Após a participação do Aécio Neves, como candidato à Presidência da República pelo PSDB, durante o Fórum Panrotas no início do mês, comentei aqui no Blog Distribuindo Viagens, entre outras observações, que ele deveria referir-se menos à Minas Gerais, por estar dirigindo seu discurso, e no final das contas, o seu objetivo político, para eleitores de todo o Brasil.
Houve quem entendesse meu comentário como algo provinciano, regionalista até, mas também houve quem compreendesse que apenas destaquei o que considerei um erro estratégico: falar para uma plateia predominantemente paulista, enaltecendo sua gestão em um estado, embora gigante em importância e representatividade na federação, bastante distante da realidade do eleitor urbano de São Paulo.
O fato é que definitivamente eu não sou, mas o eleitor brasileiro, como de resto o cidadão brasileiro, é mesmo regionalista (até bairrista) e, por isso, parece-me estratégia míope iniciar uma campanha nacional, insistindo em apresentar um “benchmarking” de um único estado, como se as soluções encontradas e aplicadas por lá pudessem ser reproduzidas de forma amplificada para todo o país.
Por isso, estranhei mais ainda quando, nas semanas seguintes ao Fórum, percebi que aquele “discurso de raiz” não foi um desvio de retórica do candidato naquele momento, mas uma bem pontuada tecla a ser batida a cada aparição na TV, como temos visto quase diariamente no horário nobre.
Toda vez que o escuto, fico imaginando de onde o marqueteiro de plantão tirou a brilhante ideia de citar Minas Gerais como laboratório político do Brasil, em especial se considerarmos que o candidato já tem hegemonia em seu estado.
Mesmo reconhecendo os avanços de Minas nas áreas de educação, saúde, combate à corrupção, entre outras, a questão aqui é convencer a sociedade de que o senhor Aécio Neves (não o ex-governador ou o atual senador) terá as melhores condições de estabelecer um ambiente político capaz de aprovar os projetos e levar adiante suas ideias e de seu partido, para todo o país (ou 26 estados completamente diferentes).
Para ter chance real no pleito deste ano, penso que está mais do que na hora do Aécio Neves mostrar que possui envergadura nacional.
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Muito pertinente essa observação, prezado Vabo.
Provavelmente, Eduardo Campos usará do mesmo expediente, enaltecendo os resultados do seu governo em Pernambuco.
Alexandre,
Se ele fizer isso, penso que estará incorrendo no mesmo erro estratégico…
[]’s
Luís Vabo
Boa Tarde, concordo com seu comentário, imagino o efeito zero ou até negativo de falar sobre Minas para um eleitor do Rio Grande do Sul ou do Acre e se pensarmos sobre o “bairrismo” não agrada ao paulista ou carioca o que o candidato tenha realizado em seu estado natal.
Infelizmente, se os políticos já não se preparam direito nem para uma campanha, imaginem qual o interesse ou projeto deles para o Turismo que poderia ser um grande instrumento de transformação na realidade brasileira.
Certamente o próximo Presidente entregará a pasta de Turismo a um aliado que não terá o mínimo compromisso em fomentar esta atividade.
O triste é isso, Cardoso,
O Ministério do Turismo não parece ser prioridade para nenhum governante, municipal, estadual ou federal.
Temos que mudar isso…
[]’s
Luís Vabo
Caro Vabo,
O problema é exatamente este: o “carioca” Aecio que governou Minas e falou aos paulistas não tem “envergadura nacional”.
A alternativa que se apresenta cada vez mais acertada é a proposta Eduardo+Marina…
É uma boa opinião, Ricardo,
Mas prefiro aguardar um pouco mais para fazer minha escolha.
Apesar de eu ter levantado este tema, acredito que o Aécio poderá provar o contrário.
[]’s
Luís Vabo
Luís
Pensei a mesma coisa quando vi as aparições na TV. Com o pouco tempo que possuem, ficar tentando contar toda esta história da gestão revolucionária em Minas (que para quem conhece um pouco, foi realmente uma revolução…) e ainda convencer que vai conseguir mudar os outros 25 estados, é no mínimo um erro de estratégia.
