Costumo dizer, de forma simplista, que só merece ser chamado de tecnologia, aquilo que nos ajuda a resolver problemas.
O que foi tecnologia um dia, deixa de ser no exato instante que entra em obsolescência, casos do lampião, da vela, do telégrafo, do telex, da máquina de datilografia, do despertador de mesa, do vídeo cassete etc, todos recursos que serviram para resolver problemas da época, mas que hoje deixaram de ter esta característica e, portanto, não são mais considerados tecnologia.
Por isso, jovens com a idade da internet não conseguem imaginar como as pessoas podiam viver sem ela, e crianças pequenas, chamadas a tentar identificar o que são aparelhos como o jogo Atari e o gravador mini-cassete (tecnologias do passado), afirmaram tratar-se, respectivamente, de uma churrasqueira e de um forno micro-ondas…
Vivemos uma época tão insuportavelmente veloz, que a inovação tecnológica de hoje será fatalmente substituída depois de amanhā…
Tecnologias que identificam a “intenção de consumo” do usuário, pelo rastreamento de sua navegação na web, já são realidade há algum tempo, a ponto de sites de e-commerce “perceberem” quando um cliente acessa 2 vezes o mesmo produto na mesma semana e, automaticamente, reduz seu preço no 3o. acesso, tentando dobrar a resistência do cliente…
Sistemas chamados “crawlers” varrem a internet como robozinhos espiões, rastejando atrás de informações de preços de concorrentes, para subsidiar decisões de precificação de quem os contratou.
Tudo isso ao mesmo tempo em que a Organização Mundial de Saúde alerta sobre riscos relacionados ao uso do telefone celular junto ao ouvido…
Ora, se não for para usar o celular junto ao ouvido, usaremos como? Com ear-phone? No viva-voz? Como um insuportável radio tipo Nextel?
De qualquer forma, a tecnologia continua a encantar, quando aplicada com inteligência (leia-se utilidade, simplicidade e beleza), como neste vídeo em que, por incrível que possa parecer, os produtos não são do futuro:
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