NO CORAÇÃO DO FORUM PANROTAS 2018

Toda abertura do Forum Panrotas é precedida de um certo nervosismo de todos que, de alguma forma, contribuem com o evento, seja na produção, na curadoria, na realização e até no patrocínio.

Apesar desse nervosismo não aparente, todos fazem a sua parte, seja atuando com a disciplina da Ana Donato, com a onipresença do Artur no palco, com o sorriso receptivo “quase tranquilo” da Helô ou com a imbatível experiência do Guillermo, um anfitrião que dedica boa parte de seu discurso de abertura para agradecer individualmente a todos os patrocinadores e apoiadores do evento, citando os líderes de cada empresa parceira, seguido de uma frase pessoal e carinhosa a respeito da relação dessas pessoas com o Panrotas e/ou com o Forum.

A palestra de boas-vindas do Guillermo Alcorta continua sendo um dos pontos altos do evento

Abaixo descrevo minhas percepções sobre alguns dos principais painéis, indicados pelos nomes dos palestrantes, peças fundamentais de um evento que aponta e cria tendências no mercado de viagens e turismo brasileiro.

Deltan Dallagnol

Eu esperava uma palestra técnica a respeito do que já se conhece sobre os processos da Lava-Jato (afinal o incrível trabalho continua sob segredo de justiça), mas o que recebemos foi simplesmente a melhor palestra de abertura de todas as edições de Forum Panrotas !

O procurador federal Deltan Dallagnol proferiu palestra histórica no Forum Panrotas 2018

Aplaudido de pé por longos minutos, o procurador procurava disfarçar seu leve constrangimento diante da reação causada por suas histórias, sua obstinação e seu exemplo, com um sorriso que dizia: “Só faço o meu papel, gostaria que todos fizessem o mesmo…”

Pedro Vilanova

Diante do sucesso da palestra anterior, Pedro iniciou muito bem seu painel, afirmando estar “com a sensação de que serviram o prato principal antes da entrada”.

Mas a realização de sua ideia impressionou pela simplicidade e objetividade, além de também ter contado com determinação e o genuíno propósito de fazer algo bom para toda a sociedade.

A frase tachada “Poucas denúncias de milhões de Reais”, seguida da frase “Milhões de denúncias de poucos Reais” conquistou a plateia, tal a clareza de seu propósito.

Fabio Camargo, Marcel Frigeira, Marina Shimada e Ronaldo Linares

O painel sobre viagens corporativas começou morno e, por contar com experientes profissionais do mercado, evoluiu, mas não trouxe novidade sobre os temas debatidos.

Após referências a inteligência artificial (novo pote de ouro das palestras) como ferramenta de apoio à gestão dos travel managers, não ficou claro quais iniciativas de AI estão sendo implantadas para consumo dos passageiros, usuário final de qualquer estratégia de gestão de viagens corporativas.

O painel de gestão de viagens corporativas poderia ter interagido com a plateia

Não sei se o modelo “moderador pergunta e painelista responde” deveria ser revisto, para que questões fundamentais fluam mais naturalmente através de perguntas da plateia, o que não ocorreu em nenhum painel do primeiro dia, ou através de perguntas entre os painelistas, suscitando a participação e o estímulo ao debate.

Christiano Oliveira

O presidente da Flytour chegou, falou e brilhou, resumindo com competência os cerca de 3 anos do processo sucessório e de fusão das empresas do grupo Flytour com as empresas do grupo Gapnet.

Sob sua liderança, o Grupo Flytour vem formando um conjunto equilibrado de diferentes companhias (consolidadora, operadora, franquias, corporativo, OBT etc.) que atuam em busca do mesmo objetivo: conquistar market share num mercado ainda fragmentado em inúmeros pequenos e médios players, diante da ameaça de um gigante que, com o mesmo objetivo, usa a estratégia de aquisições.

