ABRACORP LIDERA TAMBÉM NA APLICAÇÃO DE IA

Escrevo este Blog aqui no Portal Panrotas desde março de 2010, longo tempo em que pude discorrer sobre a evolução de nosso mercado de viagens e despesas corporativas, quase sempre impulsionado pelos avanços da tecnologia, entre outros assuntos.

Após cumprir um período sabático motivado por importantes mudanças na minha vida pessoal, retorno hoje ao Blog motivado pelas inovações possíveis de serem implementadas pela inteligência artificial generativa, que já começaram a impactar o mercado de viagens corporativas.

Convenção Anual Abracorp 2024

Sirvo como conselheiro da Abracorp desde março de 2012 e sinto-me honrado por ter trabalhado bastante, por ter testemunhado muita coisa, por ter contribuído e participado ativamente de tudo o que a Abracorp realizou nos últimos 12 anos, fruto de um gigantesco esforço de todos os associados na busca do aprimoramento de nosso mercado de gestão de viagens e despesas corporativas.

Justamente por isso, para este relançamento do Blog B2BTech, a Convenção Anual Abracorp 2024 é o melhor exemplo do quanto a IA já é realidade no nosso cotidiano, virtualmente sem limites para o que ainda está por vir.

Com apoio e participação de alguns dos mais importantes players da indústria de gestão de viagens e despesas corporativas (The Royal Palm Plaza, Gol, Assistcard, Movida, Omnibees e Bradesco), o evento realizado em 29/11/24 no The Royal Palm Resorts em Campinas, registrou marcas inéditas e relevantes conquistas da associação, algumas das quais podem ter passado despercebidas até para os participantes.

Esta convenção de 2024 ficará marcada pelo aperfeiçoamento de seu estatuto, democraticamente debatido ao longo dos últimos meses, e atualizado pelo conjunto de associados numa assembleia geral durante a programação do evento, visando uma governança ainda mais alinhada com a pluralidade e diversidade de seus associados, todos unidos por um objetivo comum: a prestação de serviços com qualidade (expertise), tecnologia (conveniência) e redução de despesas (economia).

Esta convenção também será lembrada pela reunião ao vivo do CAB – Client Advisory Board (conselho consultivo de clientes), num painel em que alguns de seus integrantes (Minerva Foods, Petrobras e Syngenta), debateram temas relacionados a gestão de viagens e despesas corporativas, todos do real interesse para a relação cliente/agência. Aqui a Abracorp estimulou a análise de processos, negócios e serviços com os clientes corporativos, temas que seguirão adiante com profissionalismo e transparência.

Esta convenção inaugurou também uma nova relação da Abracorp e clientes com os principais OBTs do mercado (Argo, Lemontech e Reserve), que apresentaram livremente suas visões, projetos e efetivas realizações relacionadas à inteligência artificial generativa e debateram alguns de seus impactos no relacionamento cliente/agência. Aqui foi a Abracorp mostrando que o futuro é agora e que IA já está sendo aplicada pelas agências associadas.

Esta convenção ainda deixará registrado o empenho da Abracorp em buscar o futuro, mas sempre com o pé fincado no presente, comprovado pela sensacional (não cabe outro adjetivo) palestra do Tiago Pessoa de Mello, CEO de Marketplace do Banco Mercantil, um executivo à frente do seu tempo, ex-Harvard, Stanford, MIT e Wharton, que nos deu um banho imersivo sobre novas tecnologias, tendências e comportamentos para os próximos 5 anos !

Foi uma convenção produtiva, com um networking valoroso entre parceiros importantes que buscam sempre o melhor e que comprovou que a Abracorp seguirá crescendo e reunindo as melhores agências corporativas, produzindo os maiores números e gerindo a maior massa de dados, aplicando as melhores práticas e oferecendo serviços top, além de continuar sendo o principal forum do que há de melhor entre as TMCs do mercado brasileiro de viagens corporativas.

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IATA BUSCA CONTROLAR DISTRIBUIÇÃO COM NDC

IATA busca controlar distribuição com NDC.

Na segunda vez que analisei o NDC aqui no Blog B2BTech, citei o cronograma inicial divulgado pela IATA na época, com o prazo de 5 anos para implementação do NDC, mas também “chutei” que a adesão das cias. aéreas levaria pelo menos 10 anos !

Abordamos o NDC aqui no B2BTech desde 2013

Pois não é que o NDC (New Distribution Capability) completou 10 longos anos no mês passado, foi em março de 2013 que a IATA apresentou solicitação ao Departamento de Transportes dos EUA (DOT) para aprovação da Resolução 787 da Conferência de Serviços de Passageiros sobre o padrão técnico básico para o NDC (que nada mais é do que um padrão de mensagem XML), para atualizar o padrão pré-Internet existente.

