Novas razões para seguir otimista

Quem me conhece sabe que sou, por natureza, um otimista. Mesmo diante dos cenários mais adversos, sempre enxerguei uma oportunidade, por menor que fosse. É também uma característica intrínseca da minha personalidade o exercício diário que faço para disseminar esse otimismo entre os meus pares. Uma tarefa difícil, que já me rendeu críticas, mas que sigo desempenhando porque não sei atuar de outra forma.

Apostei e sigo apostando na retomada do desenvolvimento do turismo brasileiro, e faço coro com os  principais executivos de hotelaria, agências, operadores e organizadores de eventos ouvidos no estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas, a pedido do Ministério do Turismo, que aponta  uma expectativa de crescimento de 16,2% para o setor este ano.

Quando locadoras de automóveis, empresas de transporte rodoviário, meios de hospedagem e operadoras de turismo, nessa ordem, lideram entre os ramos que atestaram maiores expectativas de ampliação no faturamento, não há como não ver um horizonte aberto também para os agentes de viagens. Somos o principal canal de venda desses segmentos, e se eles crescem, todos crescemos.

Refiro-me à Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo publicada na última segunda-feira, tendo como base amostral as 80 maiores empresas do setor de turismo do Brasil, que juntas totalizaram R$ 64,6 bilhões de faturamento e 115 mil postos  de trabalho em 2015. Recomendo fortemente a leitura desse estudo, que em 117 páginas mapeia os nove principais segmentos do setor,  e me permito encerrar replicando o  breve resumo da lista de expectativas (otimistas para seis deles), em relação à evolução da economia em geral e a seus próprios negócios, em particular:

Agências de Viagens: Expectativa de conquista de novos clientes, e investimentos realizados em tecnologia, serviços e na área comercial, visando a conquista de novos negócios, além do incremento dos atuais;

Locadoras de Automóveis: Aumento do turismo doméstico e uma atuação mais intensa no mercado de pessoas físicas com uma mudança de comportamento do brasileiro, passando a ter mais o hábito de alugar veículos;

Meios de Hospedagem: Aumento da demanda nacional, e também na vinda de turistas estrangeiros no período dos Jogos Olímpicos;

Operadoras de Turismo: Jogos Olímpicos, redirecionamento dos produtos para consumidores que migraram para pacotes domésticos e mantiveram os gastos comparados às viagens internacionais;

Transporte Rodoviário: Reajustes tarifários a serem concedidos pelos órgãos reguladores;

Turismo Receptivo: Maior visibilidade do País no exterior em consequência dos Jogos Olímpicos, e aumento da demanda de turistas para o destino Brasil;

Organizadoras de Eventos: Momento econômico instável do País;

Transporte Aéreo: Redução da oferta de voos.

ABAV Profissional

Organizar Grupos de Trabalho na busca de soluções para os problemas do dia a dia do agente de viagens. Para viabilizar esse grande objetivo do nosso pilar ABAV Profissional , já temos três times formados. Depois da criação do GTT-A, no mês passado, esta semana avançamos alguns passos introduzindo mais dois grupos que atuarão conosco na discussão de temas muito oportunos para a nossa categoria.

Pelo caráter estratégico, o tema  Compras Governamentais e Companhias Aéreas trataremos dentro de um Grupo de Trabalho formado pelos presidentes da ABAV-DF, Carlos Vieira; ABAV-SP, Marcos Balsamão; e ABAV-AC, Janete Franke; além do nosso assessor jurídico, Dr. Marcelo Oliveira. A Central de Compras e Contratações vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) é pauta prioritária deste comitê da ABAV.

Lutamos já há dois anos para que se faça um ajuste no modelo implantado, que ao extinguir o processo de licitações, estabelecendo a compra direta com as companhias aéreas, prejudica e impede de exercer seu legal direito de pleitear atendimento às contas do governo nada menos que 493 agências de viagens cadastradas.

Nosso terceiro grupo foi formado ontem envolvendo a nova geração de agentes de viagens, jovens que ao contrário do que muitos propagam,  acreditam e enxergam futuro nessa atividade.  Eles trabalharão conosco, voluntariamente, na busca de ideias inovadoras e viáveis para o nosso segmento. Agregando aos nossos projetos não apenas a natural disposição dessa nova geração de gestores, mas também o conhecimento que eles têm sobre as novas tendências do mercado, nos proporcionando uma saudável troca de experiências e oportunidades de crescimento profissional que estenderemos aos nossos associados.

Eles são protagonistas das mudanças necessárias ao crescimento e à renovação dos negócios das empresas das quais fazem parte,  e agora integrados ao Grupo de Trabalho ABAV Jovem estão dispostos a oferecer o necessário suporte para a construção do futuro dos agentes de viagens em todo o Brasil.

Gestão participativa

Criar uma agenda que me permitisse inserir visitas periódicas às nossas 27 ABAVs regionais  foi uma meta pessoal que estabeleci  ao assumir a presidência da Nacional. À Brasília fui incontáveis vezes este ano, mas preso aos assuntos  que acompanhamos com o governo, ainda não houve tempo para além de uma visita rápida ao nosso presidente Carlos Vieira.

Já as frequentes idas ao Rio de Janeiro,  por conta dos negócios na filial da Copastur, me permitiram duas ou três visitas à presidente Teresa Cristina Fritsch, e a cada uma delas voltei mais impressionado com o modelo de gestão que em tão pouco tempo ela tem conseguido imprimir na estadual que preside.

Sem demérito nenhum às gestões anteriores ou mesmo  às de outras ABAVs, me sinto muito a vontade para destacar o trabalho da presidente, que tem sido um case de referência até mesmo para a Nacional, na medida em que nos auxilia na difusão de suas boas práticas para as demais.

Por suas iniciativas em marketing, capacitação, projetos bem sucedidos como a comissão de mediação e arbitragem, pesquisas online e a promoção de encontros com associados e palestras com especialistas,  Teresa Cristina está colocando em prática todos os preceitos da Gestão Participativa proposto em nosso plano estratégico: Estimular a inovação, a criatividade e a objetividade;  gerir com estratégia, executar com eficácia e focar no resultado; praticar marketing inteligente, moderno e economicamente viável, priorizando as mídias sociais; buscar inteligência de mercado na gestão do associado; e conquistar novos associados através da geração de valor.

Por meio deste e de outros exemplos de sucesso, que estou certo o tempo e minha agenda ainda me permitirão conhecer, vamos construindo o conceito de que juntos somos mais fortes. Está nas mãos de quem lidera hoje as ABAVs estaduais, o legado de unicidade para a ABAV que queremos no futuro.