Eduardo Kina

Kina apresentou um outro ponto de vista, em contraponto à palestra anterior, a respeito das vantagens da profissionalização em relação à gestão familiar, surpreendendo a plateia com a analogia entre a fundação/crescimento de uma empresa e o processo de geração/criação de um filho.

Claudio Soutto

Claudio mesclou dados de pesquisas muito interessantes com outros já bem conhecidos do trade.

Antonio Dias, Charles Cracknell, Luis Paulo Luppa e Paulo Frias

Dias falou do alto de sua imagem de empreendedor serial da economia real, mostrando com simplicidade sua maneira vencedora de conquistar clientes: oferecendo o que há de melhor.

Luppa e Frias abordaram suas diferentes visões de como conquistar o mercado. Mesmo agora sendo parte do grupo CVC, a Trend permanece fiel à estratégia de buscar o agente de viagens, diferentemente da Accor, que utiliza todos os canais, indistintamente.

Ana Maria Berto, Arnaldo Franken, Cynthia Rodrigues e Juarez Cintra Neto

O painel sobre como as médias empresas estão enfrentando as mega corporações no mercado de turismo brasileiro mostrou empresários confiantes, na linha do “somos menores, mas somos muitos” ou, como afirmou a Ana Maria: “não somos um canhão, mas lembre que tiro de espingarda também mata…”

Bob Rossatto, Jackson de Andrade, Luciano Barreto e Scott Crawford

Diante da experiência de palco do Bob e da longa carreira em OTAs do Luciano, foi Jackson quem apresentou uma visão diferenciada do mercado, dos agentes de viagens e de como ele acredita que o mercado evoluirá no futuro.

Scott falou olhando para trás (para o Artur) todo o tempo, com uma locução longe do microfone, difícil de entender, tentou sair antes da conclusão do painel, naquela de “terei que sair pois tenho um voo para pegar”, mas acabou ficando até o final.

Richard Launder

Richard apresentou mais uma pesquisa sobre o comportamento da geração Y (ou millenials), essa que chegou com sede ao mercado consumidor e, por isso, tenta ser cada vez mais compreendida por todos.

Fernando Honorato

Usando pouco do economês, o economista-chefe do Bradesco usou e abusou do otimismo, seguindo uma receita que agrada à platéia bem ao estilo do Ricardo Amorim, através da leitura de diversos gráficos, dados e estatísticas atualizadas sobre as tendências da economia brasileira pós-crise política (espera-se que acabe até o final de 2018), pós-crise econômica (percebe-se que o pior já passou) e durante a crise ética (sabe-se que não acabará tão cedo). Uma apresentação muito bem feita.

Christiane Berlinck

A líder do RH da IBM Brasil apresentou algumas iniciativas interessantes do uso de Inteligência Artificial (outra vez) na gestão de pessoas da IBM no mundo, um exército de quase 400 mil colaboradores.

Mas o que achei mais interessante da Christiane nem foi o fato de citar sua filhinha, já youtuber com 7 aninhos, mas o fato de intitular-se integrante da geração Y, do alto de seus 42 anos de idade, expandindo o conceito de millenials, de uma determinada geração para um conjunto de comportamentos.

Tiago Mattos

O professor de futurismo (?) da Singularity University e da Universidade de Jerusalem encantou a plateia com uma palestra dinâmica, cheia de conteúdo interessante e um formato atraente, abordando novas tecnologias, inteligência artificial (opa! de novo), robótica cognitiva, entre outras novidades.

Abordando com maestria a tese da comparação entre a secular economia linear (ainda vigente) versus a economia fragmentada ou caótica (nova entrante), Tiago apresentou divertidas referências de comportamento dos millenials em relação aos baby-boomers (parece que a geração X está fora de moda).

O professor Tiago Mattos faz o estilo palestrante celebridade tal sua empatia com o público

Tiago tem 38 anos (portanto representante da geração X), diz abominar gravatas, fala palavrões com naturalidade e sente-se integrante da geração Y, assim como outros palestrantes se auto-declararam durante o evento.

