Natureza é destaque no Alchymist Prehistoric park, no ceará

Vista aérea do parque

Eles nunca saíram de moda, mas, de repente, os dinossauros começaram uma ampla invasão pelo Brasil. Nos últimos anos, temos acompanhado a abertura de grandes parques temáticos dedicados aos extintos dinossauros, que fascinam adultos e crianças, além das atrações com esse tema em parques já instalados. Para listar aqui alguns dos principais, o Vale dos Dinossauros, em Olímpia (SP), foi aberto em 2019, e o Terra dos Dinos, em Miguel Pereira, em 2022 (que já foi tema deste blog). No ano passado, foi a vez do Aventura Jurássica, levando todo esse universo para Balneário Camboriú (SC).

Neste ano, foi a vez do Ceará ganhar seu complexo “jurássico”. Em julho, o Grupo Alchymist, de empreendimentos como a Lagoa Encantada e a Lagoa Paraíso, ambos no Ceará, inaugurou o Alchymist Jurassic Park em Caucaia, a 30 quilômetros de Fortaleza e exatamente ao lado da Lagoa Encantada. Em sua primeira fase, o parque já reúne mais de 60 réplicas de dinossauros hiper-realistas, com destaque para o Argentinosauros, de 15 metros de altura e 38 metros de comprimento.

Os animatrônicos movimentam seus membros, girando a cabeça, aproximando as garras e emitindo sons: tudo ao mesmo tempo. Eles estão distribuídos ao longo de uma trilha natural, ao ar livre, de aproximadamente um quilômetro. Entre as espécies, estão dinossauros “clássicos”, que ganharam fama em filmes como “Jurassic Park”, de Steven Spielberg, caso da espécie Velociraptor, e também do Megalodon, logo no início da trilha.

Em meio ao cenário natural, as espécies estão espalhadas pelas árvores, encobertas pelas folhagens ou mesmo no alto de galhos. Há ninhos para conferir o tamanho dos “bebês” dinossauros e também filhotes entre as muitas espécies camufladas. Os sons vêm de todos os lados, tornando a experiência ainda mais realista. Um dos queridinhos para fotos é o Dilophosaurus, com cores vivas, um dos grandes predadores de sua época – como o animatrônico deixa claro!

Ampliação

Mais 20 réplicas de dinossauros devem ser entregues ao Alchymist Prehistoric Park. Além disso, outras atrações ainda serão incluídas na experiência do visitante, como a caixa de areia na qual as crianças poderão escavar e localizar fósseis e a aguardada “trilha aguática”, um percurso pelas águas para conhecer outras espécies de dinos. Ao todo, o parque conta com dez hectares e também deve ganhar uma caverna planetário e circuito de tirolesa.

Aberto de terça-feira a domingo, das 9h às 19h30, o parque pode ser visitado à noite, uma vez que escurece bastante cedo no Ceará. Certamente, uma experiência bastante distinta da visitação diurna! A visita ao Prehistoric Park pode ser combinada com a Alchymist Lagoa Encantada, ao lado, com espreguiçadeiras à beira da lagoa, restaurante, parque infantil e outras opções de lazer. Para valores atualizados e mais informações, vale seguir o perfil no Instagram, o @alchymistprehistoricpark.

Dinossauros em Miguel Pereira (RJ)

No final do ano passado, tive a chance de conhecer o Terra dos Dinos, parque de dinossauros em Miguel Pereira, na serra fluminense, a 150 quilômetros da cidade do Rio. Fui movida por muita curiosidade, afinal, antes da inauguração do Terra dos Dinos, desconhecia completamente a cidade que abriga o parque. Descobri que Miguel Pereira gaba-se de ter o terceiro melhor clima do mundo (!), situada a 618 metros acima do nível do mar, e sua história começa, justamente, por conta das boas condições climáticas, que levaram o sanitarista que deu nome à cidade a indicá-la para tratamentos médicos, no início do século 20.

Sem dúvida com temperaturas muito mais agradáveis que aquelas registradas na última semana de dezembro no Rio de Janeiro, Miguel Pereira é uma típica cidade do interior, de cerca de 27 mil habitantes, com ruas arborizadas, praças, construções charmosas e um parque de dinossauros que, em seu primeiro ano de funcionamento, recebeu 350 mil visitantes.

