Nas reuniões mensais do Comitê de Tecnologia da ABGEV, sempre nos deparamos com as dificuldades de implantação deste ou daquele sistema em uma empresa ou agência de viagens, em função da natural resistência de alguns usuários em utilizar a nova tecnologia adquirida pela organização.
Não importa o tamanho da empresa ou o quanto amigável é a tecnologia sendo implantada, sempre existe alguma resistência, fruto da famosa reação a mudanças:
– Sempre fiz meu trabalho desta maneira, por que agora devo mudar?
– Se temos agência de viagens, por que tenho que fazer self-booking?
– Por que este sistema não é mais fácil de usar?
São inúmeros questionamentos, muitos bem razoáveis, outros nem tanto, mas nenhum deles considera os reais motivos que levam uma corporação a implantar a automatização de um determinado processo, antes realizado manualmente.
Em um ambiente de negócios com complexidade crescente, as empresas promovem permanentemente análises de custos operacionais, visando manter saudável seu equilíbrio financeiro, gerando revisões acuradas nos processos e medidas de realinhamento que culminam com o uso mais intensivo de novas tecnologias.
No Brasil, as tecnologias para gestão de viagens corporativas se tornaram mais acessíveis a partir de 2000. De lá para cá, muita coisa mudou, pois as empresas:
– Em 2004, se interessaram por tecnologia para gestão de viagens.
– Em 2006, buscaram tecnologia para controle de custos de viagens.
– Em 2008, queriam tecnologia para redução de custos de viagens.
– Já em 2010, após a crise econômica mundial (tsunami ou marolinha ??), as empresas desejam tecnologia para redução das viagens !!
Ou seja, a adesão das corporações às soluções tecnológicas específicas para gestão de viagens corporativas também sofre alterações ao longo do tempo e ao sabor das tendências econômicas.
Pressionadas pela necessidade de reduzir custos de viagens sem perder negócios, as empresas precisam fazer mais com menos e, com isso, as soluções tecnológicas integradas se apresentam como solução num ambiente em que os negócios terão margens cada vez menores.
Por isso, penso que a implantação de um novo sistema de gestão deve ser precedida de planejamento focado especificamente nos usuários, visando ampliar o resultado da aderência à nova tecnologia, que é impactada por fatores econômicos e culturais, conforme a empresa.
Fernando.
De fato, a resistência as mudanças, aliada a falta de planejamento para implantação de novas tecnologias, dificultam a implantação de uma ferramenta de gestão de viagens nas corporações e agências de viagens.
Enfrentamos este desafio constantemente, mas como você bem colocou o novo cenário econômico pressiona o mercado em obter resultados positivos, rápidos e transparentes e somente com um planejamento aliado a uma ferramenta tecnológica, estes resultados são obtidos mais rapidamente.
Parabéns pela matéria.!!
Acácia,
Realmente o grande aliado para resolver esta questão é a necessidade das corporações em otimizar seus resultados e, com isso, tendem a agir com determinação e foco.
Conto com seus comentário sempre… !
Luís Vabo
Excelente matéria. Merece elogios ao autor, e principalmente divulgação no meio empresarial pelas empresas de Business Travel on Line.
Nogueira,
Bondade sua.
Conto com sua leitura e contribuições permanentes.
Luís Vabo
Grande Vabo,
Parabéns pela matéria. Sabemos o quanto esse assunto nos motiva e nos envolve cada vez mais, inclusive dentro de nosso próprio Comitê de Tecnologia.
Como sou da Hotelaria, reforço suas palavras e ainda faço uma pequena ressalva em relação à disponibilidade de conteúdo…
É nossa obrigação incentivarmos e ainda darmos a credibilidade necessária para que as ferramentas tenham seu valor. Estar e não alimentar, atualizar e acompanhar é simplesmente deixar de ganhar dinheiro…
Imaginar que essa “compra”, certamente irá entrar por outro canal, muitas vezes pode ser pura utopia. Quanto vale o risco?
Forte abraço,
Leandro Begoti
Leandro,
Este é o tema central do uso da tecnologia na distribuição pela hotelaria.
De que adianta o hotel adquirir um sistema backoffice moderno, mas não treinar o pessoal que vai operar?
De que adianta o hotel negociar acordos com empresas, mas não carregar a tarifa negociada em todos os canais de distribuição?
De que adianta o hotel investir em tecnologia, mas omitir tarifas e/ou disponibilidade nos canais A, B ou C devido ao custo diferenciado desses canais?
Conto com suas opiniões aqui sempre !
Luís Vabo