POR QUE SERÁ?

E lá vou eu na minha sina, não bastasse termos assumido o gigantesco desafio da Diretoria de Tecnologia e Integração da ABAV, e resolvemos começar a implantação de Grupos de Trabalho da ABAV justamente pelo tema Tecnologia, conforme o Portal Panrotas publicou.

Por que será?

Conforme afirma o Edmar no post Tecnologia, sem mitos e preconceitos do Blog Espaço ABAV, “não foi difícil identificar por qual segmento deveríamos começar, na missão de organizar grupos de trabalho em busca de soluções para os problemas do dia-a-dia do agente de viagens.”

Por que será?

A tecnologia já é o segundo item mais importante e de maior valor agregado à prestação de serviços de uma agência de viagens, de qualquer porte, de qualquer segmento, de qualquer lugar do mundo.

Por que será?

Este fato (já deixou de ser tendência) acaba de ser confirmado pela Sita, cuja apresentação no Air Transport IT Summit 2016, em Barcelona, transformou em dados estatísticos a realidade que todos nós, viajantes e profissionais da indústria de viagens e turismo, já vivenciamos há alguns anos.

Por isso, a ABAV destacou a Tecnologia como seu primeiro Grupo de Trabalho, considerando que o ICCABAV já trata o item número um em importância e valor agregado à prestação de serviços de uma agência de viagens: as pessoas.

Grupo de Trabalho de Tecnologia da ABAV reúne alguns dos mais experientes profissionais, especializados em tecnologia para distribuição de serviços de viagens e turismo, do Brasil
Grupo de Trabalho de Tecnologia da ABAV reúne alguns dos mais experientes profissionais, especializados em tecnologia para distribuição de serviços de viagens e turismo, do Brasil

Não conseguimos reunir todos (não há espaço para tantos), mas seguramente agrupamos a nata da tecnologia em viagens no Brasil (e ainda temos 3 vagas), com ótimas cabeças que nos ajudarão a buscar soluções, interpretar tendências e antecipar caminhos para o mercado de distribuição de viagens e turismo no Brasil.

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GRAÇAS A DEUS EXISTE SÃO PAULO

Que os cariocas me perdoem, mas São Paulo é quem está segurando a última corda do Brasil pendurado no poço…

Refiro-me aos cariocas porque além de estar entre as três maiores forças produtivas do Brasil, o Rio está recebendo vultosos investimentos em infraestrutura para um megaevento este ano, mas que, ao que tudo indica, deixará um legado de 60 mil desempregados após o término das obras para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e pelo menos 60 mil (coincidência) quartos de hotel para serem ocupados diariamente.

Antes das reações bairristas, lembro que sou carioca da gema, nascido no Lins, morador da Tijuca e da Barra da Tijuca (dirão que a Barra não é no Rio, mais bairrismo…) e amo minha cidade, dificilmente viveria em outro lugar por opção.

Mas é em São Paulo que as coisas acontecem no Brasil, é a cidade mais produtiva e cosmopolita do país, onde encontram-se trabalho, ensino, esporte, cultura e qualidade de vida, tudo em abundância e equilíbrio no mesmo lugar, incluindo os principais eventos de tecnologia no Brasil.

Para se ter uma ideia, o portal Eventbrite listou os 43 principais eventos de tecnologia no Brasil em 2016, focados em empreendedores, desenvolvedores e profissionais de social media, uma sucessão vertiginosa de circuitos, conferências, congressos, demos, exposições, feiras, festivais, fóruns, imersões, parties, shows, simpósios, summits, weeks, weekends, workshops, entre outros nomes, criativos ou não, para agregar profissionais e interessados em torno do mesmo objetivo.

Desses 43 eventos, 35 ocorrem ou têm edição na cidade de São Paulo, incluindo os 3 maiores e mais importantes:

Campus Party
(Janeiro – 8 mil participantes)
Maior evento de internet do mundo

Fórum Ecommerce Brasil
(Julho – 7 mil participantes)
Maior evento de e-commerce da America Latina

Futurecom
(Outubro – 14 mil participantes)
Maior evento de TI da America Latina

São quarenta e três grandes eventos relacionados ao mercado de tecnologia, uma quantidade que nos faz reconsiderar a máxima de que “temos eventos de turismo demais no Brasil”.

Será que temos mesmo muitos eventos de turismo ou nossos eventos de turismo é que estão muito parecidos, com o conteúdo girando sempre em torno dos mesmos temas, ano após ano, evento após evento, além dos formatos repetitivos baseados na dupla estandes/palestras (seja lá o nome marqueteiro que se dê a isso).

Não, eu não tenho a fórmula do sucesso, mas sei que a mesmice não funciona mais e, por isso, mais do que nunca, inovar é preciso.

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O QUE FOI O FÓRUM PANROTAS 2016

O Fórum Panrotas transformou-se num conceito, uma marca, já é parte do trade e, justamente por isso, imagino a responsabilidade da Panrotas com cada edição, em especial com a natural expectativa que todos temos, de que cada edição superará a anterior, num processo evolutivo sem fim.

