Fiz algumas anotações sobre o que observei em Denver, como o ônibus turístico grátis em Downtown e o fato do taxista enaltecer a cidade, sua limpeza, segurança e qualidade de vida, como estratégias interessantes de promoção turística.
Como a Janine é a especialista no assunto (eu não sou), não me aprofundo na análise de prós e contras ou do custo x benefício de iniciativas simplistas como essas, mas que pareceram-me eficazes, como turista naquela cidade.
Mas nada se comparou ao Free WiFi nas ruas de Denver, como estratégia de oferecer informação ao visitante.
Como bem ressaltou o Marcelo Cohen, no Blog Viagens Corporativas, estar numa cidade no exterior e depender de “roaming” internacional, com qualidade sofrível e tarifas absurdas, para acessar endereços, locais, informações etc, torna-se um dificultador para o deslocamento (=consumo) do viajante, turista ou não.
O curioso é que tínhamos “free internet” na calçada e, ao entrarmos no lobby do castigado Sheraton Denver Downtown, o acesso só era possível com a cobrança do hotel…!
Um passo pra fora = free WiFi, um passo pra dentro do estabelecimento para o qual estava sendo paga a diária de USD 250,00, absurda em relação à (falta de) qualidade que o hotel oferecia = USD 15,00 por dia de acesso.
Incrível como os hotéis, no Brasil e no exterior, ainda cobram o acesso à internet. Ok, muitos oferecem embutido na diária, mas exclusivamente para hóspedes.
Quando o Starbuck’s lançou o serviço Free WiFi em todas as lojas, para todos os que se aproximassem delas, muitos acharam loucura oferecer um serviço para um “não consumidor”…
Hoje, quando um turista ou o próprio residente da cidade deseja acessar a web sem custo, o Starbuck’s é o primeiro lugar que vem à cabeça e, já que está por ali, por que não um café pra acompanhar?
Muitos associam o serviço de acesso a internet como o serviço telefônico, que apesar de barato, é cobrado por todos os hotéis, quando na verdade o acesso à internet, em breve, será como energia elétrica e água potável.
Uma loja ou hotel não cobra a luz usada na recepção por quem não se hospeda ou mesmo a água utilizada nos banheiros das áreas comuns…
Estou pedindo muito? Talvez…, mas não custa tentar.
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O WiFi grátis é um investimento de marca.
Espero que a Starbucks continue oferecendo de graça no exterior, pois no Brasil, fui numa em SP semana passada e só está de graça para quem consome.
Você vai no caixa, compra alguma coisa e aí pede o cartão de WiFi grátis…
Será que os brasileiros estavam abusando???
No exterior, os consumidores também usam e abusam da WiFi grátis do Starbuck’s.
Muitos ficam em pé, do lado de fora da lanchonete, apenas para fazer “gato” na conexão…
Nada que cause surpresa ou que não estivesse previsto no projeto original.
Aqui no Brasil, o problema pode ter sido outro, talvez falta de visão do franqueado…
[]’s
Luís Vabo
“Você é o que você compartilha”. Tenho ouvido essa frase mais e mais vezes. Geralmente de gente de vanguarda, como @gilgiardelli. Mas é questão de tempo para isso chegar nas empresas “antigas”.
Há controvérsias, Adriano,
O conceito de “compartilhar” (ou “share”) é um subproduto do velho e castigado: “não adianta botar o ovo, tem que cacarejar”… ou ainda do “não basta ficar com a mulher linda e famosa, tem que contar pros amigos”…
A diferença básica é que os dois velhos exemplos acima referem-se a fatos relevantes, importantes, que podem fazer diferença na imagem de quem “cacarejou” ou “contou pros amigos”.
Diferente do que se compartilha hoje: um pouco de um tudo, um muito de um nada…
[]’s
Luís Vabo
Luís
Me permita discordar. Ao menos em parte. Há muito sendo compartilhado. Você serve de exemplo. A imagem que eu tinha de sua pessoa mudou após você começar a compartilhar seu conhecimento aqui neste espaço.
[]‘s
Adriano
Adriano,
Não estamos discordando, bem ao contrário, penso que estamos de acordo também neste assunto.
Quando me referi a “um pouco de um muito”, são os blogs, foruns de discussão, algumas redes sociais virtuais (não todas), onde realmente compartilhamos ideias, conhecimentos e opiniões. Tenho aprendido muito com isso.
