Os consolidadores foram rápidos, muito rápidos, e estabeleceram um modelo de remuneração para uso dos agentes de viagens.
Como empresários comprometidos com seu negócio e com o negócio de seus clientes, reuniram-se e acordaram um padrão para a sua indústria, a das agências consolidadas.
Desenvolveram o sistema de forma ágil, priorizando a pressa e focando numa solução boa (o ótimo leva tempo e pode ser aprimorado depois) e, desta forma, demonstraram mais uma vez a sua força, atuando em bloco frente à uma ameaça que desafiava (e ainda desafia) todos, sem exceção.
Da mesma forma como os consolidadores buscaram a sua solução e não fixaram valores (indicaram uma referência) dentro de uma estratégia inteligente de preservar o livre mercado, as agências de viagens corporativas, que compram direto das cias. aéreas, e cobram direto de seus clientes, também não precisam da TASF.
A relação comercial entre as empresas e seus fornecedores TMCs (travel management companies ou simplesmente agências de viagens corporativas), já há alguns anos tem sido desenvolvida individualmente, geralmente baseada no valor por transação (ou transaction fee).
Este valor pode variar conforme o tipo de transação e diversas outras variáveis que podem ser consideradas na negociação entre a corporação e a agência, demandando um controle um tanto mais detalhado do que o desenvolvido para a RAV, por exemplo.
Mesmo assim, penso que as agências corporativas não precisam mesmo da TASF, quer seja pelos seus múltiplos custos, ou pelo seu controle não fazer parte da relação cliente/agência, ou ainda pelo fato de, como taxa, não receber boa acolhida dos órgãos reguladores (ver Blog Prevenindo), o que culminou no conflito ABAV/IATA Brasil.
A TASF não controlará, por exemplo, se a reserva for feita por self-booking, item que impacta o valor da transação, assim como o fato do voo ser nacional ou internacional, se for emitido pelo consultor da agência ou pelo próprio cliente em sistemas de self-tkt, entre outros itens formadores do valor da remuneração do agente corporativo.
Por isso, penso que o sistema de cobrança da remuneração da agência corporativa deve ser desenvolvido de forma customizada, integrado ao front-office, no caso de agências com alto índice de self-booking e/ou ao back-office, para todas as outras.
Dessa forma, estará assegurada também a agilidade necessária para ajustes no sistema que, certamente, serão demandados ao longo do tempo.
Ou alguém acredita que o mercado e suas regras atuais se estabilizarão?
.
As regras vão mudar sempre.
Isso porque o turismo é dinamico.
Sou estudante de turismo e já percebi isdo.
FF
Francisco,
O mercado de viagens e turismo muda muito mesmo, mas não é exclusividade do turismo e nem do Brasil.
No mundo inteiro, diversos mercados tem sido impactados pela internet.
Pela sua idade provável, você não teve a oportunidade de conhecer o mundo sem internet…, onde os mercados eram mais “estáveis” e as mudanças nas regras, bem mais demoradas.
Boa sorte na conclusão de seu curso e mantenha-se, sempre, muito bem informado, pois isso faz a diferença no mercado de trabalho (e essa regra não deve mudar).
[]’s
Luís Vabo