Fórum de Turismo Religioso consolida o Brasil como referência no segmento

O turismo religioso deixou há muito tempo de ser apenas uma expressão de fé. Tornou-se também um fenômeno econômico, cultural e social que movimenta comunidades, preserva tradições e gera oportunidades. Em um mundo cada vez mais ávido por experiências transformadoras, o Brasil desponta como um dos principais polos globais desse tipo de turismo — e o Fórum Nacional de Turismo Religioso é a prova viva dessa vocação. Em 2025, o evento chega à sua sétima edição, entre 25 e 26 de novembro, no Cine Teatro do Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), reafirmando o país como referência internacional no segmento.

A força do Fórum está na sua capacidade de unir dimensões distintas: fé, cultura, negócios e conhecimento. Trata-se de um espaço onde gestores públicos, lideranças religiosas, profissionais do turismo e pesquisadores dialogam sobre como transformar a espiritualidade em uma alavanca de desenvolvimento sustentável. A presença de instituições como EMBRATUR, Ministério do Turismo, SEBRAE Goiás, ABBTUR e CNTur confere legitimidade e amplitude a essa agenda, revelando que o turismo religioso já não é um nicho, mas uma vertente estratégica da economia criativa e do turismo cultural brasileiro.

De acordo com dados apresentados recentemente pelo ministro do Turismo, Celso Sabino, e pela deputada federal Simone Marquetto, o turismo religioso movimenta cerca de R$ 15 bilhões por ano no Brasil, distribuídos entre as diversas celebrações e festividades que ocorrem de Norte a Sul do país.

Nesse contexto de crescimento recorde, o Fórum Nacional de Turismo Religioso assume papel central ao integrar fé, cultura e estratégia. O apoio do SEBRAE Goiás, com o Seminário de Turismo Religioso, reforça a importância do empreendedorismo local e das micro e pequenas empresas no fortalecimento desse ecossistema. Artesãos, guias, produtores culturais e empreendedores do entorno de santuários e destinos de fé encontram nesse movimento uma oportunidade concreta de prosperar de forma sustentável, transformando espiritualidade em desenvolvimento econômico.

Desde sua criação, em 2015, o Fórum diferencia-se pela continuidade e resiliência. Mesmo durante a pandemia, manteve suas atividades em formato digital, provando que a fé pode ser também motor de inovação. Agora, ao ocupar o espaço simbólico do Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade — um dos maiores polos de peregrinação da América Latina —, o evento une tradição e modernidade, espiritualidade e estratégia, em torno de um propósito comum: consolidar o Brasil como protagonista global no turismo religioso.

Mais do que um evento, o Fórum Nacional de Turismo Religioso é um movimento que reafirma o valor da fé como patrimônio imaterial e motor de desenvolvimento. É também um espelho da vocação brasileira para acolher, celebrar e transformar — atributos que fazem do turismo religioso um dos pilares mais promissores da economia contemporânea e um símbolo da união entre cultura, devoção e prosperidade.

Impacto do apoio federal ao Círio de Nazaré 2025

O Círio de Nazaré já é um dos eventos religiosos mais emblemáticos do Brasil, atraindo multidões todos os anos, inclusive do exterior. Em 2025, no entanto, a celebração atravessa um momento especial: pela primeira vez, contará com R$ 2 milhões em investimentos federais para reforçar sua estrutura e promover ainda mais o turismo de fé.

A injeção de recursos não precisa ser vista apenas como um gesto simbólico. Ela tem impacto direto nos setores que compõem o ecossistema turístico: hospedagem, alimentação, transporte, comércio e serviços auxiliares. Com uma infraestrutura melhor, os visitantes terão uma experiência mais confortável e segura, o que tende a aumentar a estadia média e o consumo local.

Em 2024, estima-se que o Círio tenha reunido cerca de 2 milhões de pessoas em Belém, gerando um impacto econômico superior a R$ 190 milhões. O desafio agora é aproveitar essa base e elevá-la ainda mais em 2025.

O investimento federal no Círio reforça uma tendência crescente: o turismo ligado à fé e espiritualidade tem se consolidado como um dos segmentos mais promissores no Brasil. Cidades como Aparecida (SP) e Juazeiro do Norte (CE) já comprovam que unir devoção com estrutura turística pode promover desenvolvimento regional.

Para o trade turístico, isso significa que destinos de cunho religioso merecem atenção estratégica no planejamento — não apenas nas épocas tradicionais de festa, mas o ano todo, com roteiros, produtos turísticos e divulgação focada. Para refletir a importância de tal investimento:

  1. Planejamento integrado
    Operadores, hotéis, agências, guias e entidades religiosas podem unir forças para estruturar roteiros que explorem os arredores do evento, promovendo turismo complementar (turismo ecológico, cultural, gastronômico).
  2. Qualificação da experiência
    Investir em conforto, sinalização, acessibilidade, segurança e atendimento ao visitante diferencia o destino. Experiências positivas geram recomendações boca a boca e estimularão retornos futuros.
  3. Marketing segmentado
    Comunicar não só para devotos, mas também para turistas que têm interesse por cultura, história e religiosidade. Apostar em canais digitais, conteúdos visuais e parcerias com influenciadores pode ampliar o alcance.
  4. Monitoramento de impacto
    Mensurar os resultados em hospedagem, receita, fluxo de visitantes e emprego ajudará a ajustar ações para edições futuras e justificar novos investimentos públicos e privados.

