Não, este post não é patrocinado pelo SEBRAE, tampouco pela revista PEGN.
Mas ele surge num momento em que a crise econômica se agrava (quando os avestruzes tiram a cabeça do buraco), médias empresas enfrentam problemas devido à dificuldade de crescer para perpetuar-se, grandes empresas buscam fusões e/ou aquisições para continuarem a mesma luta de sempre por maior participação num bolo que só faz diminuir, e as pequenas…, bem, as pequenas são o verdadeiro motor da economia mundial.
“O blogueiro ficou maluco”, alguém dirá, ou “Vabo está fazendo lobby outra vez”, pensarão meus leitores mais bondosos…
Dados recente do Sebrae indicam que, do total das empresas existentes no Brasil, 99% são de pequenas empresas (micro e pequeno portes), que respondem por mais da metade de todos os empregos formais da economia brasileira e por mais de 40% da folha salarial formalmente paga.
E o potencial de crescimento desta parcela de empreendedores é enorme, pois correspondem atualmente a 27% do PIB brasileiro, enquanto na Europa as pequenas empresas produzem, em média, o dobro deste índice (na Alemanha e Itália acima de 60% do PIB é gerado por pequenas empresas).
Apesar do cenário adverso este ano, as pequenas empresas brasileiras empregaram mais 1,7%, de janeiro a setembro de 2015, na contra-mão das médias e grandes empresas que, salvo raras exceções, estão desmobilizando estruturas, investimentos e pessoal.
Digo tudo isso, porque nosso mercado de viagens e turismo não é diferente.
São as pequenas agências que movem a economia de serviços de viagens e turismo, distribuindo ao passageiro final, de forma capilar, os serviços dos fornecedores (cias. aéreas, hotéis etc.), que os distribuem através dos grandes operadores, consolidadores e brokers de todo o tipo.
A questão aqui é (ainda) não dispormos de números precisos para comprovar esta afirmativa com dados estatísticos consubstanciados e isentos.
Digo “ainda” porque esta é uma das prioridades da gestão Edmar Bull à frente da Nova ABAV: tornar a ABAV referência do mercado de viagens e turismo no Brasil, fornecendo dados estatísticos reais consolidados diretamente da fonte produtiva, suas mais de 3.000 associadas, após cruzamento e conciliação com os números das principais associações do mercado de viagens brasileiro.
Um projeto gigante, do tamanho da força das pequenas agências e que, tal como elas, exigia uma liderança que encarasse o desafio, à frente de um grupo que ignorasse os avisos de que “esta é uma tarefa impossível”, que simplesmente chegasse e fizesse acontecer.
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