Rio está entre as tarifas hoteleiras mais altas do mundo

O índice global de preços de hotéis medido pelo Hoteles.com, da Espanha, apontou que no primeiro semestre deste ano as tarifas hoteleiras tiveram um aumento médio de 4% em todo o mundo. Do total de 74 países incluídos na pesquisa, 48 tiveram alta, 22 reduziram os preços e quatro se mantiveram estáveis.

A pesquisa indica que o Rio de Janeiro está entre os destinos com as tarifas hoteleiras mais caras, só perdendo para Capri, na Itália, 239 euros. Na capital fluminense o preço médio dos hotéis cresceu 24% no período e está em torno de 210 euros, quando a média global está entre 110 e 150 euros.  O tema é polêmico,  mas deve ser discutido de forma correta e responsável porque tem grande influência na imagem do destino e do próprio Brasil. O debate também deve envolver qualidade de serviços e relação entre o produto e o seu custo, já que vivemos num mercado global e altamente competitivo, e a comparação de produtos e preços é uma realidade entre os viajantes na hora de escolher um destino.

Na classificação por país estão Seychelles, com uma média de 249 euros por quarto – um aumento 10% em relação a 2011, a Ilha Maurício, 178 euros, mais 17%, e Brasil, 166 euros, mais 11%.

Os maiores aumentos por país foram registrados na Arábia Saudita, 34% (115 euros), Emirados Árabes, 29% (153 euros), Taiwan, 25% (110 euros), Chile, 23% (114 euros) e Montenegro, 22% (82 euros).

O Camboja foi o país com os preços mais baixos, 50 euros, que representam um aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado. A Bósnia, 53 euros, menos 1%, a Bulgária, 55 euros, mais 3%, o Vietnã, 58 euros, menos 7%,  a Lituânia, 61 euros, mais 5%, a Sérvia, 75 euros, menos 6%, e a Turquia, menos 6%, 91 euros.

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Jeanine Pires

Apaixonada pela indústria de viagens e turismo, há 31 anos atua como líder do setor no Brasil e no exterior. Já Presidiu e foi Diretora da EMBRATUR entre 2003 e 2010; é Diretora da Pires Inteligência em Destinos e, no final de 2022, entrou para a CVC Corp como Diretora de Alianças e Relações Governamentais. Jeanine foi Co-fundadora da startup ONER Travel em 2020 e já atuou como Presidente do Conselho da Fecomércio São Paulo e da WTM Latin America. Com formação e especialidade em marketing de destinos e economia do turismo, Jeanine faz palestras, cursos e consultorias.

7 thoughts on “Rio está entre as tarifas hoteleiras mais altas do mundo

  1. Lei da procura e da oferta??
    Hoje mesmo eu recebi um hoteleiro afim de ” tentar ” negociar tarifas em função da alra produção que temos com esta rede hoteleira.
    Fui breve e direto na pergunta: O que preciso fazer para que possamos ter uma condição de venda melhor ?
    RESPOSTA: não existe o que fazer, isso não irá melhorar porque a ocupação está beirando 100% em todo o tempo.

    Se a ocupação é esta, os agentes de viagens passam a significar prejuízo, e, não para por ai, se a oferta não atende a demanda, logo AS TARIFAS SÃO REAJUSTADAS. Custo X benefício??? me parece que não justifica os valores. Oportunismo?? Será?
    Oxalá a ocupação permaneça eternamente neste nível para que os hoteleiros continuem literalmente a nadar de braçada nas ondas das oportunidades.
    A situação mais recente que me lembro diz respeito a RIO + 20 que tarifas foram aquelas? Oportunismo?? Será??

    Os eventos vem e vão, os agentes de viagens permanecem !

    1. Adriano, obrigada pelos comentários.
      Todos queremos altas taxas de ocupação nos hotéis, e estamos felizes com o ótimo desempenho da hotelaria.
      Sempre sou a favor da conta: volume de visitantes e gastos altos, isso significa que o turismo é bom para as empresas que trabalham no negócio e ao mesmo tempo para as pessoas que vivem na cidade que recebe os visitantes.
      Creio que o debate sobre preços deve estar relacionado ao tipo de produto e de serviço que é entregue. Produtos com alto valor devem ser caros, e produtos com menos serviços devem ter preços que indiquem o tipo de produto entregue.
      O que você acha ?

      1. Concordo em gênero, número, letra e grau. Se falamos de custo X benefício concordo plenamente. É muito bom você pagar por algo não importa o valor, desde que você receba a contrapartida. O que tenho sentido, sai um pouco deste foco, parece que os valores estão um pouco fora desta realidade em função da atual demanda, assim propriedades 3*** cobram o que vale
        um 4/5*, mas enfim, a realidade é que teríamos que partir para o assunto infra estrutura.

  2. Completo com a sugestão do artigo abaixo que exatamente analisa essa questão do preço e seu impacto para o destino.

    Dwyer L., Forsyth P. & Rao P. (2000). The price competitiveness of travel and tourism: a comparison of 19 destinations. Tourism Management, Volume 21, Issue 1, pp. 9-22

    1. Ana Carolina, li o artigo, me parece bastante interessante. Na verdade coloca que a competitividade está relacionada com diversos aspectos do destino, e o preço dos hotéis é um deles. Aspectos ligados à oferta turística como natureza e cultura, comunicações, infra-estrutura, educação, acesso e outras variáveis também fazem parte dos impactos na competitividade do destino.
      Sempre é preciso uma análise geral do destino, vamos torcer para que lideranças e autoridades do Rio e do Brasil estejam pensando nisso.
      Obrigada por compartilhar o estudo.

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