POR QUE SERÁ?

E lá vou eu na minha sina, não bastasse termos assumido o gigantesco desafio da Diretoria de Tecnologia e Integração da ABAV, e resolvemos começar a implantação de Grupos de Trabalho da ABAV justamente pelo tema Tecnologia, conforme o Portal Panrotas publicou.

Por que será?

Conforme afirma o Edmar no post Tecnologia, sem mitos e preconceitos do Blog Espaço ABAV, “não foi difícil identificar por qual segmento deveríamos começar, na missão de organizar grupos de trabalho em busca de soluções para os problemas do dia-a-dia do agente de viagens.”

Por que será?

A tecnologia já é o segundo item mais importante e de maior valor agregado à prestação de serviços de uma agência de viagens, de qualquer porte, de qualquer segmento, de qualquer lugar do mundo.

Por que será?

Este fato (já deixou de ser tendência) acaba de ser confirmado pela Sita, cuja apresentação no Air Transport IT Summit 2016, em Barcelona, transformou em dados estatísticos a realidade que todos nós, viajantes e profissionais da indústria de viagens e turismo, já vivenciamos há alguns anos.

Por isso, a ABAV destacou a Tecnologia como seu primeiro Grupo de Trabalho, considerando que o ICCABAV já trata o item número um em importância e valor agregado à prestação de serviços de uma agência de viagens: as pessoas.

Grupo de Trabalho de Tecnologia da ABAV reúne alguns dos mais experientes profissionais, especializados em tecnologia para distribuição de serviços de viagens e turismo, do Brasil
Grupo de Trabalho de Tecnologia da ABAV reúne alguns dos mais experientes profissionais, especializados em tecnologia para distribuição de serviços de viagens e turismo, do Brasil

Não conseguimos reunir todos (não há espaço para tantos), mas seguramente agrupamos a nata da tecnologia em viagens no Brasil (e ainda temos 3 vagas), com ótimas cabeças que nos ajudarão a buscar soluções, interpretar tendências e antecipar caminhos para o mercado de distribuição de viagens e turismo no Brasil.

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QUAL O “TRUQUE” DA SUA EMPRESA?

Segundo Steve Ballmer, ex-CEO e atual maior acionista da Microsoft, a maior parte das empresas tem apenas uma criação e se esta criação for brilhante, isto é suficiente para torná-la bem sucedida.

“Muitas empresas são o que chamamos de ‘mágico de um truque só’. Se você tem essa postura no mercado, você será bem-sucedido, pois fez algo de forma brilhante, criou uma coisa e acertou”, declarou ele durante palestra na Oxford University, Inglaterra.

Ballmer citou a Coca-Cola como caso clássico de criação de um produto revolucionário que sustenta a empresa até hoje, além de Apple e Microsoft como grandes companhias que se sustentam até hoje baseadas em um ou, no máximo, 2 “truques” (ou criações).

Segundo Steve Ballmer, a Microsoft opera até hoje baseada em dois "truques" criados por Bill Gates: o PC e a tecnologia corporativa
Segundo Steve Ballmer, a Microsoft sobrevive baseada em dois “truques” criados por Bill Gates: o PC e a tecnologia corporativa

No Brasil, quando uma empresa é criada a partir de um determinado produto ou serviço e, ao longo do tempo, se vê na situação de diversificar para crescer, a criação original é batizada de “vaca leiteira” ou de “galinha dos ovos de ouro”, dependendo da situação.

Ou seja, toda empresa pode e deve diversificar produtos e serviços, desde que evite por em risco a operação que suporta financeiramente a empresa, sob pena de lhe faltar o sustento para a sobrevivência.

Faça um exercício e imagine quais são os “truques” de grandes empresas que estão no nosso dia-a-dia: Friboi, Nestlé ou Samsung, por exemplo.

Ou ainda, identifique qual a criação original de grandes empresas do mercado de viagens e turismo brasileiro: Gol, CVC ou Blue Tree Hotels, por exemplo.

Melhor, reflita e responda: qual é mesmo o “truque” da sua empresa?

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A LUTA DE EDMAR…

Não dá para passar despercebido o trecho do post do Artur “Cadê o agente de viagens que estava aqui?” em que ele aponta a união entre as agências de viagens e entre as Abavs, como a única solução para a sobrevivência da nossa atividade e afirma, com todas as letras, que “não dá para a Abav contar apenas com as Abavs para que a feira funcione. E mesmo as Abavs não tinham (e ainda não têm, é uma luta de Edmar Bull) uma unidade e uma só língua e estratégia. Enfim… a união é a única solução.”

Ao reconhecer a luta de Edmar Bull, Artur refere-se a um dos 8 projetos iniciais da atual gestão (hoje já são mais de 30 ações em andamento das 50 planejadas até 2017), que é o projeto SOMOS UMA ABAV, seguramente o mais estratégico e que inspira o sucesso de todos os demais.

Batizado com uma expressão que, ao mesmo tempo que admite o que Artur afirma (“…as Abavs não tinham uma unidade e uma só língua e estratégia”), o projeto SOMOS UMA ABAV está sendo desenvolvido a partir de 3 ações iniciais:

1) Reuniões trimestrais com os presidentes das Abavs estaduais, buscando o alinhamento e a gestão participativa.

2) Unificação e padronização de marcas, emails, domínios internet, incluindo hospedagem e infraestrutura, recadastramento das agências de viagens associadas, alinhamento da comunicação associativa, unificação do posicionamento junto à esfera política federal etc.

3) Revisão do estatuto visando o fortalecimento da ABAV como instituição única com representações estaduais.

As ações 1) e 2) estão em pleno andamento e visam emprestar à gestão da entidade um modelo de governança baseado na busca por resultados, engajando as Abavs estaduais, de forma unificada, nas ações estratégicas de interesse do associado ABAV de qualquer lugar do país.

A ação 3), por si só, já é uma constatação de que o estatuto precisa ser atualizado aos novos tempos, priorizando a visão de longo prazo para a perpetuidade do negócio agência de viagens, única forma de unir tantos empresários em torno do principal objetivo comum nesses tempos de mudanças: a sobrevivência e o crescimento.

A luta de Edmar está só começando, mas já recebe tantas adesões que pode ser chamada de a luta do agente de viagens, o qual vem demandando, ao longo dos últimos anos, a modernização da ABAV.

Modernizar a ABAV passa pela modernização da atividade agenciamento de viagens, seus processos, sua relação com clientes, fornecedores e parceiros, entre outros desafios como o de atualizar o “mindset” do empresário agente de viagens.

Uma missão desta envergadura atesta e reconfirma o que Artur escreveu sobre a ABAV: “a união é a única solução”.

O momento de mudança é agora, o associado deseja isso e a oportunidade não poderia ser melhor.

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