NASCIMENTO, VIDA E MORTE DE UMA NOVA TECNOLOGIA

Tenho testemunhado muitas “tendências” ao longo dos últimos anos, algumas nascem e morrem com a mesma velocidade dos modismos tecnológicos alimentados pela massa de internautas ávidos por qualquer novidade, casos de MySpace, Second Life, Groupon (compras coletivas, lembra?), Pokemon Go (oooooops, me arrisquei aqui, tem muita gente apostando nisso), entre outros.

Outras tendências surgem com o carimbo da perpetuidade (olha aqui outra palavra esquecida nesses tempos de efemeridade), elas nascem, crescem, evoluem e entram nas nossas vidas para ficar. Podem até ser substituídas um dia, mas não morrerão jamais, casos de buscadores (Cadê? e Yahoo! X Google ou Orkut X Facebook e outras redes sociais).

Essas tecnologias disruptivas (busca por algoritmo e rede social) não pertencem a nenhuma dessas marcas, nem às substituídas nem às atuais, pois as marcas e seus serviços podem ser (e provavelmente serão) substituídas um dia, mas os conceitos já estão assimilados no nosso dia-a-dia.

Continuarão evoluindo, podem ser atualizados e transformados, conforme as novas tecnologias permitirem, mas não morrerão mais, devido à sua relevância para as pessoas (acesso ilimitado à informação e gestão do relacionamento social).

Guardadas as proporções, tenho abordado aqui com certa frequência sobre as oportunidades que o “expense management” tem gerado para as TMCs que estão antenadas com as demandas de seus clientes corporativos.

Gestão de despesas corporativas é um conceito ainda pouco compreendido no Brasil
Gestão de despesas corporativas é um conceito ainda pouco compreendido no Brasil

Alguns dos principais eventos relacionados a gestão de viagens corporativas (Lacte, Forum Costa Brava, GBTA Brasil etc.), e até mesmo eventos de maior porte que apontam as tendências do turismo (Forum Panrotas e ABAV Expo, por exemplo), estão antenados para esta nova realidade e destacaram o “expense management” em suas edições deste ano.

Muitas empresas já entendem que não basta a uma TMC gerir suas demandas por serviços de transporte aéreo e de hospedagem, por perceberem que as despesas indiretas do colaborador podem representar um sorvedouro de recursos que literalmente jogam os “savings” pro ralo…

Alimentação, transporte terrestre (taxi, uber, onibus, metrô, BRT, VLT etc), combustível, estacionamento, pedágio, Wi-Fi a bordo, assento conforto e outros gastos imprevistos durante uma viagem corporativa podem dobrar o custo da missão de um colaborador em outra cidade.

As TMCs podem dobrar seu escopo de serviços para a mesma carteira de clientes corporativos
As TMCs podem dobrar seu escopo de serviços para a mesma carteira de clientes corporativos

Essa aderência das empresas, que já percebem as vantagens da tecnologia de “expense management” (ágil, leve e objetivo) operando integrado ao seu ERP (lento, pesado, complexo), confirmam que esta é uma tecnologia que veio para ficar.

Você pode acreditar agora, ou assistir o conceito de gestão de despesas crescer, ou ainda esperar até 2020 para comprovar o que afirmo aqui.

Em que você vai apostar?

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ABAV NÃO É SACO SEM FUNDO

Quando Edmar Bull foi eleito para a gestão 2016/2017 da ABAV, encontrou muitos desafios para levar adiante seu plano de (1) profissionalizar a gestão da entidade, (2) estimular a participação dos associados e (3) promover um espírito empreendedor nos empresários do setor.

Esses 3 macro-objetivos transformaram-se em pilares da nova administração, cada um com diversas ações e projetos, amplamente divulgados, bem coordenados e tocados por uma equipe de colaboradores tão pequena quanto motivada e apaixonada pelo que faz.

A equipe de colaboradores da ABAV tem a motivação de transformar o futuro da entidade
A equipe de colaboradores da ABAV tem a motivação de transformar o futuro da entidade

Não vou aqui discorrer sobre este trabalho da ABAV, que se capilariza rapidamente por suas 27 regionais, que atuam de forma cada vez mais integrada e única.

O objetivo aqui é tocar numa ferida: a gestão financeira da nossa associação.

Reflexo natural do atual momento que vive a sociedade brasileira, o fato é que, em pouco mais de 6 meses não se fala mais em oba-oba na ABAV, não há viagens de diretores ou VPs sem a devida contrapartida em relevância, trabalho e resultado, nem jantares, almoços ou bocas-livres de qualquer espécie, nem mesmo deslocamentos para reuniões mensais são custeados pelo caixa da associação, cujos diretores trabalham no mais puro espírito do voluntariado, em que não se gasta com nada que não tenha a ver com a busca dos objetivos e o atingimento das metas estabelecidas pela atual gestão da associação.

Dizem que o VP Financeiro tem um escorpião no bolso, ninguém consegue falar em despesa sem ser picado e envenenado pelo tal escorpião, mas o que percebo é que o rigor com que os membros da diretoria da ABAV tocam seus negócios privados foi transferido para a gestão da associação.

