Ainda a TASF: o corporativo também não precisa !

Os consolidadores foram rápidos, muito rápidos, e estabeleceram um modelo de remuneração para uso dos agentes de viagens.

Como empresários comprometidos com seu negócio e com o negócio de seus clientes, reuniram-se e acordaram um padrão para a sua indústria, a das agências consolidadas.

Desenvolveram o sistema de forma ágil, priorizando a pressa e focando numa solução boa (o ótimo leva tempo e pode ser aprimorado depois) e, desta forma, demonstraram mais uma vez a sua força, atuando em bloco frente à uma ameaça que desafiava (e ainda desafia) todos, sem exceção.

Da mesma forma como os consolidadores buscaram a sua solução e não fixaram valores (indicaram uma referência) dentro de uma estratégia inteligente de preservar o livre mercado, as agências de viagens corporativas, que compram direto das cias. aéreas, e cobram direto de seus clientes, também não precisam da TASF.

A relação comercial entre as empresas e seus fornecedores TMCs (travel management companies ou simplesmente agências de viagens corporativas), já há alguns anos tem sido desenvolvida individualmente, geralmente baseada no valor por transação (ou transaction fee).

Este valor pode variar conforme o tipo de transação e diversas outras variáveis que podem ser consideradas na negociação entre a corporação e a agência, demandando um controle um tanto mais detalhado do que o desenvolvido para a RAV, por exemplo.

Mesmo assim, penso que as agências corporativas não precisam mesmo da TASF, quer seja pelos seus múltiplos custos, ou pelo seu controle não fazer parte da relação cliente/agência, ou ainda pelo fato de, como taxa, não receber boa acolhida dos órgãos reguladores (ver Blog Prevenindo), o que culminou no conflito ABAV/IATA Brasil.

A TASF não controlará, por exemplo, se a reserva for feita por self-booking, item que impacta o valor da transação, assim como o fato do voo ser nacional ou internacional, se for emitido pelo consultor da agência ou pelo próprio cliente em sistemas de self-tkt, entre outros itens formadores do valor da remuneração do agente corporativo.

Por isso, penso que o sistema de cobrança da remuneração da agência corporativa deve ser desenvolvido de forma customizada, integrado ao front-office, no caso de agências com alto índice de self-booking e/ou ao back-office, para todas as outras.

Dessa forma, estará assegurada também a agilidade necessária para ajustes no sistema que, certamente, serão demandados ao longo do tempo.

Ou alguém acredita que o mercado e suas regras atuais se estabilizarão?

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ALGUMAS FOTOS DO PARAÍSO

Difícil selecionar 15 fotos de uma viagem ao Paraíso na Terra: Taha’a e Bora-Bora (Tahiti, Polinesia Francesa).

Hotel IHG em Papeete
Vista do Hotel Intercontinental em Papeete

 

"Overwater Bungalows" no Relais & Châteaux Le Taha'a Island Resort & Spa
"Overwater Bungalows" no Relais & Châteaux Le Taha'a Island Resort & Spa
Le Taha'a - Vista do bangalô ao amanhecer
Le Taha'a - Vista do bangalô ao amanhecer
Le Taha'a - Vista do deck do bangalô ao entardecer
Le Taha'a - Vista do deck do bangalô ao entardecer

  

Le Taha'a - Café da manhã chegando de canoa
Le Taha'a - Café da manhã chegando de canoa
Le Taha'a - Mais uma vista do deck do bangalô
Le Taha'a - Mais uma vista do deck do bangalô
Raiatea - Cultivo de pérolas numa "Pearl Farm"
Raiatea - Cultivo de pérolas numa "Pearl Farm"
Bora-Bora - Chegada de barco ao Four Seasons
Bora-Bora - Chegada de barco ao Four Seasons
Bora-Bora - Vista do deck do bangalô
Bora-Bora - Vista do deck do bangalô
Bora-Bora - Flores e perfumes do Tahiti
Bora-Bora - Flores e perfumes do Tahiti

 

Bora-Bora - A cor do mar...
Bora-Bora - A cor do mar...