Já quando me referi a “um muito de um nada”, são a maioria das mensagens postadas no twitter e afins, os chats intermináveis sobre abobrinhas e uma imensidão de páginas e mais páginas em redes sociais virtuais, com o único propósito de exposição gratuita.
[]’s
Luís Vabo
Luis,
Acho um absurdo, como um exemplo o nosso país fornecer somente 15 minutos de wi-fi gratis nos aeroportos do Brasil… Acho que deveria ser liberado por tempo indeterminado… Já não basta as taxas de embarque que pagamos, e ainda temos que nos contentar com míseros 15 minutinhos para acessar nossos e-mails, encaminhar planilhas, responder e-mails de clientes, etc…. Imagina só como vai ser em 2014, com a Copa do Mundo ai… Quantas pessoas terão que pagar por um serviço que na verdade não influencia em nada no custo que a Infraero tem com a internet que está sendo paga… Foi o que você comentou no post… Água e Luz utilizadas pelo cliente não estão sendo cobradas diretamente….
Pois é, Felipe,
Cobrar WiFi em aeroporto é como se a Infraero terceirizasse os banheiros e o usuário do aeroporto tivesse que pagar uma taxa para usá-los, além da taxa de embarque.
Mas é uma questão de tempo até que o WiFi seja visto como infraestrutura básica, item tão becessário quanto energia elétrica, água e luz.
[]’s
Luís Vabo
Vabo,
dois fatos.
Uma cafeteria com ticket médio de usd5 oferece free wifi, uma hotel com ticket de usd500 não.
O custo da cafeteria para ter wifi é pequeno e o compromisso é zero. Já o hotel, tem que ter qualidade e é muito mais caro.
São fatos, mas posso afirmar que ter a informação na internet que o wifi é free, aumenta o número de reservas online.
Enquanto foi possível, o serviço de telefonia foi um grande gerador de receita, não sei se a internet não é um substituto, mas ai precisamos de hoteleiros para nos ajudarem a discutir.
Enfim, acho que é senso comum que em hotéis não econômicos espera-se por wifi-free e acontece justamente o contrário.
Abs
AR,
Acho que o senso comum tende a mudar, talvez no médio prazo, ok, mas vai mudar…
Eu já considero o WiFi free quando reservo online um hotel e acredito que muitos viajantes, corporativos ou não, também o façam.
[]’s
Luís Vabo
Luis,
Depois de semanas de ausência (estou em viagem longa por alguns países da europa) quero voltar à ativa e dizer que concordo com você. Tenho pago pequenas fortunas nos hotéis da França, Suiça, Alemanha, Holanda, para acessar a internet (há algumas raríssimas exceções, sim) e quando passo perto de uma Starbucks tenho a grata surpresa de ver que posso acessar sem pagar nada nem ao menos consumir. Acabei de fazer isso anteontem em Bonn, quando me vali da starbucks para ler e responder emails. Torço para que a internet seja considerada serviço de infra-estrutura básica muito em breve. Aracaju, por exemplo, já oferece o serviço em toda a orla de Atalaia. É mais um (bom) exemplo.
Abraço e até breve.
Rui,
Também acabo de retornar do exterior, de viagem não tão longa, e passei por experiência similar por mais de uma vez…
Seja bem-vindo de volta ao Brasil e a este Blog.
[]’s
Luís Vabo
P.S.: Vou atualizar o Linkedin (não esqueci).
Luis,
Outro exemplo clássico: hoje aqui em Berlim, num hotel de bom nível (Leonardo Royal) acabo de pagar 45 euros (preço especial) para ter 4 dias de internet (lenta) no quarto. Infelizmente parece que os hotéis insistem em fazer dela uma fonte de receita. Estratégia que deverá acabar com o passar do tempo (espero que não demore). Eu também uso como critério de escolha o fato dos hotéis não cobrarem pela internet, por isso acredito que no futuro o mercado perceberá que é preciso buscar receita em outros serviços.
Um abraço a todos
Caros,
Vejo que não conhecem os serviços da Mobelix. É uma alternativa para o roaming internacional para viajantes com destino aos EUA. Logo será disponibilizado para todo o mundo.
Abs
Que, por acaso é a empresa onde você trabalha, não é, Thiago…??