Antológica sua apresentação do que chamou de “resumo em um slide” do livro “Tribal Leadership”:

Personagens das tribos corporativas
– Desgarrado: 2%
– Vítima apática: 25%
– Guerreiro solitário: 49%
– Orgulho tribal: 22%
– Inocente maravilhado: 2%

Existem pessoas com o dom de palestrante e o Tiago é uma dessas pessoas. Pena que não conseguiu esclarecer o tema da palestra “O futuro do trabalho e a inovação”, já que a grande questão, que nem o guru Michael Porter conseguiu esclarecer, continua não respondida:

Como o avanço conjunto da inteligência artificial, big data, internet das coisas e robótica cognitiva, efetivamente impactará os empregos no mundo?

Philip Likens
O executivo do Sabre vendeu bem o seu peixe, abordando o tema Inteligência Artificial (mais uma vez) com benchmarkings importantes sem descambar para o merchandising. Philip é um desses profissionais que domina o tema, mas carece de empatia no palco.

Luis Falco, Paulo Padula e Roberto Mendes
O painel das gigantes abordou as vantagens de uma empresa de capital aberto, sem um debate propriamente, já que os painelistas estiveram de acordo literalmente em tudo. Nesta última participação de Falco como presidente da CVC no Forum Panrotas, faltou o contraditório, ao menos pelo amor ao debate.

Fernando Gabeira e William Waack
O bate-papo descontraído entre os dois virtuosos jornalistas sobre o futuro do Brasil começou bem, seguiu leve, gostoso e consistente, mas encerrou abruptamente no horário marcado, apesar da chuva torrencial que caía lá fora, que manteve a plateia sentada e imóvel por longos minutos, mesmo após o final deste último painel. O painel poderia ter sido alongado uns 15 minutos…

Fernando Gabeira e William Waack fizeram um bate-papo sobre o futuro do Brasil no painel de encerramento do Forum Panrotas 2018

Pontos altos do Forum Panrotas 2018

1) Deltan Dallagnol
Disparado o melhor painel desta edição do Forum Panrotas.

2) Tiago Mattos
Melhor painel do 2o. dia do Forum Panrotas 2018.

3) Fecomercio SP
Apesar de ter funcionado bem no Grand Hyatt, a Fecomercio parece ser mesmo a casa do Forum Panrotas.

4) R1
A conhecida competência da equipe de Rafaelle Cecere ainda nos brindou com um telão simplesmente espetacular.

5) Sucessão familiar
Gostei de ver a segunda geração chegando e fazendo bonito no palco, casos de Antonio Dias, Christiano Oliveira e Juarez Cintra Neto, além de Edmar Mendoza, Bruno Waltrick, Felipe Akagawa, Rubens Schwartzmann, Guilherme Luck, Regis Abreu e muitos outros, participando da plateia.

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Obs.: Desde que tornei-me blogueiro do Panrotas, missão que carrego com afinco e interesse crescentes desde março de 2010, postei outras 7 vezes sobre o Forum Panrotas. Relembre aqui as edições anteriores, pelos olhos de um blogueiro que vem assumindo diferentes papéis neste evento (participante, painelista, moderador e patrocinador), sempre com uma visão crítica e independente:

FEEDBACK DE DENTRO DO FORUM PANROTAS 2017

O QUE FOI O FÓRUM PANROTAS 2016

SOBRE DISTRIBUIÇÃO NO FORUM PANROTAS 2015

RESUMÃO DO QUE VI NO PRIMEIRO DIA DO FÓRUM PANROTAS 2014

DOIS FÓRUM PANROTAS EM 2013

O QUE EU PERCEBI NO PRIMEIRO DIA DO FORUM PANROTAS 2012

FRASES OUVIDAS NO FÓRUM PANROTAS 2011 QUE FICARÃO NA MEMÓRIA

Ano que vem tem mais, o Forum Panrotas 2019 já tem data marcada: 19 e 20 de março de 2019 na Fecomercio-SP.