A gestão financeira da ABAV aplica a tática do escorpião. Ninguém se arrisca a gastar...
A gestão financeira da ABAV aplica a tática do escorpião. Ninguém se arrisca a gastar…

Não é exclusividade da ABAV, é a tal governança corporativa aplicada ao associativismo, em que mesmo uma entidade sem fins lucrativos pode e deve ser gerida a partir de conceitos de planejamento estratégico, com projetos, ações, metas, medição de resultados e, principalmente, gestão financeira apurada.

Quanto mais positivo o resultado, maiores e melhores os projetos e as ações em benefício das agências associadas, que são as verdadeiras donas da ABAV e já começam a perceber os novos ares da associatividade.

Os atuais membros da diretoria e do conselho foram escolhidos e colocados na ABAV e em suas regionais, para trabalhar, produzir, motivar e servir ao associado e isso inclui tratar o orçamento da entidade com parcimônia, rigor e eficácia.

O caixa da ABAV é tratado com parcimônia e respeito aos verdadeiros donos: os associados
O caixa da ABAV é tratado com parcimônia e respeito aos verdadeiros donos: os associados

O primeiro sinal dos ares desta mudança será visto na ABAV Expo 2016, um evento remodelado, planejado no conceito PRO, de profissional, relevante e objetivo.

Não deixe de conferir a sua ABAV Expo 2016, de 28 a 30 de setembro, no Expo Center Norte, São Paulo.

Nos veremos lá e se você não concordar com tudo ou mesmo com parte do que afirmo aqui, pode me cobrar pessoalmente.

Até lá !

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CONTRATAR OU MONTAR UMA AGÊNCIA DE VIAGENS CORPORATIVAS?

Antes mesmo do crescimento da internet, muitas pessoas tinham o desejo “secreto” de ser agente de viagens, fosse para atender a família, amigos ou até mesmo para si próprio.

Pesquisar e planejar viagens de férias é o prazer de muita gente, normalmente pessoas que confundem o ato de viajar com a atividade profissional especializada do agente de viagens.

O ato prazeroso de planejar viagens é diferente do trabalho profissional do agente de viagens
O ato prazeroso de planejar viagens é diferente do trabalho profissional do agente de viagens

Provavelmente advindo daí, de tempos em tempos assistimos este movimento ocorrer também nas empresas, quando um grupo de funcionários assume o papel de agência de viagens e atua em substituição ao trabalho especializado de uma TMC.

O mais curioso sobre isso é a interpretação de que este movimento revela uma tendência das empresas aderirem à compra direta junto aos fornecedores de serviços de viagens ou que o “open booking” ainda encontra espaço nas empresas.

Num caso recente, que chegou a atrair o interesse da imprensa, um gestor de viagens (que trazia experiência anterior como ex-funcionário de TMC), conseguiu convencer sua diretoria a estruturar um departamento de viagens para assumir todas as demandas da companhia, e desta forma, “economizar” na contratação de uma agência.

A matéria divulgava que a empresa abriu mão de contratar uma TMC e operava todos os serviços diretamente junto aos fornecedores e, para isso, contava com 6 profissionais (!!!) especializados em reservas e emissão de bilhetes aéreos, hospedagens e gestão de viagens…

Ou seja, a empresa deixou de contratar uma TMC, para contratar 6 profissionais (mais o executivo que liderou o processo), absorvendo portanto um custo muito maior do que uma TMC cobraria por serviços especializados, pois uma equipe com 7 profissionais dedicados, incluindo seus custos diretos e indiretos, seguramente custa o dobro do que a consultoria de uma agência especializada, para o volume daquela empresa.

Tiro no pé…

Da mesma forma que este, outros casos similares escondem o desejo de alguns profissionais de empreenderem como agentes de viagens corporativas, que assim o fazem sob a proteção de uma empresa-cliente que lhes garante o ofício e minimiza os riscos.

Sinto que lhes sobra capacitação mas falta o gosto pelo risco, o arrojo de empreender, o espírito de “dono”, como diria o Jorge Paulo Leman.

Como toda iniciativa empreendedora, o maior desafio de uma agência de viagens é conquistar e manter uma carteira de clientes
Como toda iniciativa empreendedora, o maior desafio de uma agência de viagens é conquistar e manter uma carteira de clientes

O governo do PT, sob a batuta do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo (este mesmo envolvido nas maracutaias do crédito consignado aos funcionários públicos), teve iniciativa semelhante, ao criar uma central de compra de bilhetes aéreos com a principais cias. aéreas nacionais, com quem celebrou acordos comerciais para venda direta.

Neste caso, o governo federal alardeou que “economizou” na contratação de agências de viagens formalmente estabelecidas, ao optar pela utilização de funcionários públicos para realizar, com a ineficácia conhecida, as mesmas atividades das TMCs.

Outro tiro no pé…

Na ânsia de mitigar o que consideram ser um custo de comercialização dispensável, tanto as empresas quanto o governo acabam por gerar uma despesa muito maior e sem a mínima contrapartida da eficácia, da economia e dos resultados obtidos pelas agências de gestão de viagens corporativas.

Esses movimentos são cíclicos, acontecem de tempos em tempos, mas em algum momento essas empresas, públicas e privadas, percebem o erro estratégico que cometem e voltam a contratar agentes de viagens especialistas, as TMCs, reduzindo assim seu custo global de contratação e permitindo que foquem efetivamente no seu negócio principal.

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