TECNOLOGIA EXPONENCIAL SEGUNDO A SINGULARITY UNIVERSITY

Parece que já faz um tempão que postei aqui sobre Inteligência Artificial, mas foi há somente 5 meses que abordei as tendências que colocarão (já estão colocando) em risco de obsolescência a maioria dos empregos atuais, não porque alguém queira ou alguém decidiu assim, na verdade o conjunto da sociedade moderna está literalmente empurrando o desenvolvimento tecnológico numa escala de crescimento exponencial.

Segundo Ray Kurzweil, guru da ciência prospectiva (aquela que, ao contrário da retrospectiva, ocupa-se do futuro), entre as diversas tecnologias disruptivas atualmente em desenvolvimento no mundo, são 3 as que impactarão de forma definitiva a humanidade e definirão nosso futuro: a genética, a nanotecnologia e a robótica.

A revolução genética nos permitirá reprogramar nossa própria biologia

A revolução da nanotecnologia nos permitirá manipular a matéria em escala molecular e atômica

A revolução dos robôs nos permitirá criar uma inteligência não biológica mais poderosa do que a humana

E tudo isso somente é possível de antever porque a Lei de Moore continua prevalecendo, desde 1965, quando não havia nenhuma previsão real sobre o futuro do hardware e Gordon E. Moore fez a profecia de que o número de transistores dos chips teria um aumento de 100%, pelo mesmo custo, a cada período de 18 meses.

Apesar de estudos indicarem que existe uma tendência natural da Lei de Moore deixar de prevalecer, o fato é que ela permanece inquietantemente válida até hoje.

O vídeo abaixo mostra uma incrível palestra de Pascal Finette, VP de Startups Solutions da Singularity University, instituição focada no estudo e realização de empreendimentos disruptivos e tecnologias exponenciais, localizada no parque de pesquisas da NASA no Vale do Silício, na Califórnia.

Nesta palestra, realizada no Zeit Festival Smashing Ideas, em Hamburgo, 2016, Finette aborda o avanço exponencial da tecnologia e porque defende que a velocidade desta evolução não será reduzida tão cedo.

Este vídeo foi-me enviado pelo amigo Amauri Caldeira, empresário antenado com as novas tecnologias aplicadas ao mercado de gestão de viagens corporativas.

Vale assistir até o final…

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REFORMA TRABALHISTA MEIA BOCA

Apesar de significar algum avanço, não consigo enxergar onde esta reforma trabalhista mexerá realmente na ferida, a ponto de atingir seu real objetivo de estimular a geração de novos empregos para reduzir o atual preocupante índice de 14 milhões de desempregados no Brasil.

Após analisar e reanalisar o texto aprovado pelo Senado, continuo pensando na perversa situação em que um candidato a emprego faz uma entrevista para um salário de R$ 5 mil, com a percepção de que, após os descontos, receberá menos de R$ 4 mil, enquanto o empregador tem a certeza de que custeará cerca de R$ 10 mil, incluindo os encargos trabalhistas, custos indiretos e benefícios.

Os principais “avanços” da reforma trabalhista lembram a tentativa inútil de maquiar um monstro…

Com uma diferença de 60% que não vai direto para o bolso do empregado, mas que sai do bolso do empregador, esta conta nunca fechou e, pelo que percebi, ainda não será desta vez que a nova reforma trabalhista resolverá esta equação…

Aos que, ainda assim, defendem a “manutenção dos direitos trabalhistas”, eu costumo lembrar 15 das mudanças que vivenciamos nos últimos 10 anos, amplamente difundidas nas redes sociais, mas que merecem ser relembradas neste contexto:

1) O MP3 faliu as gravadoras.
2) A Netflix fechou as locadoras de filmes.
3) O Google detonou as enciclopédias.
4) A OLX eliminou os classificados de jornal.
5) O Waze enterrou os aparelhos GPS.

6) O Uber complicou a vida dos taxistas.
7) O Airbnb complicou a vida dos hotéis.
8) O Youtube complicou a vida das TVs.
9) O Facebook complicou a vida das TVs.
10) O Whatsapp complicou a vida das telefônicas.

11) O Tinder ameaça o objetivo das baladas.
12) A Tesla ameaça o modelo das montadoras.
13) O Nubank ameaça o mercado bancário.
14) A Bitcoin ameaça o sistema monetário.
15) O smartphone acabou com o telefone fixo, detonou as câmeras fotográficas e filmadoras amadoras, levou pro museu o relógio despertador, baniu a agenda digital, substituiu o bloco de anotações, recriou os tocadores de música, os gravadores pessoais etc.

E ainda existe quem queira viver com dogmas trabalhistas criados para o mercado de trabalho de 1943…

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ONUS E BONUS DE CHEGAR NA FRENTE

Por ocasião do lançamento da nova Disponibilidade Tarifada Reserve, noticiada pelo Panrotas, com família de tarifas (as chamadas branded fares) e franquia de bagagem, convidamos algumas agências de viagens corporativas para testar a inovação em ambiente de produção, antes da configuração em todos os nossos 120 licenciados e seus 3 milhões de usuários ativos.

Considerando que, em cumprimento à Resolução 400/2016 da ANAC, as alterações nos sistemas de reservas direct connect da Azul, Gol e Latam, foram lançadas quase que simultaneamente, existia algum risco de colocar um novo método de pesquisa de disponibilidade em produção, acessável pelas empresas clientes das agências, e explicamos isso a todas as agências convidadas ao beta-teste, que duraria apenas 2 dias.

“Existe sempre um bonus de sair e chegar na frente, de ser o primeiro, de ser reconhecido como inovador”, eu esclarecia. “Mas esse bonus vem acompanhado do onus do aprendizado, do imponderável, do risco do desconhecido”, eu complementava.

Todos os empresários que convidamos a testar a novidade, toparam na hora, sem pestanejar, mesmo cientes de que um recurso disruptivo como este geraria impacto direto no core business do sistema e da agência e poderia exigir trabalho (debug), atenção (junto aos clientes) e algum tempo.

Agora que tudo deu certo, que o lançamento foi um sucesso e que a nova maneira de dispor as múltiplas famílias de tarifas está disponível para todos, lembrei-me do post que publiquei no início de 2011, no saudoso Blog Distribuindo Viagens do Portal Panrotas, o qual, por permanecer atual, eu recomendo a releitura: QUANTO VALE ESTAR ATUALIZADO?

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