Pouco mais de 2 anos depois, em dezembro de 2015, o sistema Reserve lançou uma integração com o recém desenvolvido sistema NDC da American Airlines, que permitiu à Copastur emitir o primeiro bilhete aéreo no padrão NDC nas Americas, alguns meses antes do que os próprios desenvolvedores do padrão NDC, demonstrando, na época, que o NDC é viável e que veio para ficar: COPASTUR, RESERVE E AA EMITEM 1o. TKT NDC NAS AMERICAS

Hoje já não é mais novidade pra ninguém que o padrão NDC foi concebido pelo IATA para que as cias. aéreas retomem o controle estratégico da distribuição de seus serviços, nas mãos dos GDS (Global Distribution Systems) há pelo menos 40 anos, mas ninguém também tem dúvidas de que os GDS estão e continuarão no jogo da distribuição, especialmente se conseguirem reduzir substancialmente seu custo por segmentação para as cias. aéreas.

Nesta primeira década de existência do NDC, todas as cias. aéreas que aderiram na prática ao novo padrão, referem-se à esta decisão como uma “estratégia para agregar valor à oferta de serviços e gerar mais qualidade na experiência dos clientes”, o que pode vir a ser a mais pura realidade, dependendo de quem seja o cliente, se a agência de viagens, o passageiro final ou a empresa pagante (no caso de bilhete corporativo).

Fato é que a LATAM é a primeira cia. aérea com forte capilaridade doméstica e internacional no Brasil que promete inaugurar seu sistema de reservas no padrão NDC já na próxima semana, se tudo der certo, no dia 1o. de maio de 2023, data que poderá marcar o início de uma mudança radical na forma como os clientes interagem com as cias. aéreas, que poderá impactar profundamente o mercado de viagens e turismo no Brasil. Ou não…

Há mesmo muito mais coisas em jogo na opção pelo padrão NDC, do que parece à primeira análise, mas este jogo mal começou.

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ESCOLHA DE SOFIA: VENDER VIAGENS OU ATENDER O CLIENTE?

Henry Ford é autor, entre outras, da famosa frase que inspira empreendedores até hoje, 120 anos depois: “Se eu tivesse perguntado aos consumidores o que eles queriam, teriam dito um cavalo mais rápido.”

Esta frase foi reeditada por outro especialista em marketing e criador de produtos inovadores focados na real necessidade do consumidor: ”As pessoas não sabem o que querem até você mostrar a elas” (Steve Jobs)

A partir desta premissa, insistimos todos em oferecer o que nós, agentes de viagens, acreditamos que as empresas precisam: viagens corporativas.

A pandemia do coronavírus nos mostrou que, se fôssemos seguir o que os clientes querem agora, estaríamos investindo em:

Treinamento à distância

Devido ao distanciamento social, o EAD virou febre. A febre vai passar, mas seus efeitos vieram para ficar.

Eventos remotos

O olho no olho via Zoom (e outras plataformas) não é a mesma coisa, mas funciona, seja para uma reunião ou para mega-eventos. Parece ser outra tendência que já virou realidade.

Teletrabalho

Empresas que não admitiam sua adoção, agora o defendem com fortes argumentos: redução de gastos com escritório, alimentação, transporte, ações motivacionais presenciais etc. Quem tinha dificuldade em avaliar o desempenho de cada colaborador a partir de métricas subjetivas, passou a fazê-lo baseado no único indicador que restou: a entrega de resultados.

Gestão de despesas

Com a pandemia, o mundo inteiro freou a lógica econômica, vigente desde a segunda guerra mundial, que preconizava investimentos permanentes no crescimento dos negócios como única solução para sua perpetuidade, estimulando gastos crescentes como estratégia para seguir adiante. Esta lógica foi posta em cheque e, agora e daqui pra diante, controlar todas as despesas passou a ser tão importante quanto foi reduzi-las durante a pandemia. 

Após analisar esses fatos, vejo que os agentes de viagens corporativas estão diante do desafio de escolher entre:

1) Seguir oferecendo o que sabem fazer, mas o cliente não quer e não pode comprar neste momento: viagens corporativas

ou

2) Direcionar seu time para oferecer o que as empresas precisam e mais querem neste momento: controle e redução de todas as despesas corporativas.

Como iniciei, concluirei este texto com outra frase famosa de Henry Ford, que também merece a nossa reflexão sobre qual caminho devemos seguir:

“Não nos tornamos ricos graças ao que ganhamos, mas com o que não gastamos”.

E é justamente nisso que todas as empresas do mundo estão dispostas a investir, agora e sempre: gastar menos e gastar melhor.

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