Hoje virou moda, mas o tipo de evento criado pela Sun (em 1999) para programadores, “hackers”, “crackers” e outras tribos, o hackathon (acrônimo de “hacker” e “marathon”) popularizou-se de vez também no Brasil, e isso é muito bom.
No hackathon, profissionais de tecnologia, analistas e arquitetos de software, design thinkers e UX designers, programadores (junior, pleno, senior e gênio), testadores e product owners, etc. etc. se reúnem em grupos, geralmente de 3 a 5 pessoas, para desenvolver uma solução para algum problema, ou algo que substitua ou melhore uma solução existente.
O evento é uma forma interativa de estimular ideias criativas, promover o trabalho em equipe, valorizar a liderança autêntica, além de planejar, realizar e entregar dentro do prazo, mesmo sob pressão, e qualquer semelhança com o dia-a-dia não é mera coincidência…
Com a maratona de programação, grupos, empresas e organizadores de eventos promovem oportunidades para catalisar o espírito empreendedor dessa turma que traduz ideias em linhas de códigos.
Quando bem planejadas, arquitetadas, desenhadas, desenvolvidas e testadas, estas linhas de código acabam por produzir protótipos que podem se transformar em novos produtos, e é aí que reside o maior barato do hackathon…
Além do gosto da aventura, do desafio de um trabalho compartilhado, da forma meio caótica, ininterrupta, incluindo a madrugada, a vontade de produzir algo literalmente do zero, em tão pouco tempo, a possibilidade concreta da solução desenvolvida ser utilizada como parte de um sistema ou produto tecnológico é mesmo a maior motivação de todos.
Foi o que testemunhamos sexta e sábado passado, durante o 1o. Hackathon Reserve 2016, em que grupos com 4 profissionais de tecnologia cada, concorreram a viagens e treinamentos especializados, mas o que os motivou mesmo foi o desejo de ver sua ideia ser aplicada num produto real, comercialmente viável, uma solução que resolva um problema de fato e que traga real benefício aos usuários.
Deste evento, cuja comissão julgadora era formada por mestres, doutores e executivos de outras empresas de tecnologia e e-commerce, no mínimo 2 projetos criativos, bem idealizados, desenvolvidos e apresentados, mostraram logo de cara que têm potencial para crescer e se transformar em soluções tecnológicas para problemas reais.
Caso estas novas soluções venham a ser efetivamente desenvolvidas e incorporadas aos sistemas da empresa, o que beneficiará até 3 milhões de usuários, de 30 mil empresas e 100 agências de gestão de viagens corporativas, terá sido atingido o principal objetivo do hackathon, tanto dos participantes quanto do organizador, que é o de provar a capacidade do voluntariado em transformar as boas ideias em boas soluções, o esforço em resultado, a iniciativa em acabativa, a inovação em produto.
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