 

Bora-Bora - A cor do céu...
Bora-Bora - A cor do céu...

 

Bora-Bora - A cor da natureza...
Bora-Bora - A cor da natureza...

 

Bora-Bora - A cor do por do sol...
Bora-Bora - A cor do por do sol...

 

Bora-Bora - As cores do paraíso...
Bora-Bora - As cores do paraíso...

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UNFORGETTABLE

Encontramos muitas novidades aqui em Sydney, algumas surpreendentes, outras nem tanto e, para facilitar o relato e a leitura, anotei os fatos conforme vivenciamos:

O PASSEIO
Conhecemos a cidade andando a pé, de barco, de ônibus, de táxi, de monorail, de trem, de van e de triciclo (parecido com os de San Diego, mas mais modernos, com carenagens que lembram uma moto futurista). Em Bondi Beach, bela praia a 30 minutos do Harbour, indo pelo Sightseeing Tour, conhecemos o Ice Berg Club Restaurant, que devido ao seu estatuto, somente aceita sócios do clube em seu restaurante. Usando o famoso “jeitinho australiano”, bastou obtermos um título de “sócio temporário”, para desfrutarmos de uma belíssima vista da praia enquanto almoçamos.

O AUSTRALIANO
Percebemos o espírito australiano, uma interessante mistura da civilidade de Londres com a descontração da California (daqui vem a alegada similaridade com o espírito brasileiro), entre outras influências que marcam e orgulham os cidadãos de Sydney.

O CANGURU
Andamos por 6 horas em estradas, onde encontramos dezenas de placas alertando sobre cangurus, um dos mais reconhecidos símbolos da Austrália, mas só os encontramos de verdade no Wildlife World.

O TOUR
Contratamos o Jason Wine Tour, e assim, conhecemos o Jason, mistura de empresário-guia-motorista-enólogo, simpatíssimo, cheio de casos para contar, que nos levou à belas vinícolas no Hunter Valley, as quais, diferentemente da Borgonha, Bordeaux, ou mesmo da Toscana ou Nappa Valley, oferecem, cada uma, generosas 8 a 12 degustações diferentes por pessoa…

O VINHO
Sim, degustamos o syrah australiano, mas a semillon blanc é a uva da vez para os produtores. Mais frutada, levemente adocicada e com tons cítricos, gera um vinho refrescante, mas longe da complexidade e sabor de um chardonnay. Ao todo, degustamos 41 vinhos diferentes, ao longo de 6 horas de visitas, entre semillon blanc, chardonnay e sauvignon blanc entre os brancos, alguns poucos rosés (passei todos) e muitos tintos, shiraz, cabernet sauvignon, merlot, tempranillo, pinot noir, sangiovese… Destaque para o nebbiolo, casta pouco desenvolvida na Australia, mas muito bem cuidada na Broken Wood, gerando um vinho especialmente marcante. Durante o tour, no intervalo para almoço, para variar um pouco, descemos uma garrafa de Shiraz Reserve 2002, talvez o melhor vinho que provamos neste tour.

O JANTAR
Não experimentamos a comida aborígene, mas curtimos um visual impagável no Quay, restaurante premiado, localizado na ponta do Sydney Harbour. Apesar dos pratos não terem feito justiça à fama do lugar, ao serviço impecável e à linda vista da Harbour Bridge e do Opera House, o vinho (também shiraz, fazer o quê?) de guarda, estruturado e profundo, abriu-se, após correta decantação e nos trouxe incríveis notas de couro, como nunca havia experimentado antes. Fantástico, seguramente o melhor vinho de toda a viagem.

A CIDADE
Sydney é linda, organizada e segura. Essas foram nossas principais percepções sobre a cidade, do ponto de vista da administração municipal. Ruas limpas, motoristas educados (em 5 dias não ouvimos uma buzina sequer…), sinalização perfeita, serviços de transporte pontualíssimos, policiamento não ostensivo (quase invisível), nenhum morador de rua, pedinte ou criança sozinha.

