O título deste post não se refere aos lindos grafites a céu aberto nas fachadas dos armazéns do Porto do Rio. E sim à exposição de “A cor do Brasil” no Museu de Arte do Rio, programão para quem vier à cidade neste segundo semestre. Assim como a mostra “O triunfo da cor”, com obras do pós-impressionismo no CCBB carioca, sobre a qual escrevi no post anterior, a “A cor do Brasil” foi inaugurada pouco antes de começarem os Jogos Olímpicos. Mas eram tantas as atrações que só tive tempo de ir vê-la quando as terminaram as Olimpíadas.
O maior destaque da exposição, durante todo o mês de agosto, foi o “Abaporu” (1928), de Tarsila do Amaral. A nossa Monalisa já voltou para o Museo de Arte Latinoamericano (Malba) de Buenos Aires, onde mora. Mas há muito mais o que apreciar até 15 de janeiro de 2017. Inclusive outras obras de Tarsila, como “Antropofagia” (1929). De paisagens do século XVII pintadas por Frans Post aos representantes da Geração 80, passando por clássicos de Lasar Segall, Guignard e Portinari e depois pelo neoconcretismo dos Metaesquemas de Helio Oiticica e dos Bichos de Lygia Clark, a abrangente mostra com mais de 300 obras ocupa dois andares do museu. Não deixe de ver “Samba” (1928), de Di Cavalcanti, de volta ao Brasil depois de 80 anos no México. A curadoria é de Paulo Herkenhoff e Marcelo Campos.
Qualquer visita ao MAR deve começar sempre pelo terraço, para ver ou rever o panorama da Praça Mauá com o Museu do Amanhã e a Baía da Guanabara com a Ponte Rio-Niterói (na foto em destaque na abertura do post). Depois é só descer um andar para ter acesso à passarela que liga os dois prédios do museu e dá acesso às salas de exposição. Na saída, não deixe dar uma passada na loja de objetos de design Novo Desenho.
A visita ao MAR pode (e deve!) ser combinada como uma volta pela Praça Mauá e pelos armazéns grafitados. Para comer e beber, há food trucks na praça e bares e restaurantes nos arredores, como o Imaculada no Morro da Conceição, sobre o qual escrevi aqui. O restaurante Mauá, no terraço do museu, especializado em cozinha brasileira moderna, também é muito bom. Quando fui ver “A cor do Brasil”, no meio da tarde de um dia de semana, o restaurante estava lotado e com fila de espera. Acabei optando por um sanduíche em um dos food trucks da praça, Le Petit Paris, e fui bem feliz.
Serviço
Museu de Arte do Rio. A exposição “A cor do Brasil” pode ser vista até 15 de janeiro de 2017. O MAR abre de terça-feira a domingo, das 10h às 17h. Praça Mauá 5. Tel. +21 3031 2741. www.museudeartedorio.org.br