500 POSTS EM 6 ANOS. HORA DE RENOVAR !

Já é uma história de vida…

Atendendo a gentil convite do Panrotas, desde março de 2010 escrevo aqui sobre o que vejo, ouço, leio e experimento no mercado de viagens e turismo.

O título do Blog – Distribuindo Viagens – foi a inspiração para a maioria dos textos publicados, mas seguramente escrevi sobre muitos outros assuntos, incluindo temas de fora de nosso mercado, sempre com a estimulante participação e comentários dos leitores.

Durante esses 6 anos, foram 500 textos e mais de 4.100 comentários (incluindo minhas respostas), fazendo a média de 7 posts (quase 2 por semana) e 57 comentários por mês, o que me deixou surpreso que tenha havido mesmo tanto assunto assim…

A média de 5.000 “page views” por mês (dados de 2015) eleva esses dados a 360.000 leituras, uma baita responsabilidade considerando a alta qualidade dos leitores e dos comentários postados.

A média aproximada de 3 minutos de leitura por texto (medido e reportado pelo WordPress), faz com que mais de 1 milhão de minutos tenham sido dedicados à leitura dos posts, tempo equivalente a 2.250 dias úteis, ou ainda, a 10 anos !

Sinto enorme gratidão por esta legião de leitores, interessantes e interessados, todos muito generosos, pois valioso é o tempo que uma pessoa oferece para ouvi-lo, para lê-lo, para compreendê-lo, tão valioso que custa um pedaço da vida desta pessoa.

Muito obrigado !

Alguém me perguntou, durante o Panrotas Next no Rio de Janeiro: “Qual o segredo para manter o interesse dos leitores num tema técnico durante tanto tempo?”

Respondi com a mesma objetividade com que procuro desenvolver cada texto: “Nunca me limitei ao tema do Blog, escrevo sobre tudo um pouco, da forma que vejo e percebo os fatos, sem inventar estilo nem preocupar-me com o que vão pensar, busco escrever a verdade, nem que seja a minha verdade”.

Não é tão fácil discorrer, de forma recorrente, sobre o mercado em que atuamos, sem correr o risco de incomodar ou desagradar algumas pessoas, mas o fato é que apesar de eu nunca ter buscado polêmica, admito que a encontrei algumas vezes…

Ser blogueiro independente é mesmo uma missão, pois a exposição gerada por 2 textos por semana, num portal com a visibilidade do Panrotas, acaba por provocar um sem número de reações dos leitores, geralmente profissionais do mesmo mercado em que atuo.

Já me chamaram de petista, mais recentemente de anti-petista, já fui tachado de vaidoso, de ficar em cima do muro, de polêmico, e até o Artur um dia me rotulou como lobista, carinhosamente complementado com lobista “do bem”, referindo-se à minha saga de evangelização, há 16 anos, sobre os benefícios da tecnologia para o mercado de viagens e turismo.

Como diria o poeta, tudo isso “faz parte do meu show” e esses 6 anos de articulista (ok, blogueiro) me ensinaram que escrever sobre distribuição de viagens é apenas uma pequena parte da riqueza de conteúdo que podemos abordar por aqui.

Por isso, e com o beneplácito do chefe Artur e dos queridos Alcorta, é hora de mudar, de dar outra abrangência a este blog, e vamos começar batizando-o com outro título, algo que represente o rumo que os negócios no mercado de viagens e turismo estão tomando, independentemente do segmento.

O nome do novo Blog que assinaremos será conhecido após o carnaval, ou até fevereiro, ou até o Forum Parotas, ou durante o Forum Panrotas, é o Artur quem decide como e quando…

Até lá, estaremos fechados para balanço, um balanço desses 500 Posts publicados (e 1 que jamais foi publicado)…

Tchau e até já !

.

PROCURA-SE SÓCIO COM FOME, COM SEDE E COM FRIO

Conversando com um amigo, CEO de uma empresa de investimentos especializada em “startups”, ouvi uma frase que me surpreendeu por soar muito estranha quando ouvida fora de contexto:

“Eu costumo buscar sócios com fome, com sede e com frio, são esses caras que eu quero para tocar os negócios em que investimos”, comentou.

“Como assim, um sócio carente e necessitado?”, perguntei.

