DISRUPTIVO É FAZER O QUE OS CLIENTES PRECISAM AGORA…

Pode demorar, mas nos habituamos aos riscos.

Moramos no Brasil, em cidades que, de uma forma geral, apresentam alto índice de criminalidade, entre furtos, assaltos, sequestros e homicídios, mas nem por isso, mudamos para outro país ou deixamos de sair à rua.

O ser humano acaba convivendo com o problema, quando ele (ainda) não tem solução.

Da mesma forma que nos precavemos da insegurança usando sistema de câmeras, alarmes, vigias, carro blindado e comportamento antenado (atento e alerta) na rua, aprenderemos a conviver num mundo virótico. Cientes de que outros vírus poderão surgir, usaremos máscaras, capacetes, luvas, desinfecção prévia, distanciamento pessoal, termômetros infravermelhos, equipamentos de detecção de vírus etc etc.

Adaptabilidade é a característica do ser humano que, junto com a inteligência, nos fez sobreviver e preponderar sobre todas as demais espécies do planeta nos últimos 200.000 anos, período em que tivemos que superar muitas outras ameaças, algumas das quais, segundo os cientistas, muito mais desafiadoras e até cataclísmicas.

E é devido a essa adaptabilidade que a indústria de viagens, entre tantas outras, já começou a se reinventar, buscando procedimentos que minimizem os riscos de entrar num avião cercado de pessoas estranhas e lá permanecer por 1 a 18 horas ininterruptas, dependendo do voo.

Da mesma forma que esta mesma indústria de viagens fez após o 11/09, quando sofreu sua mais dura ameaça anterior à covid-19, e se viu obrigada a, com a ajuda dos governos, criar hiper procedimentos de segurança nos aeroportos e nos voos, inicialmente muito impactantes, mas que não nos incomodam mais tanto assim.

Da mesma forma que a classe média alta acha “normal” andar em carro blindado e cercar-se de monitoramentos (em casa, no trabalho, no carro, nas lojas, na academia e na rua), mesmo sabendo que essas medidas não mitigam o risco, apenas o reduzem ou dão a sensação de que o controlam.

É uma questão de tempo, mas a roda vai voltar a girar e não me refiro somente às viagens, mas à economia de um modo geral.

Mas, o que fazer até lá? Ou como disse a Solange em entrevista ao Artur: “Afinal, o que vender quando não há nada para vender?”, referindo-se à queda abrupta (quase total) da oferta de serviços de viagens, voos e hospedagens, por causa do distanciamento social implementado em todo o mundo, quase que simultaneamente.

Eu acrescento uma outra pergunta: “O que vender para um cliente que não pode e não quer viajar?”

Refletindo sobre estas questões, tão impactantes quanto inevitáveis, que desafiam os empreendedores do mercado de agenciamento de viagens e turismo, resolvemos buscar uma resposta, se não para todos os segmentos, pelo menos para o de viagens corporativas, aquele em que atuamos.

Observando os principais ativos de uma TMC, durante e após esta pandemia, foi fácil identificar as 2 maiores forças, comuns a toda TMC bem estruturada:

1) Equipe

Enquanto vender turismo é uma arte, prestar consultoria em gestão de viagens corporativas aproxima-se mais de ciência. As equipes das TMCs são capacitadas a lidar com clientes empresas, entendem de negócios e falam a linguagem corporativa.

2) Clientes

A carteira de clientes corporativos de uma TMC é fidelizada e/ou possui contratos ativos, o que, por si só, constitui uma vantagem no relacionamento comercial que visa o atendimento das demandas do cliente corporativo. Todas as empresas são formadas por um conjunto de pessoas e mais algumas outras coisas, e são estas pessoas que sempre priorizarão fazer negócios com quem conhecem e confiam.

A partir destes dois ativos, pensamos em oferecer aos clientes corporativos um outro tipo de serviço (já que não podem e, quando puderem, evitarão as viagens por algum tempo) que eles precisam neste momento e seguramente precisarão também no pós-pandemia.

As empresas (todas as empresas, de todos os portes e segmentos econômicos) estão buscando, durante a pandemia mais do que nunca, enxugar suas operações, otimizar seus processos e reduzir despesas.

Exatamente a mesma coisa que as TMCs estão fazendo, sendo que estas tiveram que iniciar este esforço já no final de março, ou seja, há longos 60 dias, prazo em que enfrentaram, e ainda enfrentam, a tempestade perfeita (sem produtos, sem clientes, sem receita), como toda a indústria de viagens, a primeira e mais profundamente impactada nesta pandemia.

