Quando iniciei no mercado de viagens e turismo, pelas mãos (espírito, corpo e inspiração) da Solange Vabo, no final dos anos 70 (pronto, falei…!), a Panam era referência de cia. aérea internacional e a Varig era imbatível no mercado nacional.
De lá pra cá, com a falência da Panam e da Varig, muita coisa mudou e outras verdades absolutas passaram a povoar o imaginário do profissional de viagens e turismo, no Brasil e no mundo.
Uma dessas verdades era que a American Airlines era a maior cia. aérea do mundo, e assim foi por muitos anos (pelo menos 2 décadas), até que o advento das “low cost low fare”, associado ao descontrole dos preços dos combustíveis, ao aumento dos custos de distribuição e, em especial, às mudanças em todas as regras do jogo provocada pela internet, fizeram com que o modelo de cia. aérea preconizado pela AA sucumbisse a uma nova realidade do mercado consumidor.
Fusões e aquisições de concorrentes, em velocidade surpreendente, entre gigantes, na Europa e nos EUA (também na América Latina), além de embates com GDS, problemas com sindicatos dos aeronautas e conflitos com a expectativa do novo consumidor, deixassem a endividada American pra trás e o chapter 11 foi a tábua de salvação do então símbolo norteamericano.
Até que surge, em 14 de fevereiro de 2013, a fusão da American Airlines com a US Airways, devolvendo à cia. resultante, o título de maior cia. aérea do mundo, com 6.700 voos diários para 336 destinos em 56 países.
Acredito que a consolidação do mercado aéreo norteamericano esteja concluída com esta operação, a última entre grandes cias. após Delta/Northwest em 2008, United/Continental em 2010 e Southwest/AirTran em 2011.
Pelo que temos visto, a mudança será para melhor, com novos equipamentos, nova malha, novo conceito, tudo isso simbolizado num novo logo e uma nova marca de um mesmo ícone: American Airlines.
Assisti a uma apresentação do Trinca e gostei do que vi e ouvi.
Welcome back, American !
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Luiz. Muito obrigado pelos seus comentarios. Contem sempre conosco.
Abraço
Trinca
Meu Prezado Vabo,
Quando saiu o interesse da AA por LAX e outras ligacoes de/com o Brasil, falou-se da sonolencia da TAM e congeneres brasileiras em ocupar espacos preciosos como esses que as ‘gringas’ vao ocupando.
Falta dinheiro, como fator principal, e uma serie de outras faltas como acessorios. Voce traz a VARIG como exemplo, concordo, mas mudou o tempo e o mundo — e isso voce sabe muito bem.
A LAN comprou a TAM que, num lampejo de euforia, declara ser ‘imbativel’ na A. Latina. Mas perde espaco, e continuara perdendo, se nao ampliar sua malha externa mesmo lentamente.
Como a GOL poderia juntar-se definitivamente a DELTA, a AVIANCA acertar-se de vez com a TAP e, quem sabe, a propria AZUL com a BLUE — nao vejo outra forma de crescer, alem dessa.
As aliancas sao importantes, sim, mas terminam escravizando as cias com malhas menores. Se sozinhas nao podem decolar, casem-se como as parceiras de fe e, quem sabe…
Num pais rico como os USA, elas nao tiveram qualquer problemas de juntar as suas forcas — e que forcas! Facam tambem como a AF + KLM, a IB + BA, a LH + outras… Assim e que vai ser.
Saudades da VARIG, Vabo, ‘viuva’ que sou, mas nem ela se sustentaria, meio estatalzona, num cenario como o atual. Que as congeneres dai facam logo as suas malas!!!
Bencaos do Senhor e meu abraco amigo,
Marcos Estevao Vajas Hernandez
Manchester-UK + 44 79 7973.3380
Marcos,
A fusão entre cias. aéreas é mesmo uma tendência inexorável.
Aliás, a fusão entre grandes empresas tem se mostrado uma estratégia recorrente para a sobrevivência de gigantes.
Parece que, assim como as grandes agências de viagens e consolidadoras, quanto maior, melhor.
Só não ficou claro ainda: é melhor para quem?
[]’s
Luís Vabo
Caro Vabo
bom dia
Neste seu post, voce fez referencia a tempos passados e saudosos, empresas gigantes, que no passado eram referencias Pan Am, Varig, Braniff, Eastern, Jal, Ladeco…a capenga Aerolineas.
Nosso cenario é pressionado a que essas fusões se realizem, para que algumas empresas tenham folego de continuar no mercado, mas, permita-me registrar o dito “ser maior não é ser melhor”, alías o tamanho é pernicioso, pois permite maiores “desaforos” no nosso mercado, isso é sabido por todos.
Veja o exemplo da LATAM (Lan + Tam), o quadro de destinos continua pifio em termos de partidas do Brasil, quantos destinos foram extintos com aviões de bandeira Brasil…Zurich, Roma, Tokyo, LAX, JNB, AMS, STO e tantos outros, se analisarmos acuradamente estamos retrocedendo e não avançando e dando margem para que as “gringas” ocupem um espaço que deveria ser dominado por empresas brasileiras.
forte abraço
Bom dia, Rocco,
Exatamento o que penso.
Ser a maior pode não significar ser a melhor, mas tudo indica que significa maior poder para concorrer entre outras megaempresas.
A fusão entre cias. aéreas nacionais (que ainda não acabou) também poderá gerar gigantes no futuro.
[]’s
Luís Vabo
…so um comentario, eu sempre acho seus replays aos posts ….muito evasivos
Rocco,
É que costumo colocar minha visão sobre o tema no texto do post e quero evitar ser repetitivo.
Quando concordo com o comentário, como foi este caso, usualmente não há muito o que desenvolver na réplica.
[]’s
Luís Vabo