A FELICIDADE
O australiano parece um sujeito feliz. Mesmo no dia-a-dia, a caminho do trabalho, com terno e gravata (ou tailleur com escarpin), as pessoas tem um rosto e um comportamento tranquilo, descontraído e seguro. No final do expediente, os “pubs” e todo tipo de bar não dão conta de tanta gente no “happy hour” diário, a partir das 17:00h…

A RIVALIDADE
Em todas as casa de cambio que entramos, a informação do atendente sobre o dollar australiano estar mais valorizado que o dollar americano era sempre acompanhada de um sorriso de satisfação e de orgulho mal disfarçado. O australiano, imagino que por questões culturais (talvez pelos EUA também terem sido colônia britânica), tem os Estados Unidos como referencial a ser superado. Penso que já conseguiram em inúmeros aspectos…

A BAÍA
Passeamos de barco mais de uma vez pela Baía de Sydney e, em todas, a pontualidade britânica prevaleceu. Os ferry-boats, catamarãs, iates, lanchas, taxi-boats etc, são bastante ágeis, apesar do tamanho de alguns. Navegando pela baía, conhecemos Manly, cidade praiana à 30 minutos de ferry partindo do Sydbey Harbor. Além da praia belíssima e cheia de gente como as praias brasileiras, Manly acolhe muitos brasileiros, seja pelo clima, pela praia ou pelo estilo de vida. Nossa visita à Manly foi ainda premiada com um autêntico rodízio de picanha, no Brazuca, em frente à praia.

A NATUREZA
O australiano optou pelo verde e tem a natureza quase como uma religião. Sem forçar a barra com demonstrações artificiais de interesse ecológico, ele respeita o meio ambiente como parte de sua cultura e não como estratégia de marketing. O Hyde Park de Sydney é bem menor, porém mais exuberante que o de Londres.

O HARBOUR
Caminhar é esporte e estilo de vida em Sydney. O Sydney Harbour é lindo, com lojas e restaurantes interessantes, além de paisagens estimulantes para qualquer lado que se olhe. Juntar as duas coisas, ou seja, andar à toa no Sydney Harbour, é um programaço, incluindo fotografar a Sydney Harbour Bridge, ponte suspensa com vão livre de 530 metros e beleza construtiva comparável a poucas em todo o mundo.

OS BICHOS
Fotografamos crocodilos gigantes, cangurus, coalas e outros bichos exóticos no Wildlife World que, ao lado do Sydney Aquarium, atrai famílias inteiras e grupos de turistas que querem ver o grande tubarão branco, ao vivo e a cores, e se possível, bem de perto…

O MONUMENTO
Como obra arquitetônica, o Sydney Opera House é deslumbrante, visto de longe, em qualquer ângulo, de dia ou bem iluminado à noite. Aproximar-se dele aos poucos, caminhando sem pressa, foi uma experiência tão simples quanto única… A casa de shows é, em si, um espetáculo que valeria um ingresso se fosse cobrado, mas não é.

O SHOW
Assistir ao show do George Benson, cantando com surpreendente vitalidade as 10 mais de Nat King Cole, no Sydney Opera House completamente lotado, com os 5 integrantes da banda do músico americano literalmente incrustados no meio da Orquestra Sinfônica de Sydney, ouvindo os acordes da guitarra de George se misturando de forma respeitosa com violinos, harpas e violoncelos, foi uma dessas experiências que levarei guardada comigo para sempre. Obrigado por este presente, Ednilda e Marco Heggendorn, queridos amigos que garimparam ingressos especiais para este show e compartilharam conosco essa viagem.

AS PESSOAS
Bem, embora prometido, não encontramos o Russel Crowe e nem o Hugh Jackmann, mas vi a Nicole Kidmann em diversos rostos australianos, onde a beleza das mulheres (apesar de diferente) rivaliza com a beleza da mulher brasileira…

UNFORGETTABLE
O título deste post é uma homenagem  à única música que faltou no extraordinário repertório do show de George Benson. Embora tenha esquecido o inesquecível, George está perdoado…

Em tempo: fotos especiais de Taha’a, Bora-Bora e Sydney estarão no próximo “Post Fotográfico”, tão logo eu retorne ao Brasil.