Por isso, costumo postar as impressões que colho de alguns participantes, amigos e conhecidos, logo após o término do evento, buscando uma média entre as opiniões, um senso comum, mas sem o compromisso com a precisão, afinal, raramente as opiniões sobre um evento deste porte convergem para um mesmo ponto.

O QUE FOI SHOW !

Networking
Sem dúvida, um dos pontos fortes do fórum desde sua primeira edição, voltou a ser o grande destaque em 2016, com os amplos espaços reservados para o relacionamento, sempre cheios, antes, durante e após as palestras. O maior show continua sendo o das pessoas e seu intercâmbio de ideias, oportunidades e negócios.

Fabiana D’Atri
Unanimidade, entre as opiniões que ouvi, como a melhor apresentação do FP 2016, a economista do Bradesco “conversou” com a plateia, tal sua facilidade em discorrer sobre o tema e seu pouco (ou nenhum) envolvimento com o trade, que a levou a proferir frases que reproduzem seu verdadeiro sentimento como consumidora de viagens. Nosso mercado ainda resiste e sofre ao ouvir verdades, mas é preciso ouvi-las.

O QUE NÃO FUNCIONOU

Palco arena
Já tentado em outros eventos, essa aparente inovação não agrada ao público (metade da plateia assiste ao evento olhando as costas do palestrante), não é legal para o palestrante (que não sabe para onde se dirigir e se sente desconfortável e inseguro) e nem estimula o patrocinador (que vê diluída a exposição de sua marca).
Trata-se de um modelo que requer ensaios para funcionar e demanda uma dinâmica para palestrantes profissionais, o que, além de fugir da proposta do evento, retiraria sua espontaneidade.

Climatização do Golden Hall
Todos somos fãs do Golden Hall, espaço espetacular para eventos deste porte, mas a recorrente insuficiência da climatização prejudica o Golden Hall e seus eventos, em especial quando as justificativas técnicas variam, de evento para evento, mas o problema permanece.
Climatização não é questão técnica, é questão de investimento e o WTC deveria repensar este ponto.

O QUE FUNCIONOU

Izabella Camargo
A cada ano a jornalista da TV Globo surge mais elegante, bonita e articulada e segurou com profissionalismo e simpatia o improvisado bate-papo com os patrocinadores de algumas palestras e todas as apresentações de painéis.

Sala PAP
O novo nome (não oficial) da antiga Sala VIP expressou mais claramente seu objetivo e agradou, com conforto e privacidade, os palestrantes, autoridades e patrocinadores.

Diversidade de conteúdo
A variedade de temas e a agenda das palestras favoreceu a participação de todos aqueles que não podem dedicar 2 dias inteiros ao evento (provável maioria dos inscritos). Ponto para a organização, mas a solução definitiva parece ser outra.

O QUE SEMPRE FUNCIONA

Família Alcorta
É impressionante como a família de Guillermo (Marianna, Guilherme e Ricardo) mantém o que chamo de “brilho da sucessão”, que nada mais é do que o equilíbrio entre o peso de uma história de sucesso e o desafio de manter uma trajetória vencedora. Quem conhece de perto nosso mercado, sabe que isso é conquista para poucos.

Equipe Panrotas
Parcialmente renovada, mas atuando sob a batuta de profissionais experientes, a equipe Panrotas é garantia de sucesso para o Fórum, mesclando o frescor de novas cabeças com a experiência dessa gente que sempre fez.

O QUE O FP FICOU DEVENDO

Cias. aéreas nacionais
As ausências da Gol e da TAM (e suas cadeiras vazias) transformaram o tradicional painel das cias. aéreas no mais morno debate do evento.

Empreendedorismo
A escolha deste tema como alvo central desta edição do FP foi um baita acerto, mas o modelo utilizado não valorizou o quanto o empreendedorismo tem crescido e aparecido na economia brasileira.
Foi colocado o alvo certo na parede, mas faltou acertar na mosca.

Novos blogueiros
O relançamento da Blogosfera Panrotas, na véspera do Fórum Panrotas, tornou o evento uma oportunidade incrível para divulgação dos novos blogueiros, aqueles que estão chegando agora. Um painel com esses jovens profissionais atrairia a curiosidade da plateia em conhecer os perfis, projetos e opiniões de quem poderá ajudar a criar um novo “mindset” para a nossa indústria.

Ecommerce
Ao lado de empreendedorismo, o ecommerce talvez seja o assunto mais pujante na economia brasileira e mundial atualmente e, por isso, faltou uma abordagem mais profunda desta nova indústria, gigante, em que viagens e turismo tem participação importante. Alguns painéis do FP 2016 tangenciaram o tema, mas a próxima edição seguramente não deixará essa realidade escapar…

EM ALTA NO FP 2016
– Startups
– Inovação
– Disruptivo

EM BAIXA NO FP 2016
– Evento em 2 dias
– Painéis tradicionais
– O tal do “rapidinho”

O resumo da ópera é que, apesar do ano difícil (não se pode falar em crise), o Fórum Panrotas 2016 manteve a sua coroa como o melhor e mais importante evento para lideranças da indústria de viagens e turismo da América Latina.

A edição de 2017 promete, nos vemos lá !

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