GOVERNANTES RICOS E GOVERNADOS POBRES

“Uma versão criminosa de governantes ricos e governados pobres”

Cada decisão do juiz Sergio Moro merece ser lida na íntegra, tal a simplicidade e objetividade de seus argumentos que produzem verdadeiras obras de arte do pensamento jurídico.

Assim como todos os brasileiros, venho acompanhando a trajetória de Moro, sigo suas redes sociais e de sua esposa, focadas que são na missão que ele voluntariamente assumiu, contra tudo e contra todos os poderosos, mas a favor do bem comum.

Todos os seus textos são técnicos, isentos e nitidamente buscam o espírito da lei, além de serem embebidos do propósito de fazer justiça, objetivo final do trabalho de um juiz (nem sempre observado em outras decisões de outros magistrados) e foi do texto de sua decisão, sobre a prisão preventiva do ex-governador Sergio Cabral, que retirei o título deste post.

Cada decisão sua é um alento ao povo brasileiro que deseja, há muito tempo, viver num estado genuíno de direito, aquele em que o poder exercido é limitado pela ordem jurídica vigente, que dispõe sobre a forma de atuação do Estado e sobre as garantias e direitos dos cidadãos.

Indo direto ao ponto, no verdadeiro estado de direito, nenhum indivíduo está acima da lei, independentemente de seu poder político, econômico, intelectual ou social, mas não é isto o que temos visto no Brasil, em que políticos e poderosos não somente roubam escancaradamente e avançam sobre o patrimônio público, como debocham e tripudiam do povo, da imprensa, da sociedade de uma forma geral…, e nada era feito.

Simplesmente convivíamos com isto, como os súditos de um sistema feudal, a quem cabe trabalhar para sobreviver, produzir para o bem da sociedade e contribuir com impostos para o sustento dos (milhares de) amigos do Rei e a casta de bajuladores que vivem à sua sombra.

Esperamos todos que a carreira de Sergio Moro seja longa o bastante para inspirar e multiplicar dezenas, centenas ou milhares de Sergios Moros por todo o Brasil, pois somente com a multiplicidade da correção, imparcialidade e respeito à letra fria da lei, nas diversas esferas da justiça, é que conseguiremos efetivamente passar o Brasil a limpo, trabalho que exige um exército de juízes probos, íntegros e com este mesmíssimo nobre propósito, e tudo isto ao mesmo tempo.

Eu acredito.

A prisão do ex-governador Anthony Garotinho explicitou um inacreditável roubo do dinheiro público camuflado por um projeto social eleitoreiro.
A prisão do ex-governador Anthony Garotinho explicitou um inacreditável roubo do dinheiro público camuflado em um projeto social eleitoreiro.
A prisão do ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, encerrou um ciclo de deboche e escárnio do ex-político com o dinheiro do povo.
A prisão do ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, encerrou um ciclo de deboche e escárnio do ex-político com o dinheiro do povo.
prisão do ex-presidente da Câmara Federal, deputado cassado Eduardo Cunha, comprovou que ninguém está acima da lei
A prisão do ex-presidente da Câmara Federal, deputado cassado Eduardo Cunha, comprovou que ninguém está acima da lei

.

EMPRESA É QUE NEM FILHO: A GENTE CRIA PARA O MUNDO

De tempos em tempos publico textos de outros autores e, mais frequentemente, republico textos que Luís Vabo Jr posta no Forum Ecommerce Brasil, onde é blogueiro, ou na Endeavor, onde contribui como mentor, ou ainda na PUC-Rio, onde é professor de empreendedorismo.

O texto abaixo, muito inspirado, utiliza uma analogia interessante (especialmente preciosa para mim) e, por isso, achei por bem deixar registrado aqui na minha verdadeira “timeline”, o Blog do Panrotas.

Quem sabe um dia escrevo a minha própria visão do assunto, muito próxima da que ele expõe aqui em diversos conceitos, mas que difere em um ponto fundamental…

Leia, analise e tire suas conclusões:

“Para muitos empreendedores, o processo de venda e sucessão na empresa costuma ser doloroso. Minha experiência mostra que não precisa ser assim.

O trajeto é conhecido: um empreendedor identifica um problema, vê a oportunidade de resolvê-lo de forma inovadora, monta uma empresa, cresce forte, recebe uma oferta irrecusável de compra (ou de fusão) e decide aceitar. Até aí, nada de novo. São muitos os casos de gente que segue esse caminho.

