PARA GUTO, LEO E VABO JR, COM CARINHO

Acho que estou entrando no tema-provocação do post do Artur meio atrasado, mas como tudo na web é muito veloz, ele já ficou velho (o post, não necessariamente o Artur) e, por isso, comento aqui pra esticar a conversa.

Pelo contexto do post e da maioria dos comentários, me pareceu que o tema foi tratado mais como publicidade digital do que como marketing digital.

Afinal, como nos ensina o professor Syllos, essencialmente o marketing (digital, direto, social, de relacionamento, de guerrilha, político, viral ou qualquer outro rótulo) é o conjunto de estratégias comerciais que abrange uma série de atividades, desde o estudo de mercado, promoção, publicidade, vendas até a assistência pós-venda, viabilizando (ou estimulando) um fluxo de bens e serviços do produtor para o consumidor.

De qualquer forma, após ler o post do Artur e seus 45 comentários, achei curioso que ainda estejamos tratando o marketing digital como algo novo, ou que estejamos (ainda) comparando folheto com pen drive, quando, apesar da convivência de ambos (e ainda vão durar) penso que todos concordamos que estão em franca obsolescência (os dois).

Não tenho dúvida de que tudo isso coexistirá somente enquanto estivermos nesta fase de transição entre gerações (me refiro aos consumidores, não aos marketeiros) habituadas a consumir das mídias tradicionais (papel, rádio e TV) e das mídias atuais (web, mobile e TV) ao mesmo tempo.

Como sou, ao lado de Cassio, Sidney, Gustavo e Artur (os que sei a idade) um pouquinho mais velho que a garotada que chega, quando Guto, Leo e Vabo Jr completavam 10 anos de idade, eu registrava nosso primeiro domínio na internet – solid.com.br – algo inovador para uma agência de viagens brasileira na época.

Como nosso objetivo sempre foi o e-commerce (mesmo antes dessa expressão ser criada), investimos em publicidade digital desde 1997, como anunciantes de turismo do Cadê?, depois Starmedia, mas sempre no escopo de uma estudada estratégia de marketing.

Hoje isso soa nostálgico e chato, mas é interessante observar, como disse o Rui, que os conceitos do marketing digital em nada diferem do bom marketing de sempre, em que a construção de uma marca leva tempo, demanda estratégia e custa dinheiro.

Sem isso, pode-se criar um factóide ou uma bolha, ou ainda ganhar algum dinheiro por algum tempo e talvez seja este o objetivo de muitas novas empresas (e não as recrimino por isso).

Também vejo que pode-se até mesmo ganhar uma montanha de dinheiro ou simplesmente admirar os talentosos que conseguem e, de certa forma, sentir-se um deles.

Em nossa empresa, acreditamos e investimos em pessoas, tanto em profissionais da geração Y quanto da X, sem qualquer tipo de preconceito, basta entregar o que promete.

Coincidentemente, estamos contratando para o MKT e já tem aparecido candidatos representantes da geração Z, aquela que não está nem aí para comparar o ontem com o hoje, pois está focada no amanhã, que no fundo, é o que importa.

Pois é, a fila andou, de novo…

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Luís Vabo

Entusiasta da inovação, do empreendedorismo e da alta performance, adepto da vida saudável, dos amigos e da família, obstinado, voluntário, esportista e apaixonado. Sócio-CEO Reserve Systems 📊 Sócio-fundador Solid Gestão 📈 Sócio-CFO MyView Drones 🚁 Sócio Link School of Business 🎓 Conselheiro Abracorp ✈️

15 thoughts on “PARA GUTO, LEO E VABO JR, COM CARINHO

  1. Lá vem aqui o menino que não consegue escrever pouco! rs
    Como esse assunto é tão vasto e polêmico de fato faltou caracteres pra eu falar mais…
    Concordo que toda ação de publicidade deve estar ligado preferencialmente a uma estratégia, essa fórmula a gente
    aprende em sala de aula, na faculdade, MBA’s e afins (ainda que exista muita gente que não de importância a isso).
    Eu tentei no meu comentário puxar um pouco mais mais do dia a dia e essa minha “suave” (rs) indignação sobre a forma de
    pensar da maioria das empresas no trade. Se nosso mercado fosse composto por mais pessoas antenadas, como o Syllos, vc, o Rui, e todos que comentaram ali no post do Artur, com certeza ja estaríamos a anos luz na frente.
    A Helô comentou dando a entender que compreendia minha inquietação, mas eu acho que ta mais pra ansiedade…ela pegou leve! rs
    De fato, como disse o Rui, os conceitos não diferem…pena que o conceito não seja aplicado sempre na prática.
    Mas, assim como o Guto disse, fico daqui na expectativa e muito ansioso como sempre(rs) pra ver essa transformação.
    Abraços!

    PS: Ok, sabemos que nesse mundo onde a informação fica cada vez mais na “nuvem” os pen drives vão se tornar obsoletos, mas eu aposto que pelo menos metade dos que leram isso aqui tinham um “pen drivezinho” plugado no computador! 😉

    1. Leo,

      Vejo como virtude você não escrever pouco, em especial num universo de patrulhamento a quem não deseja limitar-se a 140 caracteres.

