De vez em quando é bom mudar o tema aqui no Blog B2BTech, pra arejar o espaço, sair do lugar comum, variar um pouco que seja.
Por conta disso, resolvi postar algumas frases do ex-presidente americano Ronald Reagan, que assim como a ex-primeira-ministra britânica Margareth Thatcher, defendia um estado minúsculo e eficiente, e uma iniciativa privada forte e criativa, conceitos que acredito e defendo, apesar de serem diametralmente opostos à nossa realidade nos últimos 15 anos.
Leia e reflita sobre essas pérolas, conceitos globais que parecem inspirados nos problemas arraigados no Brasil:
Sobre programas sociais
“Não devemos julgar os programas sociais por quantas pessoas estão neles, mas por quantas estão saindo.”
“O melhor programa social é o emprego.”
Sobre política e governo
“A política é supostamente a segunda profissão mais antiga do mundo, com incrível semelhança com a primeira.”
“As melhores mentes não estão no governo, pois se alguma estivesse, a iniciativa privada já a teria atraído.”
Sobre política econômica
“O governo é como um bebê: um canal alimentar com um grande apetite numa ponta e nenhum senso de responsabilidade na outra.”
“A visão do governo sobre economia pode ser resumida em frases curtas: se a coisa se move, deve ser taxada; se continuar em movimento, deve ser regulada; se ela parar de se mover, deve ser subsidiada, até voltar a se mover…”
“Contribuinte é o indivíduo que trabalha para o governo sem ter que prestar concurso.”
“Recessão é quando seu vizinho perde o emprego, enquanto depressão é quando você perde o seu.”
Sobre regimes de governo
“Comunista é alguém que lê Marx e Lênin. Anticomunista é alguém que entende Marx e Lênin.”
“O socialismo é um sistema que só funciona no céu, onde não precisam dele, e no inferno, onde ele já existe.”
Não sei qual a sua opinião a respeito, mas o fato é que a relação entre governo (incluindo políticos e servidores públicos de todas as esferas e poderes) e a população, continua muito similar à relação da corte com os plebeus nos antigos regimes feudais.
A plebe (nós todos) trabalhamos para nos sustentar e para sustentar o governo (incluindo políticos e servidores públicos de todas as esferas e poderes), o qual tem o poder de estabelecer unilateralmente (sem a participação da plebe) quanto precisa de contribuição de cada cidadão para poder manter os “direitos” crescentes, que só os membros do governo dispõem, além das mordomias dignas dos integrantes de uma corte imperial.
No Brasil, este cenário é ainda um pouco pior, pois a parcela que contribui para sustentar a corte é apenas uma menor parte da população, também chamada de classe média (ou burguesia, no passado), cujo esforço, risco e trabalho, tem que manter também, além da corte, a outra parcela da população que não contribui, e que forma o maior grupo, de pessoas pobres, carentes ou dependentes de programas sociais (o proletariado), que assim é mantida (na pobreza e dependência), para permitir um maior controle pelos integrantes da corte.
Para piorar ainda mais (sim, pode piorar), o governo brasileiro entrega os piores serviços públicos que um cidadão poderia esperar, ao ponto de empurrar o contribuinte para a contratação de serviços privados de saúde, educação, transporte, segurança e previdência, aumentando ainda mais o peso econômico nas suas costas, devido à má qualidade ou mesmo inexistência desses serviços essenciais.
Por este motivo, os impostos subiram de um quinto de tudo o que se produzia no Brasil Colônia (daí vinha a expressão “quinto dos infernos”), para dois quintos de tudo o que se produz atualmente no país (38,6% do PIB).
Como não há “burguesia” que suporte isto por muito tempo, a classe média brasileira está literalmente se mudando para outros países, a começar pela classe média alta, que já foi para Portugal, EUA, Canadá, Espanha etc.
No limite, poderá chegar o momento em que não haverá a quem explorar para sustentar a corte, que estará rodeada somente pelo proletariado, cada vez mais carente, por ter sido habituado a depender do Estado.
Na Europa do passado e na América Latina do presente, entre outros, temos exemplos práticos do resultado deste tipo de cenário.
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