Bastidores da operação de um cruzeiro de luxo

Seabourn Ovation em Kotor, Montenegro

Na semana passada eu fiquei um tanto quanto ausente aqui do blog, mas quem acompanha a jornada pelo Instagram viu que eu estava a bordo do Seabourn Ovation. O novo navio da armadora de ultraluxo deixou o estaleiro da Fincantieri, em Gênova, para sua viagem inicial – e eu fui lá cobrir esse cruzeiro para a Panrotas.

A reportagem completa sobre a visita estará em breve na Revista PANROTAS. No portal PANROTAS saíram algumas notinhas com detalhes internos do navio, como o design inteligente do premiado Adam Tihany e a gastronomia de primeira linha oferecida no cruzeiro.

Aqui para o Viajante 3.0 também resolvi escrever algumas linhas sobre o Seabourn Ovation – especialmente sobre o que acontece por trás de todo o aparato de luxo criado pela companhia. Durante a viagem, pude conhecer o interior do navio e fazer dois tours extremamente interessantes: pela sala de comando e pela imensa cozinha do navio.

Olhos atentos para o mar

Bridge tour

Bridge, na linguagem marítima, é a ponte de comando de onde capitão/capitã, oficiais e marinheiros definem coordenadas, leem mapas, calculam manobras e botam a embarcação para navegar. A tecnologia envolvida é altíssima, com equipamentos de última geração auxiliando os navegadores e motores potentes dando a força necessária. Ainda assim, o olho humano tem um papel essencial. A todo instante, ao lado dos comandantes, marinheiros checam as águas com seus binóculos, atentos para qualquer detalhe que possa surgir no horizonte.

Sala de comando, a “ponte” do navio

As escalas dos oficiais são variadas mas, em geral, eles trabalham oito horas por dia, com turnos intercalados de cinco e três horas. Ao todo, contando o capitão (que no Ovation é o norueguês Stig Betten), são nove profissionais atuando na ponte de comando.

Apesar de estar longe de ser o maior dos navios de cruzeiro, o Seabourn Ovation tem um tamanho considerável – ainda mais se for levado em conta os destinos remotos pelos quais ele passa. São 12 decks e mais de 40 mil toneladas de aço em alto mar, com capacidade de transportar confortável e luxuosamente até 600 passageiros, em 300 suítes.

Uma das estações da gigantesca cozinha

Galley tour

Come-se muito e come-se bem a bordo do Seabourn Ovation. As refeições são dignas de restaurantes conceituados em terra firme e este é um dos pontos que a armadora faz questão de investir para manter seu nível de luxo.

Galley, na terminologia da navegação, é a sala de preparo das refeições. Em um navio como o Ovation, toda a operação alimentar fica reunida em um só lugar (no deck 4). Eu visitei a cozinha no período entre almoço e jantar, então coube presenciar apenas o momento mais tranquilo da rotina dos cozinheiros.

O resultado final

Nas horas mais críticas, são cinco restaurantes e o room service enviando pedidos para as estações – que são divididas por comida quente, fria, vegetariana, doce, etc. O objetivo é entregar esses pedidos entre 7 e 12 minutos, para isso o Ovation tem à sua disposição 64 chefs!

Se alguém pensou que basta decorar o modo de produção dos pratos e ser feliz, o Chef de Cuisine executivo da galley, David Whelehan, mostra a extensa biblioteca de receitas do navio, que ele garante ser capaz de produzir menus diferentes por 42 dias seguidos. Só por curiosidade, termino o texto com o dado de que, por dia, são consumidos 2,5 mil ovos e 40 quilos de avocado.

Não deixe de dar uma olhada nos últimos posts e acompanhe a jornada do Viajante 3.0 pela blogosfera da PANROTAS e também pela conta no Instagram.

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Renato Machado

Renato é jornalista e encontrou na cobertura do Turismo a junção de grandes prazeres: escrever e conhecer novas culturas e lugares. Agora vive no Porto, Portugal, e neste espaço irá experimentar na prática tendências e inovações do mercado, além de buscar um olhar menos óbvio de destinos internacionais. No Instagram @Viajante3.0

3 thoughts on “Bastidores da operação de um cruzeiro de luxo

  1. Renato!

    Que aventura gostosa, hein. Esse cruzeiro teve quantos dias e por quantas cidades passou?
    Você tem a informação sobre os custos por pessoa para essa viagem.

    Parabéns pela matéria, vou complementar o assunto no site da Panrotas,

    abs

    Paulo
    .

    1. Olá, Paulo!

      Como esta foi uma viagem inaugural, ela não seguiu um roteiro-padrão da Seabourn. Durou seis noites, saiu de Gênova, passou por Kotor (Montenegro) e finalizou em Veneza. Em breve vou escrever mais posts sobre esssa viagem e sobre os destinos visitados. Figue ligado!

      Abs

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