QUE PAÍS É ESSE?

Que país é esse em que o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal admite ser homofóbico, faz declarações racistas e ludibria fiéis de sua igreja?

Que país é esse em que o presidente da Comissão de Finanças da mesma Câmara Federal, responde a processos por improbidade administrativa, desvio de verba e cobrança de propina para liberação de recursos, em ação penal no STF?

Que país é esse em que, apesar de denunciado e investigado pelo Ministério Público Federal, um deputado é eleito novo presidente da Câmara dos Deputados, em votação secreta, com 55% dos votos?

Que país é esse em que um senador investigado em inquérito no STF pelo uso de notas fiscais frias para justificar renda para pagar a pensão de uma filha, num escândalo que o levou à renúncia do comando do Senado em 2007, é re-eleito presidente do Senado em 2013?

Que país é esse em que uma jovem médica é presa por fraudar o ponto eletrônico, com “dedos de silicone” dos colegas médicos num hospital público, parte integrante de uma quadrilha de mais de 20 funcionários públicos, que recebem sem trabalhar?

Que país é esse em que uma experiente médica é presa por denúncias de eutanásia num hospital evangélico, onde era conhecida por decidir entre a vida e a morte, segundo a rentabidade proporcionada pelo plano de saúde dos pacientes?

Que país é esse em que um homem famoso admite, em julgamento, ser o mandante do assassinato de uma mulher, com quem teve um filho inesperado, e poderá ser solto em 3 anos, após cumprir um total de 6 anos de prisão por um crime triplamente qualificado?

Que país é esse em que um outro homem, menos famoso e mais poderoso, confessa ter assassinado ele mesmo a própria namorada em 2000 e consegue ficar solto por 11 anos, graças aos recursos protelatórios de seus caros advogados e que, após ser preso em 2011, deverá ser solto mês que vem, apenas 2 anos de prisão para um homicídio a sangue frio, premeditado, por motivo torpe?

É como dizia Renato Russo: Que país é esse?

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HOTEL x AÉREO

Qual serviço seu cliente solicita antes: aéreo ou hotel?

Os sistemas de self-booking completos, sejam de agências de turismo ou de agências de gestão de viagens corporativas, foram desenvolvidos baseados prioritariamente na busca, tarifação, reserva e emissão de bilhetes aéreos.

A maioria desses sistemas também busca e reserva hotéis (entre outros serviços), normalmente como serviço complementar ao transporte aéreo, como se não fosse possível hospedar-se sem voar antes…

O transporte aéreo sempre foi a mola propulsora da indústria de viagens e turismo, trazendo à reboque as oportunidades para a hotelaria, locação de carros, seguro viagem etc.

Por isso, a grade de consulta e reserva de voos sempre é a primeira a ser oferecida ao usuário de um self-booking tool, deixando para depois a busca da hospedagem no destino para o qual foi emitido o bilhete.

Isso tudo ia bem até que a oferta de transporte aéreo começou a superar a demanda do mercado de passageiros, ao mesmo tempo em que a hotelaria estrangulou-se ao ponto de emitirmos um bilhete aéreo para uma cidade brasileira, sem qualquer garantia de que conseguiremos hotel no destino escolhido.

Como cliente, já há algum tempo que inicio minhas reservas pessoais pelo hotel, para evitar surpresas, e depois parto para reservar o voo, serviço com cada vez menos prazo e flexibilidade para cancelamento.

Hoje, ao menos no corporativo, o transporte aereo depende da disponibilidade da hotelaria, pois tenho visto reservas aéreas serem canceladas por falta de disponibilidade de hotel ou mesmo pelo valor da diária estar completamente fora da realidade.

Seja qual for o seu destino, sugiro: garanta antes a reserva do seu hotel, porque o bilhete aéreo estará disponível, aguardando apenas a sua confirmação.

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PROFUSÃO DE OPORTUNIDADES

Penso que gasta-se muito tempo e esforço reagindo contra realidades inexoráveis, quando o mercado consumidor tratará de resolver o que é melhor ou pior para o cliente e/ou para o empresário.

O mais importante corolário da economia de livre mercado ensina que cada um deve escolher o que, onde, como, quando, com quem e por quanto deve adquirir um produto ou serviço, da mesma forma que o empresário deve estar atento e perceber as ameaças ao seu negócio e preparar-se ou mesmo antecipar-se a elas.

Mas acredito que, mais importante que blindar-se contra ameaças, numa posição de defesa, é vislumbrar oportunidades, e elas estão por toda parte…

Em nosso mercado de viagens e turismo, há muitos anos debatem-se temas relacionados à internet, um assunto já velho e desgastado, mas que ainda hoje, mesmo com a totalidade das empresas utilizando-a cotidianamente (de uma forma ou de outra), ainda há quem se incomode com as oportunidades aproveitadas por alguns, apesar de elas estarem ainda hoje, e mais do que nunca, ao alcance de todos.

Afirmo categoricamente: não há negócio de viagens e turismo que possa funcionar hoje sem a internet.

O que cada empresário de nosso mercado terá que decidir (não é mais opcional) é qual a profundidade que a internet terá em seu modelo de negócio.

Resumidamente, estamos todos, sem exceção, envolvidos com a internet.

Para aderir às novas oportunidades, você também terá que decidir, em algum momento, se deseja estar mais do que envolvido e tornar o seu negócio comprometido com ela…

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