Estou a cada dia mais desapontada !
Keep walking !
Bjs diretamente da Terra do Sol (onde chove todos os dias…)
Helô
Desaponta não, Helô,
Politica é assim mesmo: de onde a gente menos espera, é de onde não vem nada mesmo…
Bjs,
Luís Vabo
Discordo. Acredito que o que o Brasil precisa é de alguém que tenha realizações para mostrar.
Então, se ele tem track record que mostre que quando teve a chance de fazer, fez (o que fez, como fez).
Se fez aplicado à realidade Minas, certamente poderá fazer aplicado à realidade nacional.
Melhor do que os políticos que são eleitos e não fazem nada.
Bjs
VJ
Hhuummmm, comentário um tanto partidário, VJ,
Além do mais, não estamos duvidando, sequer debatendo, a capacidade do candidato de fazer o que promete ou de multiplicar suas realizações estaduais no campo nacional.
Abordamos aqui a estratégia equivocada, no âmbito do marketing político, de iniciar a campanha com um discurso tão regionalista…
Sem ser partidário, acho Aécio um senhor candidato e, por isso, tento contribuir manifestando minha opinião contrária a esta atitude equivocada do comitê de campanha.
Enquanto há tempo para mudar, para melhorar, para convencer quem precisa ser convencido, para conquistar votos fora de onde ele já os tem…
[]’s
Luís Vabo
Absolutamente! Zero partidário!
Tudo que a Dilma e Eduardo-Marina fizeram também gostaria que apresentassem!
O melhor cartão de visitas de qualquer gestor, líder, político, empreendedor é o seu track record, ou seja, o que realizou, executou, entregou quando teve a oportunidade de fazer.
Portanto, considero acertada a estratégia do Aécio, bem como de qualquer outro político que mostre o que fez (passado), faça uma análise crítica do que está bom e o que está ruim (presente) e apresente propostas concretas imediatas e também de longo prazo (futuro).
O debate tem a ganhar e a população também!
Bjs
VJ
Também acho interessante e importante que divulguem seus feitos (passado), mas considero um erro (e estou certo que corrigirão) destacar tanto uma determinada região, chega a ser ingênuo imaginar que falar tanto em Minas atingirá positivamente o coração dos eleitores de outros estados (que é o que ele precisa conquistar).
Mas acho mesmo fundamental é que apresentem suas propostas (futuro) e demonstrem conhecimento sobre os problemas nacionais (diagnóstico mínimo necessário para propor soluções), habilidade de articulação política (pois sozinho o presidente ou seu partido não fazem nada) e empatia com o eleitor (pois sem isso não passa nem do primeiro turno).
É isso e o tempo dirá…
[]’s
Luís Vabo
Costumo concordar com o LV em (quase) tudo, mas desta vez discordo (quase) totalmente. O candidato foi muito bem e não vejo nada de errado na estratégia de mostrar o que já foi feito, ou seja, utilizar as realizações em seu estado para mostrar do que é capaz. Aliás, gostaria que os outros fizessem isso e tivessem o que mostrar. Como nota curiosa, entretanto, apesar de discordar do LV, parece que permaneço em concordância com a família, pois concordo inteiramente com o LV Junior, não é? rsssss
Um abraço.
Rui,
Você sabe que a controvérsia, a opinião divergente, bem fundamentada, com bons argumentos, são o motor de uma boa conversa.
Ainda acho que você e Vabo Jr. não entenderam o meu propósito com este texto, que não é questionar o candidato Aécio, mas contribuir para que ele tenha chances de ser eleito.
Não será falando de seu passado que ele conseguirá isso.
Olhando pra frente, talvez…
[]’s
Luís Vabo
Oi Rui
Que beleza é a democracia e a liberdade de expressão, não é?
Sim, você já é da família!!! Hahaha
Abs
VJ
boa noite ele com essas conversa ele nao vai arrumar nada se eu fosse esse cara ficava governando o estado dele nao procura se candidatar a presidente na minha opiniao esse ex : governador de Minas gerais nao esta preparado pra governar Brasil isso e minha opiniao ….. as palavras dele nao me covenceu nao ……..