Mas, e depois? O que acontece? Do momento da sucessão — que é delicado e super importante na carreira de qualquer pessoa que tenha criado uma empresa — não existem tantos registros assim. Não existe uma ferramenta, ou um manual específico com o que fazer e o que evitar.

O que existe é a experiência de cada empreendedor e o melhor que cada um pode se prestar a realizar depois.

Leia também: Como fazer uma sucessão bem feita

Como tive a oportunidade de viver essa situação, gostaria de compartilhar alguns aprendizados e percepções que podem te ajudar a lidar com esse momento de transição em uma empresa.

O negócio nunca é só seu.

É comum me perguntarem como é que eu me “desapeguei” do negócio que vendi. Para responder, costumo falar do início da Sieve: quando meu sócio e eu criamos a empresa, tínhamos uma certeza – a de que o negócio surgiu para resolver um problema claro e real do e-commerce.

Assim sendo, nunca tivemos essa percepção de que a Sieve era só nossa, porque também era dos clientes cujos problemas queríamos solucionar (lojas virtuais e fabricantes).

Além disso, queríamos que cada membro do nosso time (os Sievers) se sentisse feliz e motivado por trabalhar na Sieve. E, pra que isso acontecesse, o compartilhamento da cultura organizacional tinha que ser total, sem restrições. Ou seja, o negócio também era da nossa equipe.

Por isso, a questão do “desapego”, no meu caso, não teve tanta importância. Então, minha principal orientação, aqui, é que:

VOCÊ, EMPREENDEDOR(A), DEVE TER CONSCIÊNCIA DE QUE SEU NEGÓCIO É COMO UM FILHO. EM UM MOMENTO, VOCÊ É TOTALMENTE RESPONSÁVEL POR ELE. MAS DEPOIS, ELE CRESCE, SE DESENVOLVE, SAI DE CASA… VAI PARA O MUNDO.

Chega o tempo em que o negócio não depende mais só de você. No nosso caso, como sempre tivemos essa mentalidade, nunca foi uma questão delicada essa de vínculo muito estreito com a operação. Isso tornou mais fácil e mais leve o processo de sucessão, tanto interno quanto externo.

Fizemos fusões e vendemos. Mas continuamos tocando o negócio.

Muita gente também se pergunta também sobre “o que fazer” após a conclusão de uma venda. Quais os passos devem ser dados.

Novamente, não existe uma receita de bolo. Até porque depende muito do momento em que a empresa está. No caso da Sieve, nós continuamos tocando o negócio como executivos. A equipe e a operação continuou sob nossa responsabilidade. A principal diferença é que, com a chegada de novos sócios, o sonho grande aumentou.

Aliás, a questão do sonho grande, aqui, é super importante, porque a minha orientação quanto aos próximos passos para gestores que passem por essa experiência sempre será a de ampliar esse sonho grande. Sempre digo para buscarem parceiros em linha com os seus valores e objetivos, além de um modelo de negócio que permita que o sonho se expanda ainda mais.

Empreender não é só abrir uma empresa.

Por falar em sonho grande, quero propor uma reflexão um tanto filosófica: para mim, empreender é muito mais do que abrir e tocar um negócio.

É UMA ATITUDE DE VIDA, E QUE, POR ISSO, É INDISSOCIÁVEL DO LEGADO QUE PRETENDEMOS DEIXAR.

Faço essa reflexão porque também ouço muitas perguntas sobre como, depois de vender um negócio, o(a) empreendedor(a) pode continuar contribuindo com o ecossistema. Sobre como pode disseminar a cultura empreendedora. Além, evidentemente, da possibilidade de ele abrir outro negócio, existem outros caminhos que ele(a) pode trilhar também.

No meu caso, procuro “irradiar” esse espírito das mais diversas formas. Por exemplo, dando mentorias na Endeavor, para orientar quem está passando pelos desaios que passei. Também costumo ministrar palestras ou escrever artigos contando histórias e aprendizados, como esses que estou compartilhando com você. Investimento-anjo é uma vontade futura.

Isso serve até para mostrar ao pessoal mais jovem que empreender não é um bicho de sete cabeças. Que, por mais que não estejamos no Vale do Silício ou em Israel, é possível, sim, criar um negócio de valor e com crescimento de alto impacto aqui no Brasil.

Também tenho a oportunidade de ser professor de empreendedorismo na PUC-Rio. Dou esses exemplos apenas para mostrar o quanto, para mim, é forte a causa. E, a meu ver, o momento da venda foi importante nessa trajetória. Porque, quando empreendedores não são mais os únicos responsáveis por um negócio, podem se dedicar a outro campo fundamental para as transformações que todos queremos ver: a educação.

