Queijo de cabra empanado em meio a plantas que você nunca viu. Raviólis recheados de taioba e repletos de sabor. Pudim de pão com gosto de infância, sorbet de goiaba e queijo. Café acompanhado de cocada com casca de melancia ou de petit four de casca de abóbora. Um cardápio original que evita o desperdício de alimentos foi o destaque de um evento realizado esta semana no Santa Teresa Rio de Janeiro MGallery. A rede francesa Accor investe em sustentabilidade na marca MGallery e promove ações para reduzir o impacto de seus hotéis e restaurantes no meio ambiente.

As metas de sustentabilidade do gigante grupo hoteleiro, que faturou 36 bilhões de euros em 2018, estão reunidas no programa Planet 21. São alinhadas com os 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Organização das Nações Unidas (ONU). O cardápio do restaurante Térèze, elaborado pelo chef Esteban Mateu, atende ao ODS 12, de produção e consumo sustentáveis. Reduzir o desperdício de alimento é um dos principais compromissos de sustentabilidade da Accor e da marca MGallery.
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Santa Teresa Rio é hotel com história singular
O evento demonstra que sustentabilidade e valorização da marca, como a MGallery da Accor, são dois conceitos cada vez mais indissociáveis. Não por acaso, entre seus mais de 30 hotéis no Rio, a rede escolheu como cenário o MGallery, marca de hotéis de lifestyle sempre com uma história única para contar em mais de cem propriedades boutique mundo afora. O Santa Teresa tem apenas 48 quartos em um casarão de meados do século 19, sede uma fazenda de café e cercado de verde. Não há dois iguais e o hotel é um dos três cariocas recomendado no prestigioso Forbes Travel Guide (os outros dois são o Belmond Copacabana Palace e o Fasano Rio de Janeiro).
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Bar dos Descasados Fotos de Carla Lencastre
Outra característica da marca é ter bons bares e restaurantes com influências locais. No Santa Teresa estão o Bar dos Descasados e o Térèze, ambos frequentado por moradores da cidade. O restaurante já era bom antes de o Santa Teresa ganhar o sobrenome MGallery. A começar pelo ambiente. Janelões mostram um panorama do Centro do Rio e da Baía de Guanabara, bonito de dia e de noite. Mesas e cadeiras, e alguns objetos de decoração, são em madeira certificada, de demolição ou reflorestamento. Há quase dois anos a gastronomia é comandada pelo chef uruguaio Esteban Mateu, que tem no currículo passagens pelos premiados Pujol, na Cidade do México, e D.O.M., em São Paulo. Mateu deu toques mais latinos ao cardápio da casa.
Almoço e jantar começam sempre com uma referência local. Pães frescos e manteiga com flor de sal chegam à mesa em suportes feitos por artistas das redondezas, que lembram o trilho dos bondes que percorrem Santa Teresa e os paralelepípedos que calçam muitas das ruas deste bairro histórico no Centro do Rio. Todos os outros pratos são serviços em louças antigas ou novas feitas em ateliês locais. No menu sustentável do evento da Accor, em seguida ao couvert veio um crudo de pescado, com ají amarelo e quinoa crocante. O grupo está comprometido em retirar peixes de espécies ameaçadas dos cardápios dos restaurantes de todos os seus hotéis. No caso do Santa Teresa, uma rede de 80 pescadores do Rio atende ao restaurante. A cozinha adapta os pratos ao que tiver sido pescado a cada dia.
Pão no trilho, manteiga na pedra Crudo de pescado Queijo de cabra, pancs Ravióli de ervas
da florestaPudim de pão Petit fours | Fotos de Carla Lencastre
Valorizar pequenos produtores locais é outro compromisso. As plantas alimentícias não convencionais (pancs) do menu criado por Mateu vieram da vizinhança, do coletivo Organicidade, que promove biodiversidade alimentar através de agricultura urbana. O ravióli de ervas da floresta já faz parte do cardápio normal do restaurante (está inclusive no menu degustação) e o pudim de pão é servido no bufê do café da manhã. Fico na torcida para que também entre no cardápio o queijo de cabra com picles e pancs, meu prato favorito do almoço por sua variedade de texturas, sabores e cores locais.
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