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4 CHATICES QUE A TECNOLOGIA (AINDA) NÃO RESOLVEU

O carnaval acabou, já manifestamos toda nossa alegria e júbilo por sermos brasileiros, o ano comercial começando hoje no Brasil, momento em que me peguei refletindo sobre 4 temas que ainda são demandas não solucionadas pela tecnologia.

São dicas para quem tem espírito empreendedor, pois basta identificar um problema a ser solucionado para haver ali uma oportunidade a ser criada, uma demanda a ser atendida, um novo negócio a ser realizado.

Aderência intuitiva

Desenvolver sistemas é um desafio, desenvolver sistemas aderentes é uma necessidade, desenvolver sistemas intuitivos é uma arte.

O melhor artista deste segmento continua sendo a Apple, referência em qualidade, design e uso, ao ponto da caixa do iPhone X não trazer sequer aquela pequena pronta-referência impressa para facilitar os primeiros passos, tal a intuitividade do produto.

O fato é que o objetivo de todo bom software de não necessitar de manual, ajuda ou suporte (exceto a própria internet), continua sendo realidade para poucos.

A intuitividade dos sistemas acelera a adesão da novíssima geração de usuários de softwares

Mobile only mindset

A tal estratégia de desenvolvimento de sistemas baseada no mobile first é passado, o conceito de mobile only já direciona mais de 50% dos sistemas em desenvolvimento em todo o mundo.

Apesar da tendência dos softwares serem desenvolvidos com foco fundamental no uso em smartphones, a curva de aprendizado tem sido longa na indústria como um todo, talvez porque a atual geração de analistas e desenvolvedores nasceu e cresceu sob o domínio do laptop.

A próxima geração de profissionais da área de desenvolvimento de sistemas já será completamente mobile driven (no paper, no TV, no laptop), confirmando uma tendência inexorável para os próximos 5 a 10 anos.

Integração plug-and-play

Por mais que se entenda que toda integração entre sistemas é possível, que são necessários ajustes em ambos os sistemas, que a customização depende das especificidades do projeto etc etc etc, fato é que uma integração nunca é uma solução plug and play, como seria desejável.

Este é um segmento carente de boas soluções de prateleira, aquelas em que uma mesma plataforma é desenvolvida para ser adaptável a diferentes necessidades, bastando executar algumas configurações.

Integração plug-and-play continua sendo uma demanda a ser resolvida

Ambiente de trabalho ideal

Há alguns anos, o futuro do ambiente de trabalho parecia estar no modelo de home-office, aquele em que o profissional trabalha em casa, em horários de sua conveniência, buscando maior produtividade e autonomia na gestão de seu tempo.

Hoje o home-office é apenas mais uma alternativa ao escritório tradicional como tantas outras, como os espaços de coworking, os escritórios virtuais e até as office-homes, que são aqueles mega-ambientes inventados pelas gigantes da tecnologia (Google, Facebook, Apple etc.), para que os profissionais não tenham motivação ou necessidade de sair do ambiente de trabalho (qualquer semelhança com o filme The Circle não é mera coincidência).

Em tempo: A imagem inicial deste post não e do filme The Circle, mas sim da nova sede da Apple, um prédio-cidade de USD 5 Bilhões.

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SEGURANÇA É O QUE DESEJO PARA TODOS EM 2018 !

Vivemos uma época de inseguranças de todos os tipos, pessoal, patrimonial, econômica, jurídica, social, digital, entre outras, e ninguém está livre de uma ocorrência relacionada à falta de segurança, em nenhum lugar do planeta, pois mesmo os lugares mais seguros em alguns aspectos, podem ser bem inseguros em outros.

Em termos de segurança digital, 2017 foi um ano de perdas, um ano de mega ciberataques mundiais que impactaram sistemas financeiros, órgãos de governo, redes nacionais de comunicação, entre diversos outros ambientes críticos.

