Tenho dedicado algum tempo às visões e opiniões de observadores, profissionais da área e especialistas sobre como anda o mercado brasileiro de viagens e turismo, com especial destaque para os blogueiros Artur, Bull, Camargo, Cassio, Sidney, Syllos, Werner, entre outros que escrevem frequentemente sobre o assunto, aqui e nas redes sociais.
Sempre com argumentos e pontos de vista interessantes, todos buscam respostas e/ou sugerem caminhos, reforçando o conceito de que os blogueiros Panrotas não ficam em cima do muro, mas apresentam suas opinões sobre os temas que analisam e publicam.
Aqui no Blog Distribuindo Viagens, tenho abordado com certa frequência o tema e-commerce (varejo online) como o caminho natural para o mercado de viagens e turismo (releia abaixos alguns posts sobre o assunto) e são vários os motivos para esta certeza.
Talvez por ter sido um dos primeiros mercados a aderir à internet, junto com a venda de livros e CDs, o mercado de viagens e turismo adaptou o modelo de negócios tradicional (off-line) para o novo ambiente de negócios, ainda desconhecido e assustador à época, e foi promovendo pequenos e constantes ajustes “on the job”, sem qualquer mudança disruptiva durante todo este período e assim chegamos às OTAs e Corporate Booking Tools atuais.
A verdade é que compra-se viagem e turismo online hoje da mesmíssima forma que se fazia há 15 anos.
Enquanto isso, o mercado de varejo, que vinha de uma recente transformação de lojas de ruas para shoppings (iniciada nos anos 80), percebeu que a crescente escassez de tempo e espaço nas cidades, grandes núcleos de consumo de produtos e serviços, transformaria o ato de comprar (sair de casa, enfrentar o trânsito, estacionar, caminhar, procurar nas lojas de rua ou de shopping, comprar, pagar e transportar para casa) em um processo prestes a entrar em colapso, pressionado pela explosão demográfica mundial e recursos naturais finitos.
Não bastava portanto, adaptar o modelo de negócio do comércio de varejo, mas reinventá-lo completamente.
Esta reinvenção do “fazer compras” passava necessariamente pela otimização do processo de entrega do produto adquirido, abrindo oportunidades para uma imensa cadeia de fornecedores de logística, elo (até então) frágil de um mercado completamente depende disso para que o ciclo da compra se complete.
O fato desta dependência da entrega não existir no mercado de viagens e turismo online reforçou a percepção equivocada de que são dois mercados que recebem abordagens distintas por serem completamente diferentes.
Não são.
O grande desafio dos players de ambos os mercados não são a entrega do produto, no ecommerce, ou a pressão da desintermediação, no turismo online, entre tantas outras dificuldades desses e de outros negócios.
O nome do jogo continua sendo a oferta, leia-se a exposição do produto ao cliente com disponibilidade de informações (imagem, preço, condições, serviço, valor, experiência), numa busca por transparência, referência e comparabilidade que permita ao cliente a certeza de estar fazendo a melhor compra.
Nisso, o ecommerce saiu na frente, com os grandes e milhares de pequenos empreendedores focados de forma obstinada em fidelizar o consumidor através de lojas (online, claro) cada vez mais atraentes e completas, permitindo experiências de compra, até a entrega e o pós-venda, bastante positivas.
Penso que quando o mercado de viagens e turismo online atingir este nível de qualidade da oferta de produtos, a atual sangria do velho modelo cessará e seu processo de substituição estará encerrado.
E este movimento de aproximação da venda de viagens online em direção ao ecommerce de produtos de varejo está bem próximo de acontecer, conforme analisa Kevin May no artigo Is travel retailing finally about to take off?, texto originalmente publicado no Tnooz.com e compartilhado pelo Gustavo Syllos no Linkedin.
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Obs.: Veja abaixo alguns posts anteriores sobre e-commerce, tema cuja referência e mentoria recebo de Luís Vabo Júnior:
06/11/2015: Viagens e Turismo aproxima-se do E-Commerce
13/08/2013: Feira de Turismo X Feira de E-Commerce
11/06/2015: Aprendendo com quem está fora da crise
03/12/2014: 6 lições que aprendi na sede global da Amazon
06/05/2014: Lições do Vale do Silício
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Parabéns. Muito bom! Abs
Parabéns. Muito bom! Abs
Parabéns! Perfeito! Abs
Pois é, João Carlos,
É pena que nem todos percebam esse movimento em tempo de reagir e direcionar o negócio para onde o cliente está.
[]’s
Luís Vabo
Parabéns! Perfeito! Abs
Pois é, João Carlos,
É pena que nem todos percebam esse movimento em tempo de reagir e direcionar o negócio para onde o cliente está.
[]’s
Luís Vabo