REUNIÃO OU UNIÃO DE ENTIDADES?

Pela iniciativa de uma instituição neutra, pelo pronto atendimento dos representantes de cada entidade, pelo potencial de propostas concretas que podem resultar destes encontros, pela força da união de associações desta envergadura e pelo momento complexo do mercado de viagens e turismo, fiquei animado com a notícia desta noite de 2a. feira, no Panrotas.

Nada mais objetivo (e efetivo politicamente) do que um arcabouço de propostas consensuais, assinadas por entidades representativas da sociedade civil, uma miríade de interesses corporativos legítimos transformados em objetivo de todos.

Ponto para o Guillermo, pela visão estratégica e capacidade de aglutinar tantas forças, ponto para cada associação que entendeu que somos nós, empresários, que temos que encontrar nossas próprias soluções para as demandas do mercado.

Tem tudo para dar certo.

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RAPIDINHAS DA SEMANA…

Observações, frases e comentários curiosos, que ouvi de diferentes pessoas, ao longo da semana passada:

“O Sr. ainda prefere os assentos da frente da aeronave?”
– Atendente do checkin na ponte aérea, após a queda do avião da Asiana, para um Pax frequente que não havia se intimidado com a reportagem do Fantástico, sobre a queda controlada de um Boeing, que indicou que os assentos mais seguros seriam os do fundo do avião.

“Dan Brown escreveu um livro contando tudo isso e ninguém o perseguiu.”
– Solange Vabo, sobre Edward Snowden, ex-técnico da NSA, foragido após revelar exatamente a mesma coisa que Dan Brown escreveu no best-seller “Fortaleza Digital”.

“Quanto mais caem as ações das empresas do Eike, mais eu o admiro.”
– Um amigo, investidor do mercado financeiro (que pediu para não ser identificado), explicando que não é qualquer um que consegue vender ilusão, por bilhões de dólares, para alguns dos maiores especialistas em finanças do mundo inteiro.

As frases abaixo foram ouvidas pela platéia presente ao Workshop Semestral Reserve 2013, sábado passado, no Rio de Janeiro:

“Para resolver desafios em série, somente juntando organização, talento e vontade.”
– Renato Castanho, em palestra sobre as dificuldades de superar desafios frequentes, “aqueles em que se algo tiver que dar errado, dará…”

“É fácil lembrar que uma empresa é um único organismo. Basta dar uma topada e tentar dizer pro seu dedão: se vira aí embaixo, porque aqui em cima eu estou bem…”
– Álvaro Pinto, lembrando que um problema de uma área, ou mesmo de um único colaborador, afeta o resultado de toda a equipe.

“Tudo é possível. O impossível apenas demora mais.”
– Sidney Lima, sobre os devaneios criativos do Reserve Lab, nosso grupo de P & D.

“Aquele que valoriza suas vantagens acima de seus princípios, acaba por perder ambos.”
– Eu mesmo, parafraseando Eisenhower, sobre os sistemas que insistem em permitir a maquiagem de bilhetes e as agências que fingem não fazê-lo.

Boa semana a todos.

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SOBERBA

Muitos dos grandes gênios da humanidade tinham um temperamento difícil, coisa de quem sabe que é um ponto fora da curva do ser humano médio, mas não consegue fingir que não está nem aí.

Casos do Einstein, do Pelé, do Steve Jobs, para citar o topo, e do Stephen Hawking, do Romário (ou Maradona) ou do Mark Zuckerberg, mais recentemente, todos são insuportáveis no trato pessoal, por saberem que são (ou foram) gênios e, por isso, se julgam (ou julgavam) maiores ainda do que são (ou foram).

A verdade é que a soberba inebria, e foi isso que derrubou Anderson Silva esta madrugada em Las Vegas.

Detentor do recorde de defesas do cinturão de campeão mundial dos médios do MMA, Silva já deveria saber que nenhum lutador que entra no “octagon” é um neófito e, portanto, deve ser respeitado.

Eu me pergunto: com qual objetivo um lutador de 38 anos fica fazendo presepadas diante de outro 9 anos mais jovem, invicto e motivado?

A arrogância e a prepotência nocautearam uma lenda viva do esporte romano nesta madrugada em Las Vegas.

Sim, o UFC é uma versão moderna das arenas romanas, com um pouco mais de hipocrisia…

Afinal, para justificar que dois seres humanos se engalfinhem numa jaula, um com o objetivo de golpear o outro até tirar-lhe a consciência, algumas “regras” foram estabelecidas e um juiz acompanha de perto a contenda, com o principal objetivo de evitar um assassinato em cadeia nacional e, assim, preservar o “esporte” e os ganhos milionários que ele proporciona a todos (incluindo os lutadores).

O curioso é que aquilo que atraiu 16 mil pessoas ao MGM neste sábado (a “performance” autossuficiente de Anderson Silva) foi justamente o que essas 16 mil pessoas vaiaram no ex-campeão.

Por mais à frente que você esteja, jamais deve subestimar seu adversário, pois ele certamente vai surpreendê-lo em algum momento, e este momento será insubstituível.

O brasileiro Anderson Silva descobriu isto da pior forma possível…

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