No e-commerce, onde o mercado de viagens e turismo se insere, além das conhecidas (e evitáveis) invasões de sites para obtenção de dados de cartões de pagamento, popularizou-se a criação do chamado “phishing”, um neologismo criado a partir do inglês fishing (pesca) devido à semelhança entre as duas práticas, que utilizam uma isca para captar uma vítima, qualquer vítima.

A desatenção e a falta de práticas seguras pelos usuários são as principais causas de fraudes em ambiente digital

O “phishing” é uma tentativa de fraude bem recorrente e vem acontecendo todos os dias com milhares de portais de múltiplos usuários e, resumidamente, ocorre da seguinte forma:

O hacker cria um domínio na internet parecido com o site alvo e o aponta para uma página falsa, criada de forma copiada do verdadeiro site. Depois ele divulga este domínio nos mecanismos de busca e aguarda os usuários desatentos inserirem seu login e senha na página falsa e, assim, acabam entregando suas credenciais de acesso de mão beijada para o fraudador.

Segunda a A10 Networks, empresa do Silicon Valley especializada em infraestrutura de redes seguras, são 10 as tendências ou previsões de segurança da informação para 2018:

O texto abaixo foi postado no portal TI Inside

1 – Segurança digital se tornará uma questão básica de direitos humanos

Hoje, a humanidade é altamente dependente das comunicações digitais. Dispositivos móveis, laptops e nuvem permitiram acesso instantâneo e onipresente à informação para todos. As ciberameaças continuam a crescer e afetam empresas e prestadores de serviços. Essas ameaças também afetam os consumidores, que muitas vezes são os menos preparados para lidar com problemas de segurança. O phishing, a fraude, o roubo de identidade e o ransomware ameaçam a tranquilidade de todos.
Nossa dependência de comunicações seguras não é diferente da nossa necessidade de ar, água e alimento. A segurança digital precisa ser tratada como um direito humano fundamental. Sem proteção e segurança, as pessoas estão em risco. Eles enfrentam dificuldades significativas e perdas monetárias devido as ameaças e problemas de segurança desenfreados. Antes que as questões de segurança tomem proporções epidêmicas, a sociedade deve mudar sua percepção e ver a segurança cibernética como um direito humano fundamental.

2 – Um ataque catastrófico irá paralisar, parcial ou completamente, uma importante operadora de rede móvel

Os operadores de redes móveis hoje se concentram em proteger suas redes de ataques originários de fontes externas. Eles defendem suas redes usando firewalls de Gi e apliances de proteção DDoS. Isso está mudando e agora vemos que ataques também podem ser originados de dentro da rede.
As operadoras de redes móveis não estão devidamente preparadas para esses ataques e o núcleo das redes 3G e 4G geralmente não está protegido. No próximo ano, um atacante avançado pode ter como alvo o componente certo e derrubar a rede, desativando seus serviços.

3 – A criptografia se tornará muito mais importante no tráfego Leste-Oeste

À medida que o tráfego Leste-Oeste cresce rapidamente e mais empresas deslocam suas cargas de trabalho para a nuvem, dados sensíveis estão mais expostos do que nunca. Isso pode resultar em roubo e violação de dados. Criptografar o tráfego Leste-Oeste será necessário para alcançar segurança e conformidade. Verificamos que isso ocupa um lugar central em 2018, pois o uso da criptografia continua a crescer à medida que a confiança online diminui.

4 – Ataques aos governos irão aumentar para níveis nunca antes vistos.

Nos últimos anos, os governos enfrentaram volumes crescentes de ataques cibernéticos. Em 2018, os níveis atingirão um ponto de ebulição. À medida que os governos continuam a migrar para serviços on-line e adotar arquiteturas modernas como a nuvem, as restrições orçamentárias ditarão suas capacidades de segurança. A maioria recorrerá ao melhor esforço e aos programas de segurança subfinanciados, aumentando a probabilidade de serem alvos. Esses ataques também terão efeito na medida em que podem expor os cidadãos a mais fraudes e roubos ou exposição de dados pessoais.

