PARA QUE A GESTÃO NÃO ACABE EM PIZZA

Ótimo texto da Patricia Thomas sobre controle de despesas, formalizando de forma inequívoca que o escopo do gestor de viagens não é mais somente gestão de viagens. Leia aqui o que postou nossa presidente da Alagev sobre este assunto.

“Ah, mas todo mundo já sabia disso”, dirão alguns…, mas o fato é que há muitos travel managers que ainda acreditam que seu papel e sua responsabilidade, além de gerir, orientar e apoiar os viajantes da empresa, são limitadas aos tradicionais serviços de viagem e seus fornecedores (cias. aéreas, redes hoteleiras, locadoras de automóveis etc), quando na verdade, as despesas do viajante, como alimentação, transporte terrestre (taxi, uber, ônibus, BRT, VLT, trem etc.), combustível, km rodado, pedágio, estacionamento, internet, despesas extras de hotel, assento especial, bagagem extra, entre outras, podem representar um volume financeiro entre 50% a 80% (ou até mais) do valor total gasto com passagens aéreas e hospedagens.

As despesas durante a viagem podem dobrar o gasto total da viagem
As despesas durante a viagem podem dobrar o gasto total da viagem

Para estabelecer o orçamento de viagens a ser proposto para o próximo ano, Patricia destaca a importância do levantamento dos resultados da gestão de viagens realizadas, incluindo as chamadas despesas de viagens, através da coleta de diversas fontes de informação diferentes: a TMC, o OBT, o cartão de crédito e a área financeira da empresa que, no final das contas, é onde todas as despesas aterrisarão.

Penso que esta busca fragmentada de informações, além de pouco eficiente, só é necessária se a empresa não dispõe de uma completa plataforma de expense management integrada ao ERP da empresa, caso em que todas as fontes de informação citadas (TMC, OBT, CC e ERP) são integradas e conciliadas de forma automática, conforme testemunho da Cia. Suzano de Papel e Celulose, em matéria publicada no Panrotas na semana passada.

A integração de um expense and travel management ao ERP cria o processo end-to-end
A integração de um expense and travel management ao ERP cria o processo end-to-end

Não se trata de uma solução isolada desta ou daquela ferramenta, deste ou daquele ERP, para esta ou aquela empresa cliente, mas de um conceito de integrabilidade entre soluções tecnológicas distintas que, juntas, compõem o verdadeiro conceito end-to-end de gestão de despesas e viagens corporativas.

As grandes empresas começam a perceber as reais vantagens de implantar um sistema de gestão de despesas e viagens que, de forma integrada, coloca o poder de seu ERP na ponta dos dedos do viajante corporativo, agregando informação, serviço, mobilidade e compliance a quem efetivamente deve ter o compromisso de consumir, preferencialmente com zelo e parcimônia, cada fatia da pizza: o viajante corporativo.

O verdadeiro responsável pelo consumo parcimonioso da pizza são os próprios viajantes corporativos
O verdadeiro responsável pelo consumo parcimonioso da pizza são os próprios viajantes corporativos

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NASCIMENTO, VIDA E MORTE DE UMA NOVA TECNOLOGIA

Tenho testemunhado muitas “tendências” ao longo dos últimos anos, algumas nascem e morrem com a mesma velocidade dos modismos tecnológicos alimentados pela massa de internautas ávidos por qualquer novidade, casos de MySpace, Second Life, Groupon (compras coletivas, lembra?), Pokemon Go (oooooops, me arrisquei aqui, tem muita gente apostando nisso), entre outros.

Outras tendências surgem com o carimbo da perpetuidade (olha aqui outra palavra esquecida nesses tempos de efemeridade), elas nascem, crescem, evoluem e entram nas nossas vidas para ficar. Podem até ser substituídas um dia, mas não morrerão jamais, casos de buscadores (Cadê? e Yahoo! X Google ou Orkut X Facebook e outras redes sociais).

Essas tecnologias disruptivas (busca por algoritmo e rede social) não pertencem a nenhuma dessas marcas, nem às substituídas nem às atuais, pois as marcas e seus serviços podem ser (e provavelmente serão) substituídas um dia, mas os conceitos já estão assimilados no nosso dia-a-dia.

Continuarão evoluindo, podem ser atualizados e transformados, conforme as novas tecnologias permitirem, mas não morrerão mais, devido à sua relevância para as pessoas (acesso ilimitado à informação e gestão do relacionamento social).

Guardadas as proporções, tenho abordado aqui com certa frequência sobre as oportunidades que o “expense management” tem gerado para as TMCs que estão antenadas com as demandas de seus clientes corporativos.

Gestão de despesas corporativas é um conceito ainda pouco compreendido no Brasil
Gestão de despesas corporativas é um conceito ainda pouco compreendido no Brasil

Alguns dos principais eventos relacionados a gestão de viagens corporativas (Lacte, Forum Costa Brava, GBTA Brasil etc.), e até mesmo eventos de maior porte que apontam as tendências do turismo (Forum Panrotas e ABAV Expo, por exemplo), estão antenados para esta nova realidade e destacaram o “expense management” em suas edições deste ano.

