Chiloé é um arquipélago composto por cerca de 30 ilhas que ficam no Chile, ao norte da Patagônia e a sul da região dos lagos. Quem gosta de viagens de aventura, estar em contato com a natureza em um lugar historicamente importante ainda não tão desbravado pelo turismo este é o lugar.
Foi um grande prazer conhecer este segredo do Chile. O lugar que antes estava voltado para mochileiros e aventureiros agora recebe turistas do mundo todo que vão atras de sua história e beleza. Ainda assim, o arquipélago mantém um ar meio misterioso, como se estivéssemos ainda em um lugar perdido no passado ou esquecido no tempo. Parece que o tempo passa mais devagar por lá do que no continente; há um ar interiorano, rural, com paisagens naturais estarrecedoras dividindo atenção com patrimônios culturais de grande importância na História.
Para chegar em na Isla Grande de Chiloé (que é a maior Ilha do arquipélago de mesmo nome) é preciso atravessar o canal de Chacao num ferry desde o continente com direito a avistar focas pelo caminho e vulcão Osorno ao fundo.
Ancud, Castro e Quellón são as cidades principais, além da emergente Península de Rilan, ao norte de Castro. Estes são os pontos de partida para descobrir paradas deslumbrantes e a rica gastronomia guardada por este encrave, sua mitologia e festas locais.
Passear pela pelas vilas e vilarejos com casas de madeira construídas em pilares sobre a água, chamadas de “palafitas”são um clássico da Ilha. Como também as Igrejas de madeira que construídas entre os séculos XVIII e XIX são verdadeiras jóias arquitetônicas. Dezesseis das quais foram declaradas Patrimonio Mundial pela Unesco.
O Igreja San Francisco de Castro é a mais monumental, fachada laranja com torres de sino e com vista para a praça principal.
Visitar a Igreja em um dia ensolarado quando a luz entra através das janelas e luzes no interior torna a visita ainda mais especial.
Alguns passeios interessantes para se fazer em Chloé:
Passeio pela Vila de Dalcahue.
Apenas a 20 km de Castro você pode ir para o dia para visitar a cidade de Dalcahue, que significa lugar da linguagem huilliche dalcas, ou seja, os barcos originais construídos os primeiros habitantes deste arquipélago. O ideal é visitar a cidade em um domingo, quando acontece a Feira de Artesanato, onde os moradores de todas as ilhas vizinhas estão apresentando suas peças.
Aqui encontramos os casacos clássicos, cachecóis e chapéus de adição colorido de lã de cestaria, madeira entalhada e muito souvenir.
(Levar dinheiro pois muitas tendas não aceitam cartão de crédito).
O “La Cocineria” é um galpão ao lado da Feira de Artesanatos totalmente dedicado as iguarias gastronômicas locais. Lá é possível provar empanadas de mariscos (uma especialidade da região) além da autêntica comida e doces locais.
A grande atração é a Igreja de Nossa Senhora das Dores, cobertas com telhas de lariço. Foi construído pelos missionários jesuítas, em 1849, é um dos 16 templos chilotes Património Mundial pela UNESCO. Ele salienta a pintura atrás da porta da frente, onde Jesus é visto entre Chiloe personagens mitológicos.
Em um tipo palafita, o Museu Etnográfico de História, onde a história e conta huilliches Chonos, os povos originais de Chiloé está localizado. Aqui podemos aprender sobre como eles viviam, sua arte, seus instrumentos populares, sua cerâmica e veja fotos do século passado.
Esta cidade, com pousadas e restaurantes, é também o ponto de partida para cruzeiros para Ilha de Quinchão, onde as pitorescas cidades de Velez e Achao Curaco estão localizados. Visitar também a Villa Quinchao e sua Igreja, também Património da Humanidade, ponto de entrada dos jesuítas para a Ilha Grande.
A igreja “Santa Maria de Loreto Achao” na Isla Quinchao foi a primeira igreja construída em Chiloe em 1730. Fica na praça de armas da localidade de Achao, tem piso de madeira original e telhado como se constrói um bote. Como um barco invertido.
A maior igreja de Chiloé, Igreja Nossa senhora de Gracia foi construída no séc XVIII em madeira e com detalhes na arquitetura em estilo neo clássico e neo gótico.
Depois de muitas reconstruções infelizmente hoje é bem diferente da original. A última restauração foi de 2007 a 2010.
Curaco de Veles é um lugar muito pitoresco onde as casas são em madeira e bem coloridas cada um com um desenho diferente. São as casas típicas de chilota. Algumas casas têm mais de 100 anos.
Podemos ver animais típicos da região como os cisnes de pescoço negro e as gaivotas cinzas que deram origem ao nome da ilha de Chiloe.
Visitamos a Granja de Sandra que é uma mulher típica chiloeta que sozinha cuida de 5 hectares de terra sozinha com alguns animais e diversas frutas e legumes.
O Passeio de barco (que é exclusivo do Hotel Tierra Chiloe) é imperdível. É o passeio mais famoso e característico do lugar.
O Barco exclusivo do Tierra foi inspirado nos barcos pesqueiros cabe até 30 pessoas e tem diversas opções de rotas para escolher. Fomos conhecer Mechuque, um passeio lindo com duração de dia inteiro.
Chegando em Mechuque, quem quiser pode descer do Barco e fazer uma caminhada de 1:20 e para ver a vista do alto e chegar ao outro lado da ilha (onde o barco estava esperando).
Mechuque tem cerca de 500 pessoas morando atualmente e é um povoado bem simples e hospitaleiro.
Localizado no centro da ilha grande de Chiloé, e 172 quilômetros de Puerto Montt, Castro é o ponto de partida para explorar o arquipélago. Entre colinas e vegetação exuberante, esta cidade tem uma infra-estrutura turística confortável e está bem ligado a outras cidades e ilhas chilotas. Fundada em 1567 por Martin Ruiz de Gamboa, hoje é um destino favorito para mochileiros.
Aproveite esta cidade a pé, provando seus restaurantes marinhos, visitando lojas de artesanato e admirar as coloridas “palafitas” à beira-mar, o cartão postal chilota clássico. As casas são de madeira, coberto com telhas de madeira, construída sobre palafitas e quando a maré parece flutuar. Você pode obter a melhor vista do ponto de vista da ponte de Gamboa.
Há outras atividades como caiaque, cavalgada, caminhada, pesca esportiva e observação de pássaros (birdwatching) que tem no local um cenário perfeito para a pratica.
Como chegar: Vôos diários desde Santiago a Puerto Montt (1 hora 40 minutos). Há transfers desde o aeroporto El Tepual a Ancud e a Castro, distantes a 82 km.
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