Mesmo os visitantes mais distraídos vão perceber a grande aposta no turismo que a cidade vem fazendo. Miguel Pereira quer ser o principal destino turístico da Serra Fluminense. O Terra dos Dinos foi o primeiro parque temático instalado, mas a cidade vive um processo de construções que inclui o maior pórtico de dinossauros do mundo, que terá 40 metros de comprimento e 16 metros de altura; a instalação da primeira Maria Fumaça do Rio de Janeiro; Museu de Cera; um parque indoor com neve, o Mundo da Neve; a primeira fábrica de chocolates da Lugano no Estado do Rio, investimento anunciado de R$ 100 milhões; uma unidade fabril da cerveja Proibida; e a segunda unidade do hotel de luxo Colline de France, de Gramado (RS), em investimento de quase R$ 500 milhões, previsto para iniciar neste mês.

A Serra Gaúcha é a clara inspiração no modelo de desenvolvimento turístico adotado por Miguel Pereira. Ainda no ano passado, a cidade inaugurou sua Rua Coberta, com praça de alimentação, restaurante com temática de dinossauros e modelo semelhante à rua coberta da cidade gaúcha. Com pouco mais de 3,5 mil leitos hoje, a cidade deve ver crescer esse número, deixando de ser um destino “bate-e-volta” do Rio de Janeiro, graças à quantidade de atrações que promete inaugurar nos próximos anos. O Terra dos Dinos é a primeira delas. Vamos a ele, então!

Maior parque de dinossauros do mundo

Visitamos o Terra dos Dinos em um dia em que houve queda de energia elétrica na região. Um indicativo de que a infraestrutura precisa acompanhar os investimentos privados. Avisados logo na entrada do parque de que muitos dos animatronics, os dinossauros robóticos com movimento e ruídos, não estariam funcionando plenamente, podíamos escolher entre remarcar a visita ou realizá-la mesmo assim. Com uma criança de 5 anos, a visita sem os ruídos acabou se mostrando mais agradável, sem sustos ou surpresas que crianças maiores e adolescentes certamente preferem.

A visita começa com a descida, em vans, para a entrada do parque. São cerca de 10 minutos de estrada de terra em meio à Mata Atlântica. Esse é, aliás, um dos pontos altos do parque para mim: todo ele foi construído em área de mata preservada, com ganhos em todos os sentidos, tanto na verossimilhança com o cenário original em que teriam vivido os dinossauros quanto pelo agradável passeio em trilha sombreada pela mata. Instalado em uma reserva de mais de 1,4 milhão de metros quadrados, é natural que o parque seja o maior do mundo em sua temática.

Ideal para famílias, o parque apresenta os dinossauros por meio de um storytelling bem desenhado, que cria um personagem central, com sua casa e laboratório no centro da visitação, e um meteorito que teria iniciado todo o processo de trazer de volta à vida os gigantes que habitaram o planeta. A partir daí, os visitantes caminham pela trilha desenhada na mata, com algumas inclinações e pontes suspensas, observando as diferentes espécies de dinossauros.

Em tamanho natural, as espécies têm placas de apresentação com informações sobre alimentação, período em que viveram e hábitos, entre outras. Sem os sons e movimentos produzidos pelos animatronics, pudemos realizar a visita atentos aos sons da mata, que se mostraram uma atração à parte!

Storytelling é um dos destaques na visitação

São mais de 40 modelos de dinossauros, divididos entre os períodos triássico, jurássico e cretáceo. Entre os destaques está o Argentinossauro, com mais de 30 metros de comprimento, maior réplica da espécie em todo o mundo. As crianças gostam muito dos ninhos com ovos de dinossauro, especialmente aqueles com filhotes por perto, e do final do passeio, concluído em uma grande caixa de areia sinalizada como área de escavação – onde os pequenos podem, de fato, ‘escavar’, realizando suas próprias descobertas. Realizamos o percurso em cerca de duas horas, porque o parque não estava cheio.

Além da trilha que todos os visitantes percorrem, há uma trilha suspensa e uma tirolesa, com ingressos vendidos separadamente. A trilha suspensa é um percurso de pouco mais de 200 metros, com trechos de até 10 metros de altura e tem como destaque a praça suspensa, com pontos de observação e contemplação da natureza.  Já a tirolesa tem percurso de 300 metros de extensão, com pontos de até 100 metros de altura. Crianças a partir de quatro anos já podem fazer. Para todos os preços atualizados, o site é www.terradosdinos.com.br.