Muitas empresas já entendem que não basta a uma TMC gerir suas demandas por serviços de transporte aéreo e de hospedagem, por perceberem que as despesas indiretas do colaborador podem representar um sorvedouro de recursos que literalmente jogam os “savings” pro ralo…

Alimentação, transporte terrestre (taxi, uber, onibus, metrô, BRT, VLT etc), combustível, estacionamento, pedágio, Wi-Fi a bordo, assento conforto e outros gastos imprevistos durante uma viagem corporativa podem dobrar o custo da missão de um colaborador em outra cidade.

As TMCs podem dobrar seu escopo de serviços para a mesma carteira de clientes corporativos
As TMCs podem dobrar seu escopo de serviços para a mesma carteira de clientes corporativos

Essa aderência das empresas, que já percebem as vantagens da tecnologia de “expense management” (ágil, leve e objetivo) operando integrado ao seu ERP (lento, pesado, complexo), confirmam que esta é uma tecnologia que veio para ficar.

Você pode acreditar agora, ou assistir o conceito de gestão de despesas crescer, ou ainda esperar até 2020 para comprovar o que afirmo aqui.

Em que você vai apostar?

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OPONENTE INVENCÍVEL

(Pode não parecer, mas este texto é uma homenagem ao Artur)

Em 05/02/2016, publiquei o 500o. Post do Blog Distribuindo Viagens, encerrando uma saga de 6 anos em que estive à frente deste tema na Blogosfera do Panrotas.

Desde que iniciei o ofício de escrever regularmente para o mercado de viagens e turismo, em março de 2010, estabeleci alguns objetivos, indicadores e metas, exatamente como faço em todos os desafios profissionais e, neste caso, o objetivo era produzir conteúdo relevante que levasse o Blog não somente a ser bem lido, mas também comentado e dabatido pelos diferentes players do mercado.

A partir de 2012, comecei a pensar em tentar disputar a liderança da audiência entre os Blogs Panrotas, mesmo sabendo que eu teria que encarar o Artur, nosso editor-chefe, como a referência a ser alcançada. “Muito difícil chegar perto da audiência do editor-chefe de um veículo de imprensa, em especial com a qualidade dos textos do Artur”, pensei com meus botões, buscando uma improvável estratégia.

Nessa área, Artur representa a figura do oponente invencível, o mais lido, comentado, respeitado e, em alguns casos, temido blogueiro do Panrotas. “Como encarar um Golias deste tamanho?”, pensei. Ao mesmo tempo que parecia impossível, também era uma referência incrivelmente desafiadora e eu não conseguia evitar de, pelo menos, tentar chegar perto da audiência do Artur.

Meta estabelecida, analisei as variáveis envolvidas no processo para perceber quais poderiam ser controladas e passei a estudar, aprimorar e aplicar 5 táticas, ao elaborar e publicar cada post:

1 – Priorizei o CONTEÚDO, focando em atualidade, variedade e relevância.

2 – Lapidei o FORMATO, visando estilo, objetividade e leveza.

3 – Trabalhei o TÍTULO, buscando síntese, atratividade e curiosidade.

4 – Automatizei a PUBLICAÇÃO, estabelecendo frequência, regularidade e pontualidade.

5 – Investi no LEITOR, estimulando participação, debate e contraditório.

Criei esta cartilha e procurei segui-la, pois os blogueiros do Panrotas não recebem qualquer tipo de limite ou censura, apenas uma orientação editorial relacionada ao nome do Blog, visando a abordagem regular do tema. O resultado deste trabalho (sim, é um trabalho, prazeroso como qualquer trabalho que se goste de fazer) foi conquistado seguramente graças aos leitores e comentaristas do Blog Distribuindo Viagens, a quem sou muito grato por tudo o que aprendi e continuo aprendendo nessa experiência única de ser Blogueiro Panrotas.

Ok, mas e agora?

Novo Blog, novo tema, novo desafio. Como manter a audiência para um Blog ainda mais específico e muito mais técnico? Como destrinchar, de forma atrativa, temas relacionados à tecnologia corporativa, ou seja, tecnologia desenvolvida, operada e consumida pelas empresas?

Ou ainda, como descreveu nosso novo chefe, o Renê Castro, o B2B Tech focará em “tudo sobre ferramentas e modelos de negócios baseados em tecnologias para o ambiente de viagens corporativas”.

Encaro como o desafio de reescrever uma história de sucesso, mesmo consciente das dificuldades, da nova realidade de nosso mercado e da aparente aridez do tema chave deste novo Blog, o qual requer um novo objetivo e uma mudança abrupta de rumo, uma estratégia diferente da anterior.

O propósito agora será outro, mas permanece o desejo de ser merecedor do interesse e da participação dos leitores.

Estamos prontos pra recomeçar…!

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