5 – Segurança serverless e funções de analytics se tornarão cada vez mais importantes para tarefas como verificação de vírus

Manipulação de dados é um destaque em sistemas de Serverless Computing (sem servidor), como AWS Lambda. Em alguns casos de segurança e visibilidade, este é um elemento chave de uma transação.
No próximo ano, vamos observar estas aplicações serverless permitindo negócios pay as you go (pré-pago) focados em cibersegurança e proteção contra malware. Isso também permitirá uma análise escalável e on-line da telemetria de infraestrutura.
Triggered logs, informações de fluxo e análise de captura de pacotes usando infraestrutura sem servidor serão mais comuns e permitirão que pequenas e médias empresas tenham a mesma escala de benefícios e flexibilidade de empresas de grande porte devido ao modelo de pagamento pay as you go.

6 – Provedores de nuvem se tornam alvo de ataques de interrupção de serviços

À medida que mais empresas se deslocam para a nuvem, os atacantes miram direta ou indiretamente os provedores destes serviços. Apenas um olhar sobre os ataques Dyn e Mirai de 2016 mostra essa tendência se formando e atingindo um novo patamar em 2018. As corporações terão capacidades de resposta limitadas para lidar com um provedor de nuvem sendo atacado, pois eles não têm controle sobre a infraestrutura de base. Isso fará com que mais empresas revejam uma estratégia multi-nuvem para evitar colocar todas as suas cargas de trabalho em um único provedor da nuvem.

7 – Produtos de segurança adaptativos e deceptivos estarão no top cinco das principais tecnologias

A fim de enganar os bandidos, surgirão novas tecnologias que darão aos pesquisadores e operações de segurança a capacidade de prever um ataque que ainda está por acontecer. A análise preditiva passará de um “bom para ter” para um “deve ter” e as corporações terão que investir nessas tecnologias para manter-se à frente do cibercrime e proteger seus sistemas.

8 – Blockchain será amplamente utilizada para criar tecnologias de segurança

Embora não estejamos falando de um IA de pleno direito aqui, o aumento das capacidades de aprendizagem de máquinas e chatbot comoditizados, que estão sendo construídos em praticamente todos os novos produtos permitirão que a inteligência humana e eletrônica seja combinada de forma mais eficaz. Chegando no próximo ano, isso dará às equipes de segurança a capacidade de avaliar e priorizar vulnerabilidades com base em mais do que apenas um único ponto, oferecendo assim uma proteção mais profunda.

9 – Sistemas SCADA vulneráveis e IoT causarão danos físicos em 2018

Vulnerabilidades em dispositivos de Internet de Coisas (IOT) e em Controle de Supervisão e Aquisição de Dados (SCADA) levarão a danos físicos, não apenas digitais, de algum tipo em 2018. Esperemos que a escala de danos limite-se às perdas e aos componentes do controlador. Ao contrário dos objetivos do Stuxnet e do Flames, os dispositivos IoT e SCADA estão em frameworks comuns, de código aberto, que são fáceis de entender e difíceis de corrigir após a instalação, tornando-os alvos principais.

10 – Veremos o surgimento das tecnologias de segurança blockchain

Blockchain será mais do que apenas uma tendência em 2018. Essa nova tecnologia será suportada por muitas empresas no próximo ano. Os navegadores obterão suporte nativo / experimental e identidades online para reduzir a quantidade de transações anônimas. Por design, as tecnologias blockchain são mais seguras do que as suas antecessoras, criando um ambiente on-line com maior segurança e menos anonimato do que vimos no passado.

É preciso investir em segurança da informação, pois ninguém está livre de ser o próximo alvo…
André Duarte, do Arcon Labs

==> Desejo um Feliz Natal e um 2018 seguro, próspero e saudável a todos os leitores, comentaristas e amigos do Blog B2B Tech !

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