Muitos empreendedores buscam a internacionalização e ter oportunidade de gerir sua empresa de outro país, seja por conta de um mercado mais favorecido ou por falta de recursos aqui no Brasil. E quem está se tornando um país referência para empreendedores é o Canadá. Há alguns anos o incentivo pela imigração e pela abertura de startups só aumenta, desde 2013 são abertas 2.750 vistos para empreendedores irem para lá.
Mas, antes, vamos entender quando e porquê os canadenses assumiram esse posto. O país, desde 2004, está se estruturando economicamente e o primeiro ponto que chama atenção, ainda mais para nós brasileiros, são os impostos. Usando os Estados Unidos como exemplo, outra potência quando falamos de startups e tecnologia, os impostos são 46% mais altos que no Canadá.
Ainda falando especificamente sobre negócios, de acordo com a Forbes e Bloomberg, o Canadá é o melhor país para se fazer negócio dentre os integrantes do G20 e, desde 2004, é o país mais estável do G7, o que atrai não só investidores, mas também parcerias internacionais e facilidade de negociação.
Fora dos negócios, o destaque fica para a força de trabalho. Dentre os canadenses na população ativa, 61% completaram o ensino superior, no Brasil, apenas 14% concluíram. Encontrar profissionais de qualidade por lá, com certeza, não é um problema.
E para quem achava que não dava para melhorar, as 2.750 vagas que comentei acima são para candidatos ao Startup Visa Program, um projeto do governo do Canadá para captar empreendedores do mundo todo. O Canadá foi o primeiro país a criar um visto específico para empreendedores que querem abrir ou gerenciar sua startup de lá. Claro, existem pré-requisitos para ser selecionado como incubar sua empresa lá, ter investimentos apenas de fundos e investidores canadenses e a sua equipe precisa ter fluência em inglês ou francês.
Uma pergunta que me fiz quando visitei o Canadá e conheci o Startup Visa Program foi: porque o Canadá precisa tanto chamar empreendedores para virarem residentes? Entendendo um pouco mais sobre o país e conversando com pessoas que moram por lá, percebi que todos estão muito bem acomodados por lá, todos tem boas empregos, vivem bem financeiramente e por isso não precisam se preocupar em abrir empresas ou pensar em empreender.
Mas, chegou um momento em que o país precisava de novas ideias, as grandes empresas precisavam resolver problemas antigos, mas sem novas ideias, não era possível. Ou seja, eles precisam da energia criativa e empreendedora de pessoas de outros países interessadas em crescer no Canadá.
O programa e o fomento nas cidades que citei acima, além do investimento nos empreendedores que já estão por lá, é um ação do governo para movimentar o mercado nacional e estimular parcerias externas. Hoje, o Canadá está no NAFTA, acordo de países da América do Norte e Central e no CETA, uma espécie de acordo de livre comércio com países europeus.
Ainda assim, o mercado canadense é bastante conservador, é necessário ter uma proximidade com as incubadoras, aceleradoras, investidores e outros parceiros. Portanto, é essencial para você empreendedor visitar o Canadá, conhecer os principais centros de inovação e tecnologia, como Waterloo, a segunda cidade do mundo com maior densidade de startups, ficam atrás apenas do Vale do Silício. E a região, como Toronto e Cambridge estão seguindo o mesmo caminho.
Em setembro, o Canadá sediará mais uma edição da Creative Business Cup, campeonato de empreendedores criativos realizado pela ProjectHub e este é um momento não só de fomento, mas de network de aprendizado sobre a economia criativa, empreendedorismo e o mercado de startups. Neste período, vou liderar uma Missão Internacional em parceria com a Next Level Hub com empreendedores brasileiros para sentir a experiência e como funciona o mercado canadense.
Quem estiver interessado, existem duas formas de fazer parte da missão: através do CreativeHub, meu programa de mentoria, por lá os empreendedores participantes passarão por uma banca e um será selecionado para se juntar a missão com todas as despesas pagas. Fora da mentoria, você pode comprar o pacote e participar.
Para dúvidas e acompanhar a economia criativa pelo mundo, acesse o site da ProjectHub
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