Quais são os novos parques e atrações do Brasil?

No meio do mês, Campos do Jordão (SP) recebeu a sexta edição do SINDEPAT Summit, o evento dos parques e atrações do Brasil, promovido pelo SINDEPAT. Entre os lançamentos do evento esteve a 2ª edição do Anuário SINDEPAT, publicação que reúne as novidades em parques e atrações do Brasil no último ano, entre outras matérias e artigos. São compiladas as principais inaugurações realizadas entre maio de 2024 e maio deste ano, data em que é realizado o Summit, além de apresentadas também as novas atrações naqueles empreendimentos já instalados.

Somente em novos parques e atrações, foram 15. São diversos em temas e por todo o país. Há desde o Arvorar, no Ceará, do Grupo Beach Park, ao parque aquático Multiparque, em Santa Catarina. Há parques indoor, como a Oficina da Diversão, do Mundo Criamigos, em Gramado (RS), e a segunda unidade do Playcenter Family, em Santo André, no ABC Paulista.

O que todos eles têm em comum, no entanto, são os investimentos. Todos são resultado de grandes investimentos em um setor que, apesar das dificuldades que as variações no cenário econômico e as eventuais instabilidades jurídicas representam, segue em franca expansão no Brasil. Também no SINDEPAT Summit foi apresentado o Panorama do Setor de Parques, Atrações e Entretenimento no Brasil, reunindo dados sobre os atuais empreendimentos e os futuros investimentos. De acordo com o estudo, os parques e atrações instalados no país receberam 138 milhões de visitantes no ano passado, dez milhões a mais que em 2023, indicando crescimento da demanda e da oferta.

No Brasil, esse crescimento tem se mostrado contínuo nos últimos anos. No encerramento do SINDEPAT Summit, o presidente da associação, Pablo Morbis, destacou que o setor de parques e atrações talvez seja o único em que, de fato, não há concorrência. A abertura de um novo parque ou atrativo ao lado de um primeiro parque beneficia a todos. Quem viaja para visitar um, vai querer conhecer o outro. E ter mais opções de passeios/visitas é sempre um diferencial dos destinos na hora de atrair um visitante.

“Vocês acham que a Disney está preocupada com a abertura do Epic, da Universal? Eu tenho certeza que não. A Disney está celebrando essa abertura, porque um novo parque é mais um motivo para se visitar – e revisitar – Orlando. O nosso setor é possivelmente o único em que realmente não há concorrência, porque todos ganham com mais empreendimentos”, defendeu Pablo Morbis no encerramento do Summit.

Então, com vocês, os novos parques e atrações abertos no Brasil nos últimos 12 meses. E sim, a maioria deles têm outros parques e atrações ao redor!

Acquaventura, em Tamandaré (PE)

Alchymist Prehistoric Park, em Caucaia (CE)

Aquapark do Tauá Alexânia, em Alexânia (GO)

Arvorar, em Aquiraz (CE)

Carde Museu de Automóveis, em Campos do Jordão (SP)

Cristo Protetor, em Encantado (RS)

Lumina Park, em Foz do Iguaçu (PR)

Mercado Público Barrageiro, em Foz do Iguaçu (PR)

Mirante de Vidro Ultrapanorâmico, em Rancho Queimado (SC)

Multiparque, em Balneário Camboriú (SC)

Museu do Vinho, em Gramado (RS)

Oficina da Diversão (Mundo Criamigos), em Gramado (RS)

Playcenter Family, em Santo André (SP)

Roda Gigante de Ubatuba, em Ubatuba (SP)

Spitz Pomer, em Pomerode (SC)

Para conhecer um pouco mais sobre cada um deles, acesse o 2º Anuário SINDEPAT, disponível para download aqui. A publicação traz também uma lista de novidades nos parques e atrações já instalados, como a novíssima Surreal, maior montanha-russa aquática do mundo, inaugurada no Beach Park (CE), ou as novas atrações interativas de equipamentos como o NBA Park (RS) e o Space Adventure Balneário Camboriú (SC). Mas esse é tema para um próximo post…

Cacau show compra grupo playcenter

Marca mais conhecida do setor de parques no Brasil, o Grupo Playcenter teve sua venda anunciada ontem para a Cacau Show, que em 2023 foi, pelo segundo ano consecutivo, a maior rede de franquias do Brasil, com 4,2 mil unidades. O anúncio ocorreu na unidade Playland, do Grupo Playcenter, no Shopping Eldorado, na capital paulista, e reuniu os fundadores dos dois grandes grupos, Marcelo Gutglas, ícone da indústria de parques, e Alê Costa, da Cacau Show, como divulgado no Portal PANROTAS.

“Não poderia vender minha empresa para outra pessoa. Vejo nos olhos do Alê o brilho que sempre busquei em alguém que pudesse seguir com o meu negócio. Quando o procurei para falar sobre o Playcenter, sabia que ele era a pessoa certa”, disse Gutglas durante o anúncio. Com a aquisição, que ainda precisa ser aprovada pelo Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade), a Cacau Show faz sua segunda incursão no mercado de Turismo, uma vez que já ingressou na hotelaria com o Bendito Cacao, hotel em Campos do Jordão (SP), e o anúncio de um segundo empreendimento em Águas de Lindóia, também no interior paulista.

“Nossos primeiros 35 anos foram sobre cacau. Agora é a vez de falarmos de show”, disse Alê Costa, brincando sobre a marca. “Estamos adquirindo com muita honra um gigante do entretenimento, o Grupo Playcenter. Nos próximos 35 anos a missão é dar um verdadeiro show de diversão, adrenalina e emoção. Claro, tudo recheado de chocolate”, completou.

O anúncio é um marco para o setor de parques, não apenas pela referência que o Grupo Playcenter – detentor das marcas Playcenter Family e Playland – é, mas também pelos novos investimentos que o segmento de parques e atrações é capaz de atrair. Ao chamar a atenção de um dos empreendedores com trajetória mais bem sucedida do País, do setor alimentício e do varejo, o segmento de parques mostra o bom momento que vive, com mercado consumidor estimado em 89 milhões de visitantes/ano.

Além de adquirir o Grupo Playcenter, a Cacau Show também já sinalizou a construção de um parque temático em Itu, com projeto apresentado no final do ano passado na Câmara de Vereadores da cidade. Também no ano passado, Alê Costa adquiriu para a mega store da Cacau Show, em Itapevi (SP), sua primeira montanha-russa. Com ela, o espaço conhecido como Cacau Show Experience já soma cinco atrações – em um projeto inicial de parque temático.

Apesar das boas perspectivas que os novos investimentos representam para o setor, o tom de “despedida” de Marcelo Gutglas já deixou saudades entre os profissionais que conviveram com ele. “Somos um setor diferenciado. Trazemos para as famílias alegria, memórias afetivas, somos uma atividade que não polui e preserva, criamos uma comunidade solidária com troca de experiências, onde a segurança dos visitantes é a razão de nossa existência. Enfim, não somos concorrentes, mas sim sócios do mesmo mercado. O sucesso de um endossa o sucesso de todos”, defende Marcelo, que passará a ser conselheiro de Alê Costa no mundo dos parques e atrações.