Por último, o investimento em novos empreendedores é uma bela possibilidade. Que o digam empreendedores como Hernán Kazah, fundador do Mercado Livre, que hoje se dedica a procurar companhias latino-americanas para investir por meio da Kaszek Ventures. Ou como Reid Hoffman, co-fundador do LinkedIn, que também se tornou Venture Capitalist e faz parte do conselho de várias organizações sem fins lucrativos. Ah, e eles também dão mentorias.

Leia também: 4 dicas (e 2 segredos) sobre mentorias

No fim das contas, pode ser que você coloque uma grana no bolso e queira tirar umas férias. Pode ser, inclusive, que isso te ajude a “desapegar”. Mas um empreendedor verdadeiramente de alto impacto não dispensa uma oportunidade de devolver à sociedade. Além dos novos projetos que certamente surgirão, sempre haverá quem possa se beneficiar da experiência que você viveu.

Não deixe de passá-la adiante!”

.

Obs.: Texto de Luís Vabo Jr publicado no Portal da Endeavor em 06/10/16.

.

NASCIMENTO, VIDA E MORTE DE UMA NOVA TECNOLOGIA

Tenho testemunhado muitas “tendências” ao longo dos últimos anos, algumas nascem e morrem com a mesma velocidade dos modismos tecnológicos alimentados pela massa de internautas ávidos por qualquer novidade, casos de MySpace, Second Life, Groupon (compras coletivas, lembra?), Pokemon Go (oooooops, me arrisquei aqui, tem muita gente apostando nisso), entre outros.

Outras tendências surgem com o carimbo da perpetuidade (olha aqui outra palavra esquecida nesses tempos de efemeridade), elas nascem, crescem, evoluem e entram nas nossas vidas para ficar. Podem até ser substituídas um dia, mas não morrerão jamais, casos de buscadores (Cadê? e Yahoo! X Google ou Orkut X Facebook e outras redes sociais).

Essas tecnologias disruptivas (busca por algoritmo e rede social) não pertencem a nenhuma dessas marcas, nem às substituídas nem às atuais, pois as marcas e seus serviços podem ser (e provavelmente serão) substituídas um dia, mas os conceitos já estão assimilados no nosso dia-a-dia.

Continuarão evoluindo, podem ser atualizados e transformados, conforme as novas tecnologias permitirem, mas não morrerão mais, devido à sua relevância para as pessoas (acesso ilimitado à informação e gestão do relacionamento social).

Guardadas as proporções, tenho abordado aqui com certa frequência sobre as oportunidades que o “expense management” tem gerado para as TMCs que estão antenadas com as demandas de seus clientes corporativos.

Gestão de despesas corporativas é um conceito ainda pouco compreendido no Brasil
Gestão de despesas corporativas é um conceito ainda pouco compreendido no Brasil

Alguns dos principais eventos relacionados a gestão de viagens corporativas (Lacte, Forum Costa Brava, GBTA Brasil etc.), e até mesmo eventos de maior porte que apontam as tendências do turismo (Forum Panrotas e ABAV Expo, por exemplo), estão antenados para esta nova realidade e destacaram o “expense management” em suas edições deste ano.

Muitas empresas já entendem que não basta a uma TMC gerir suas demandas por serviços de transporte aéreo e de hospedagem, por perceberem que as despesas indiretas do colaborador podem representar um sorvedouro de recursos que literalmente jogam os “savings” pro ralo…

Alimentação, transporte terrestre (taxi, uber, onibus, metrô, BRT, VLT etc), combustível, estacionamento, pedágio, Wi-Fi a bordo, assento conforto e outros gastos imprevistos durante uma viagem corporativa podem dobrar o custo da missão de um colaborador em outra cidade.

As TMCs podem dobrar seu escopo de serviços para a mesma carteira de clientes corporativos
As TMCs podem dobrar seu escopo de serviços para a mesma carteira de clientes corporativos

Essa aderência das empresas, que já percebem as vantagens da tecnologia de “expense management” (ágil, leve e objetivo) operando integrado ao seu ERP (lento, pesado, complexo), confirmam que esta é uma tecnologia que veio para ficar.

Você pode acreditar agora, ou assistir o conceito de gestão de despesas crescer, ou ainda esperar até 2020 para comprovar o que afirmo aqui.

Em que você vai apostar?

.