Este grupo é composto pelas empresas Tipo C.

No fundo, as empresas Tipo C acabam por enganar a si e ao mercado, ao agirem de forma completamente oposta à imagem que divulgam:

– O planejamento estratégico inicia pela tradicional análise FOFA, de “Fiz Outrora, Faço Agora”, típico das empresas que buscam resultados diferentes, mesmo fazendo sempre igual.

– Quando questionados sobre a aplicação de Acordos de Nível de Serviço, apresentam seu particular conceito sobre SLA, de “Sabe-se Lá Aonde”.

– A gestão dos prazos de entrega é objeto permanente de melhoria contínua baseada no tradicional PDCA, de “Promete, Depois Corre Atrás”.

– Os cronogramas são elaborados de acordo com o indefectível método “Cálculo Hipotético Universal de Tempo Estimado”, mais comumente referido pela sua sigla…

– As convenções internas são utilizadas para divulgar as “boas práticas de gestão” da companhia, em detrimento do real objetivo de cada evento.

No cenário de incertezas da economia brasileira, especialmente para os próximos dois anos, não há espaço para este tipo de empresário, nem para este tipo de empresa, as margens estão cada vez mais disputadas, a imagem é cada vez mais efêmera e, apesar de tudo o que se divulga, a verdade sempre acaba prevalecendo.

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LAÍS SOUZA: ATLETA OLÍMPICA BRASILEIRA É ESPERANÇA PARA HUMANIDADE

Nossa viagem à Miami trouxe boas surpresas, além do encontro com Dilson, do voo no 777, do jogo das finais da NBA e da percepção do que é a Copa do Mundo de Futebol, do ponto de vista dos americanos, assuntos que abordei aqui no post anterior.

Mas teve mais: no sábado, 14/06, conhecemos alguns empresários brasileiros que formaram um grupo espontâneo de apoio à recuperação da ginasta Laís Souza, atleta olímpica brasileira que acidentou-se durante treinamento em Utah/EUA, para os Jogos de Inverno de 2014 na Rússia.

Laís Souza
Laís Souza, ginasta olímpica brasileira, representou o Brasil em 2 Olimpíadas

A história toda é uma sucessão de fatalidades, coroadas pelo seguro de vida e saúde oferecido pelo COB aos atletas, o qual não cobria acidentes em treinamento, somente em competições oficiais, mas essa história já foi apresentada pelo Fantástico e pode ser lida nos jornais…

O que me encantou foram as variadas motivações que levaram um crescente grupo de brasileiros a investir num tratamento, tão complexo quanto incerto, para uma brasileira que, seguramente, não é a única a estar numa situação tão crítica quanto esta, em todo o mundo.

Mas poucas pessoas, ou talvez nenhuma outra com tetraplegia irreversível, reúna tão incrível trajetória de vida (até o acidente), com reais perspectivas de recuperação (após o acidente), baseadas em pesquisa inédita com células troncos.

Laís Souza fazendo fisioterapia
Laís Souza faz fisioterapia após grave acidente durante treinamento em Utah/EUA, para os Jogos de Inverno de Sochi/Rússia (Imagem: TV Globo)

Talvez por isso, mas não somente por isso, tanta gente esteja apoiando, de forma anônima, do Brasil, dos EUA e até da Europa, esta luta da Laís, que pode vir a ser o alento de milhões de pessoas, para tantas e variadas doenças e traumas provocados por acidentes de todos os tipos.

Quantos acidentados de trânsito, ou em passeios de ski ou ainda em equitação, atletas ou não, famosos ou não, ricos ou não, você conhece ou mesmo ouviu falar?

Pois é…! Esse contingente gigante de pessoas, que experimentaram o infortúnio de um trauma cervical gravíssimo, aguarda apenas um “milagre da ciência”: as pesquisas de células tronco serem aplicadas, de forma precisa e permanente, nos diversos tratamentos médicos.

Laís Souza fará tratamento
Laís Souza recebeu alta do hospital e prepara-se para novo tratamento (Imagem: Globo Esporte na Globo.com)

Laís Souza está inscrita no Programa de Implantes de Células Tronco (tratamento pioneiro no mundo), no Jackson Memorial Hospital em Miami, referência mundial no tratamento em lesões da coluna vertebral.

As esperanças da atleta, jovem, saudável e muito disciplinada, são as esperanças de milhões de pessoas deficientes no mundo inteiro.

Enquanto o tratamento não inicia, Laís Souza reside num apartamento, onde todas as despesas correm por sua conta: remédios, mantimentos, terapeutas e um carro especial para deficiente são suas necessidades imediatas.

Laís Souza fará tratamento pioneiro com células-tronco
Laís Souza fará tratamento pioneiro com células-tronco no Jackson Memorial Hospital em Miami (Foto divulgação: COB)

Entre as pessoas que fazem parte do grupo de apoio à Laís Souza, estão:

1 – Pessoas motivadas por apoiar anonimamente causas nobres.

2 – Ex-atletas que estiveram a um passo de situação parecida.

3 – Jovens ginastas influenciadas pela carreira e pelo exemplo da Laís Souza.

4 – Empresários emergentes que conhecem os dois lados da moeda (carência e excesso de recursos financeiros) e desejam compartilhar um ínfimo de sua fortuna.

5 – Familiares de pessoas deficientes, especialmente interessados nos resultados das pesquisas.

6 – Indivíduos que desejam e podem fazer o bem, não importa a quem.

7 – Brasileiros genuinamente comovidos e que acreditam no projeto da Laís Souza entrar caminhando na arena de ginástica nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, daqui a exatos 2 anos.

Para quem desejar conhecer melhor a história da Laís Souza, sugiro assistir o vídeo (2 min) a seguir:

Vídeo da Laís Souza (Facebook)

Para quem desejar aprofundar-se na pesquisa inédita com células tronco que Laís Souza participará, em carater experimental, basta acessar:

Laís aceita tratamentos experimentais (Globo Esporte)

Para quem desejar apoiar esta causa da jovem atleta olímpica brasileira, o caminho é este:

Eu apoio a Laís (Mottirô)

A divulgação desta causa para seus amigos e pelas redes sociais, é também uma forma eficaz e muito bem-vinda de contribuição.

Torço muito pela Laís, mas no fundo desejo muito mais do que a sua recuperação, anseio mesmo que este tratamento seja um divisor de águas entre a esperança e o sucesso para milhões de pessoas em todo o mundo.

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