Esta curta, mas intensa, experiência de sobrevivência, que visa a garantia da perpetuidade do negócio, exige, no nosso entender, uma atitude disruptiva na direção do que nossos clientes corporativos precisam e desejam: apoio em seu próprio esforço de controle e redução de despesas, refiro-me a todas as despesas da empresa, não somente as de viagens (e aqui está a disrupção).

Por isso, decidimos “pivotar” (outra expressão da Solange) na direção do que nosso cliente precisa e que nossa equipe está capacitada a entregar: gestão de despesas corporativas.

Iniciamos maio já prestando o serviço que nosso cliente (que já nos conhece e confia) precisa, com nossa equipe (que já está capacitada para atender empresas) treinada, ampliando o leque, além da gestão de despesas de viagens, que o cliente não precisa neste momento, para a gestão de todas as despesas corporativas, que o cliente precisa e tem aceitado consultoria de braços abertos.

Ampliar o escopo de serviços da TMC (travel management company) para prestar consultoria típica de CMS (corporate management services) revelou-se como a oportunidade que temos nesta crise, e apesar dela, de (1) manter e aprimorar o relacionamento com os clientes, (2) compartilhar soluções e tecnologia com os clientes e (3) ampliar a oferta de serviços para os clientes, tanto agora na pandemia, quanto na retomada econômica pós-pandemia, e mesmo após o retorno da demanda por viagens corporativas.

OS JOVENS BRASILEIROS VÃO DESTRUIR O BRASIL?

Calma ! Antes de se revoltar com o título deste post, saiba que é uma referência ao título de texto de autoria de Daniel Scott, publicado em 14/06/2018, como contraponto à reportagem de capa da revista Época O PODER DOS ULTRAJOVENS, publicada em 24/05/18 e atualizada em 11/06/18, que viralizou entre os nascidos de 1980 a 2000 (muitos já nem tão jovens assim.

Reproduzo aqui o texto do Daniel, tanto porque o achei pertinente e atualíssimo, quanto porque abordei este mesmo tema, sob outro contexto, mas na mesmíssima linha de raciocínio, no post A ERA DA ABUNDÂNCIA, publicado em 09/04/2018, aqui no Blog B2BTech.

“POR QUE OS ULTRAJOVENS AINDA VÃO DESTRUIR O PAÍS

Há alguns dias, a revista Época publicou uma edição que viralizou nas redes sociais. Centrando no tema dos ultrajovens, o grande destaque foi a capa criativa. Apesar de terem feito um bom trabalho com a ilustração, o artigo em destaque não foi à altura. Mas traz pontos interessantes, a partir dos quais é possível fazer algumas reflexões:

Enquanto países desenvolvidos estão focados em ensinar aos seus jovens inteligência artificial, machine learning, big data e outros assuntos pertinentes, por aqui ainda estamos presos em discussões que não têm relevância econômica alguma, como identidade de gênero ou saber se mulher branca usar turbante é apropriação cultural. São discussões que, embora sejam consideráveis, simplesmente não ajudam a desenvolver um país onde 70% da população é analfabeta funcional.

Temas que geram crescimento e produtividade de uma nação não são priorizados pelos jovens brasileiros, que optam por carreiras não relacionadas à produção de riquezas

O resultado é que, pela ignorância gerada, nossos jovens crescem acreditando que salário é uma benevolência do empregador e não uma função da produtividade e da sua disposição de assumir riscos.

Com isso, creem que o fato de não conseguirem comprar coisas é porque as empresas não querem dar remunerações altas, quando a realidade é que nossos jovens são menos capacitados que beagles de laboratório.

Basta ver os cursos universitários mais concorridos nos EUA ou Europa e aqui no Brasil. Por lá é engenharia, business, management ou tecnologia. Já por aqui são cursos de humanas.

É claro, o adolescente que se formou no ensino médio sem saber a tabuada nem conseguir interpretar um artigo acadêmico não tem outra chance na vida a não ser fazer vestibular de Ciências Sociais ou Pedagogia na Uniskina ou qualquer outra coisa do tipo.

Não que não sejam profissões dignas, mas não geram valor econômico. Sobretudo por estarmos já saturados de profissionais desse mesmo perfil. Esses que, como num magnífico esquema de pirâmide, vão trabalhar ensinando mais jovens a entrarem nessas profissões e perpetuar o ciclo. Enfim nos tornaremos o país que não produz tecnologia, mas está repleto de sociólogos e pedagogos.

