Neste ano importante para repensar modelos de negócio que assegurem a competitividade quando o mercado retomar seu crescimento, as grandes empresas estão encontrando alternativas já conhecidas pelo ecossistema de inovação para se manterem atualizadas e acompanharem as necessidades dos clientes e a velocidade da revolução digital. No último dia 25, a Gol, empresa de linhas aéreas brasileira, inaugurou em um de seus galpões no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a Gol Labs, espaço em formato de laboratório, para acelerar projetos com muita criatividade.
Seguindo os passos de empresas como a Microsoft e a Samsung com seus projetos para apoiar startups, a multinacional brasileira decidiu entrar para o time de uma forma diferente. A Gol Labs tem a função de trabalhar projetos para a empresa-mãe como novidades tecnológicas, melhorias na experiência do usuário, entre outras novidades, tudo isso em semanas, o que antes poderia durar meses.
Uma nova ferramenta criada pela equipe de tecnologia poderia demorar de seis meses a um ano para ser efetivamente implantada considerando todo o processo de validação, aprovação e implantação. E isso não acontece apenas na Gol. Diversas empresas ficam para trás quando falamos de tecnologia e inovação por conta de impasses internos.
Levando os projetos para a Gol Labs, os novos projetos podem ser criados, recriados e aprovados fora da estrutura global da Gol. Assim, os produtos já chegam prontos e testados para a equipe de tecnologia interna, acelerando o processo. A meta, com esse formato, é poder fazer entregas funcionais todos os meses, o que antes era impossível.
O mais interessante desse passo da Gol é a nova opção que outras grandes empresas têm para se aproximar do universo empreendedor e, consequentemente, das desejadas startups. O formato, ainda que a Gol não tenha sido pioneira, é pouco utilizado no Brasil e reforça a importância da abertura das empresas para a inovação.
O próprio CIO da empresa, Paulo Palaia, comentou em entrevista que, além de acelerar os projetos, a Gol Labs tem a tarefa de observar o mercado e ficar atento a novas ideias que possam resolver problemas da multinacional para que parcerias e investimentos sejam feitos.
Nesse momento, nunca foi tão importante que empreendedores do mercado de Turismo estejam com seu pitch preparado e com seus modelos de negócio estruturados para uma eventual negociação com a Gol e com outras empresas da indústria. Não à toa, a PANROTAS se uniu a Lucas Foster, uma das principais referências em empreendedorismo e criatividade para lançar o primeiro programa de mentorias estruturado para empreendedores do Turismo. As inscrições ficam abertas até 20 de julho pelo link.
No Canadá, por exemplo, o incentivo às startups e a inovação se deu quando o governo percebeu que as grandes empresas precisavam de soluções para problemas antigos e, no mercado nacional, não existiam empreendedores para trazer ideias inovadoras que pudessem resolver tais problemas. A Gol pensou da mesma forma que o governo canadense, mas resolveu abrir a sua própria startup.
Iniciativas como essa no Brasil incentivam o crescimento de mercados colaborativos que priorizam a criatividade e a inovação como ferramentas para encontrar saídas e novas soluções problemas específicos e tem resultados impressionantes. Os espaços de co-working, o crescimento de aceleradoras e incubadoras no país e o investimento de grandes empresas em novas ideias são prova disso.
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