Meu amigo prosseguiu, quase sem parar pra respirar:

“É fácil identificar um profissional recém-formado, que foi orientado pela família e preparou-se para ocupar um bom emprego, público ou privado, e que seguramente vai exercer o papel esperado (pela família, pelo empregador, pelo mercado, entre outros), cumprir sua jornada de trabalho, ser promovido de tempos em tempos, assumir responsabilidades, num processo que, em 35 ou 40 anos, o levará ao seu objetivo de vida: a aposentadoria.

Difícil é encontrar um jovem, recém-formado ou não, que tem fome de progredir socialmente, que foca em evoluir profissionalmente em todos os sentidos: aprender, aplicar o conhecimento adquirido para impactar pessoas, ganhar muito dinheiro, subir degraus da escada social e estar melhor, social e economicamente, do que seus pais daqui a 5 ou 10 anos.

É bem mais provável encontrar este jovem profissional entre os melhores alunos das faculdades e MBAs, mas cujas origens sejam famílias de classe média baixa dos subúrbios e periferias das grandes cidades, uma galerinha que tem obstinação por ascensão social e econômica, disposta a trabalhar muito e a arriscar, a partir para o tudo ou nada, se necessário.

Esse cara tem sede de vencer na vida, ele não aceita qualquer outra alternativa que não seja a ascensão econômica através do trabalho sério e honesto e está disposto a buscar este objetivo, com faca nos dentes e sangue nos olhos.

Sim, porque uma das ironias dos tempos atuais é que, apesar de dispor de todo o tempo do mundo pela frente, os jovens têm pressa, e é essa pressa que os leva a correr riscos.

No caso de um jovem empreendedor com fome de realizar, o vício do frio na barriga, do arriscar-se, é o que faz a diferença entre planejar e efetivamente fazer, produzir, realizar, pois caso não goste do risco, vai empacar diante dos maiores desafios, vai gaguejar diante do cliente, vai amolecer na pressão do fornecedor, vai ceder demais aos parceiros, vai sentir-se sozinho diante do tabuleiro de jogo.

Diferentemente do que possa parecer, o frio na barriga o faz avançar, a tomar decisões, mesmo ciente da possibilidade do fracasso, e isso é fundamental para quem tem fome por desafios e sede de vencer”.

Ouvi, um tanto perplexo, aquela analogia e após alguns minutos de reflexão, percebi o sentido e a moral da história, muito similar à utilizada por alguns grandes grupos empresariais para estimular, motivar e extrair o máximo de empenho e produtividade de suas equipes.

O que realmente penso sobre isso é assunto para um outro post…

.

QUAL A IDENTIDADE DA SUA EMPRESA?

Taí um tema que gera divergências entre as pessoas.

Muitos empresários imaginam que sua empresa é considerada “ágil”, “flexível” ou “dinâmica”, “estável”, “segura” ou “consolidada”, ou ainda “jovem”, “descolada” ou “inovadora”, entre outros adjetivos que acreditam terem conquistado ao longo de anos de trabalho e dedicação ao negócio.

Mas qual será mesmo a identidade da sua empresa?

Se você fizer esta pergunta a seus sócios, aos seus colaboradores, à sua família e aos seus fornecedores, garanto que as respostas serão diferentes entre si e poderão conflitar muito com a sua própria opinião sobre o assunto.

Há os que acreditam que basta repetir o mesmo conceito mil vezes para que ele se transforme em verdade, mesmo que o bom senso e a percepção geral indiquem outra realidade e isso, muitas vezes, é um claro sinal do que os especialistas chamam de “miopia corporativa”.

Existem também os que investem para mudar a percepção da marca, com campanhas de marketing, ações nas mídias sociais, divulgações na imprensa, sempre focados na imagem que desejam que o mercado tenha de suas organizações, como um míope que usa lentes de contato corretivas, que corrigem a visão desfocada e passa a percepção de que o usuário não precisa de óculos (mas ele continua míope).

A questão é que a identidade de uma empresa, tal e qual o carater de uma pessoa, é algo que se constrói ao longo de muito tempo, desde o nascimento, e sofre a influência de inúmeras variáveis, entre elas a cultura da organização, sua essência, seus valores, crenças e atitudes, e isso é algo difícil (embora não impossível) de mudar.

Por isso, antes de mais nada, com muita humildade e transparência, procure conhecer a real identidade da sua empresa e a melhor forma de fazer isso é perguntar diretamente a quem justifica a sua existência: os seus clientes.

Esteja preparado para surpreender-se…

.