      Justamente por atuarmos num mercado que carece informação e capacitação, nao custa lembrar dos bancos da escola, de vez em quando, mesmo que soe repetitivo para quem passou por lá. Aplicar o conceito na prática é um diferencial daqueles que não somente assistiram as aulas, mas entenderam, questionaram, debateram e construiram um caminho para aplicar, em qualquer época ou com qualquer tecnologia.

      Nosso mercado é composto por pessoas como você e eu, e será com essas pessoas que faremos acontecer.

      []’s

      Luís Vabo

      P.S.: Pen drive como transporte físico de arquivo deve permanecer por mais algum tempo. Como transporte de informação de marketing, já foi.

      1. No meu entendimento permanece a questão central: antes de tentarmos saber o que quer o nosso cliente, precisamos saber identificar o nosso cliente, para só depois ouvi-lo. O que vejo muito no nosso mercado, depois de 35 anos dedicados a ele, é gente armada de metralhadoras giratórias, atirando para tudo quanto é lado, sem foco nem embasamento. São apenas franco atiradores, desesperados, tentando acertar alguma coisa para justificarem seus budgets, ou preservar seus empregos. Para esses, qualquer estratégia vale, qualquer ferramenta é boa, principalmente se for a ferramenta e a estratégia da moda. É preciso serenidade para saber surfar na onda certa aproveitando as habilidades de cada um e o timming perfeito. Nesse ponto, acredito que a soma dos “nerds”, com os moderninhos do marketing digital (sem ofensa), e dos “velhinhos com mais de 30”, no meu caso, com mais de 50, pode resultar na fórmula perfeita para estes tempos de transição. Entretanto, independentemente da ferramenta usada, o importante é conhecer o produto e o cliente, e ter espírito para servir, faro para identificar oportunidades, e sabedoria para reconhecer os erros e voltar atrás. Repito, a soma de todos nós tem condições de levar essa luta ainda por muitos e produtivos anos. Ah, também não gosto muito dos 140 caracteres. Argumentos bem fundamentados e consistentes, quase sempre, exigem muito mais que isso, mas valem muito a pena.
        Abraço

          1. Gostei da menção que Rui Carvalho fez sobre a necessidade de, antes de mais nada, identificar o nosso cliente, e, a partir daí, conhecer as suas necessidades e interesses. Ao longo da minha vida profissional, investi um tempo precioso em definir claramente que tipo de mercado podemos e queremos servir e, dentro deste mercado, que cliente podemos e queremos servir. Com isto, a eficácia das nossas estratégias de marketing aumentou exponencialmente, principalmente, por que, não se consegue servir todos os mercados, e dentro destes, todos os clientes, o tempo todo, com qualidade e de forma rentável. A palavra chave aqui é eficácia e não eficiencia: uma metralhadora giratória pode ser eficiente, mas nunca será eficaz.

  2. Caro colega,
    Fico feliz em ver que você menciona marketing, diferente de publicidade e formas de mídia.
    Acredito que as mídias ainda coexistirão por muito tempo e as empresas que se preocupam com marketing no sentido de ferramenta de gestão na criação de valor de marca devem sim, utilizar todas as formas as mídias ao mesmo tempo.
    Vivemos num momento muito interessante. Uma época que até os amores são chamados de líquidos. Tudo se adapta a novas formas, formatos e caminhos, também nós que já somos considerados jurássicos pelos anos de trabalho nesta área tão fascinante como o turismo.
    Entre seguir o fluxo e abrir novos caminhos, cada um deve analisar com seus objetivos e metas, qual a ferramenta mais adequada para atingir o público alvo.
    Por fim, parabéns a todos, esta troca de idéias está muito interessante.

    1. E olha que o termo “multimídia” já está bem velhinho tbm, não é?

      Na verdade, o novo de hoje, fica velho quase no dia seguinte…

      Portanto este conceito de novo/velho, também está velho…

      []’s

      Luís Vabo

  3. O marketing é maior do que um departamento, é maior do que uma estratégia, é maior do que um canal.

    O marketing é a filosofia de criar, comunicar e entregar valor a um mercado determinado, por uma rentabilidade.

    É arte de transformar suspects em prospects, prospects em clientes e clientes em clientes fidelizados.

    Se o canal é o digital, o físico, o móvel, o real, o virtual… não importa… o que importa é atender aos requisitos supracitados.

    A discussão está boa e o Artur está protelando o envio das informações do evento…

    Abs
    VJ

    1. VJ
      o senhor tem de estar com a cabeça em outro local…e nada de tuitar do altar…deixa que eu faço isso hahahaha até sábado
      abs

    2. VJ,

      Você esqueceu aquela definição bem humorada que diz que “o marketing é a arte de criar no consumidor necessidades que ele nem sabia que tinha, para depois vender-lhe produtos/serviços que ele não entende como pode ter vivido sem eles!” kkkkkkkk Brincadeiras à parte, às vezes acho que o marketing bem conduzido está mais para filosofia do que para estratégia.

      Abraço e bom casamento! (que aliás é uma instituição que se utiliza de um péssimo marketing) rssssss

      1. Rui,

        Esta definição é a mais precisa, as outras é que são mal-humoradas.

        Quanto ao casamento, é um caso raro de sucesso institucional, apesar do anti-marketing.

        []’s

        Luís Vabo

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