Quanto custa o outfit dos ultrajovens?
Mas não precisa nem ir tão longe para entender a idiotização dessa geração. Basta ver o vídeo que viralizou entre esses ultrajovens abastados nessa semana.
Intitulado “Quanto custa o outfit“, o vídeo entrevista jovens que falam sobre o valor das suas peças de vestuário. Entre cintos feitos com fitas daquelas de cena de crime e relógios que valem mais que um carro, adolescentes glorificam a ostentação, mesmo sem possuírem um capital cultural compatível ou sequer um trabalho que sustente esse estilo de vida. São jovens que não sabem conjugar o verbo “variar”, mas usam pulseiras de 4 mil reais para ir à balada.

Paralelamente, estamos na rabeira mundial do ranking de P&D, enquanto nossos melhores engenheiros, administradores e profissionais de tecnologia estão se mandando para fora em ritmo acelerado. Todos os dias, perdemos milhares dos nossos “cérebros”.

Os jovens brasileiros são campeões de despreparo, improdutividade e desinteresse pelo trabalho, realimentando o atraso econômico do país

Veja, é uma equação simples: o tempo de um aluno é limitado. Quanto mais horas ele passa aprendendo sobre diversidade cultural, menos horas ele passa aprendendo sobre matemática, literatura, física, etc.

Como consequência, quando chegam no mercado de trabalho, os jovens descobrem que o resto do mundo não importa os dois maiores produtos brasileiros: textão no Facebook e vídeos motivacionais.

Ninguém lá fora está interessado em debater se devemos usar “x” no final de palavras com dois gêneros, muito menos em acampar no frio para apoiar criminosos condenados.

Lá no primeiro mundo, as pessoas só pensam em uma coisa: produzir. Produção gera riqueza, gera igualdade, reduz a violência e, em última instância, traz mais diversidade social do que de fato ensinar diversidade nas escolas.

Já por aqui, a nova geração estará preocupada em tirar selfies e engajar em lutas contra os canudinhos, enquanto espera que políticos populistas a sustente por toda vida. E assim seguiremos, com nossos jovens perpetuando eleições de Lulas, Bolsonaros, Dilmas e Temeres (sim, vice também é eleito) ainda por muitas décadas.”

MAIS ORDEM, MAIS PROGRESSO

A eleição de Jair Bolsonaro comprova o que já se percebia, desde o primeiro turno, quanto às escolhas do povo brasileiro.

Apesar da acirrada disputa, o brasileiro decidiu dar uma abrupta guinada à direita, optou por rejeitar a classe política e o partido que mais imiscuiu-se com a corrupção, e escolheu um programa conservador nos costumes e liberal na economia.

O Brasil cansou de políticos com projetos partidários e deseja políticos com projetos para o país, que priorizem o progresso do Brasil acima de qualquer outro interesse político ou pessoal

Do primeiro discurso do presidente eleito, destacam-se a valorização da família, a inspiração cristã, o patriotismo e o espírito democrático, além de ter reafirmado a escolha do eleitor:
– pela honestidade contra a corrupção endêmica
– pelo respeito às liberdades individuais contra o patrulhamento ideológico
– pelo direito à propriedade contra a invasão de terras
– pela segurança pública contra a criminalidade
– pelo estímulo ao progresso contra o assistencialismo político
– pelo estímulo ao trabalho contra a dependência econômica
– pelo empreendedorismo contra o empreguismo
– pela redução do Estado contra o aparelhamento do governo
– pela valorização da livre iniciativa contra o gigantismo estatal
– pelo ideário liberal contra a ilusão socialista
– pelo compromisso com as próximas gerações contra o interesse no próximo mandato
– pelo foco no Brasil contra o focogg no partido

Apesar da representativa derrota da esquerda, esperava-se uma margem ainda mais dilatada entre os candidatos, considerando-se o quanto o partido dos trabalhadores, e seus principais líderes, comprovadamente participaram diretamente de todos os principais escândalos e processos de corrupção do país nos últimos 14 anos, desde o Mensalão iniciado em 2005.

A verdade é que, apesar disso, 47 milhões de brasileiros votaram num candidato representante de um presidiário sentenciado por corrupção, e isso é emblemático a respeito da tendência do brasileiro em relativizar desvios de conduta em prol de suas mais arraigadas convicções.

Agora, tudo o que podemos esperar (apoiar e trabalhar) é que o novo governo, apesar da ferrenha oposição que seguramente receberá, consiga resultados para todos os brasileiros, que comprovem o acerto da escolha de quase 58 milhões de eleitores.

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