O anúncio de um apoio federal significativo ao Círio de Nazaré em 2025 evidencia que eventos religiosos podem servir como fortes vetores de desenvolvimento turístico. Para quem atua no trade turístico, o momento é de olhar com atenção, planejar com integração e estar pronto para aproveitar o fluxo de visitantes com serviços de qualidade.

Atout france apresenta a nova Notre-Dame

Símbolo maior da resiliência cultural e espiritual da França, a Catedral de Notre-Dame de Paris renasce como um dos grandes destaques do France Excellence 2025, organizado magistralmente por Caroline Putnoki, diretora da Atout France, e realizado hoje no Rosewood São Paulo. Sob o tema “Aux Sources de l’Inspiration” ( “Nas fontes da inspiração” em tradução livre),o encontro celebra o diálogo entre herança e vanguarda, colocando a icônica catedral no centro das reflexões sobre turismo de luxo e espiritualidade.

Após o incêndio de 2019, o monumento viveu um dos mais impressionantes processos de reconstrução do mundo contemporâneo. Hoje, já reaberta ao público, acolhe cerca de 30 mil visitantes por dia e integra em seu percurso obras de mais de quinze artistas contemporâneos. Entre eles, Guillaume Bardet, autor do novo mobiliário litúrgico e de peças eucarísticas; Yona Vautrin, que criou as cadeiras; Vincent Dupont-Rougier, responsável pelos braseiros; Sylvain Dubuisson, pelo relicário onde se encontra a coroa de espinhos que teria sido carregada por Cristo; e Jean-Charles de Castelbajac, que assina elementos da paramentaria, além de nomes envolvidos em vitrais e tapeçarias em parceria com a histórica Manufatura dos Gobelins. Essa fusão de arte sacra e criação contemporânea transforma a visita em uma verdadeira experiência estética e contemplativa.

Nesta entrevista exclusiva para a coluna Passaporte de Fé do portal Panrotas, Sybille Bellamy-Brown, historiadora de arte e responsável pelas visitas do monumento, compartilha com o público brasileiro as lições de um canteiro de obras exemplar, onde saberes medievais e tecnologias de ponta se unem para preservar o patrimônio e renovar a mensagem espiritual. Mais do que um monumento, Notre-Dame reafirma-se como “catedral do mundo e da paz”, lugar de oração e de encontro universal, convidando peregrinos e viajantes a uma experiência única de silêncio, beleza e reconexão interior.


Desde o incêndio de 2019, o mundo inteiro acompanhou, com emoção, as obras de reconstrução de Notre-Dame. Quais foram, na sua visão, as etapas mais marcantes desse canteiro de obras excepcional, tanto no plano técnico quanto no patrimonial?
Esse canteiro foi uma aventura fora do comum, estruturada em três grandes fases: a de segurança, a de reconstrução e a de restauração. Cada etapa exigiu excelência constante. Avançamos rapidamente graças, entre outros fatores, a um modelo 3D da estrutura do telhado já realizado antes do incêndio, o que foi um trunfo essencial. Mais do que momentos isolados, guardo a energia coletiva dos artesãos, seus saberes ancestrais e a solidariedade entre eles. Cada passo foi decisivo até a reabertura e o trabalho continua.

Como as equipes conciliaram o respeito pelos saberes medievais, carpintaria, pedra, vitrais, com o uso das tecnologias contemporâneas?
A tradição do compagnonnage (irmandade de ofício) foi fundamental. Os artesãos colocaram suas mãos, sua inteligência e sua fé a serviço dessa obra. Um saber transmitido por gerações se uniu às ferramentas digitais, em especial à modelagem 3D, garantindo precisão e rapidez. Do lado da diocese, a tecnologia também foi incorporada, por exemplo, na iluminação e no mobiliário litúrgico criado por Guillaume Bardet. É uma aliança sutil entre a mão, a matéria e os recursos do nosso tempo.

A senhora mencionou a mobilização de 150 empresas. Quantas pessoas participaram dessa obra de reconstrução?
Foram cerca de 2.000 pessoas, das quais 1.000 atuaram diretamente no canteiro. E isso sem contar as equipes encarregadas da restauração de quadros e outros elementos decorativos. É um acúmulo impressionante de competências.

E quanto à criação contemporânea?
Entre quinze e vinte artistas participam desse renascimento. Destacam-se Guillaume Bardet , mobiliário litúrgico e peças eucarísticas; Yona Vautrin, criadora das cadeiras confortáveis; Vincent Dupont-Rougier, responsável pelos braseiros e mobiliário secundário); Sylvain Dubuisson que criou o relicário que protege a coroa de espinhos, segundo a tradição, que Cristo usou em sua morte; Jean-Charles de Castelbajac, estilista responsável por todas as vestes sacerdotais, além de outros envolvidos na concepção de vitrais, tapeçarias e objetos litúrgicos. Projetos de novas tapeçarias com a Manufatura dos Gobelins e vitrais contemporâneos de artistas como Clare Tabouret também reforçam a dimensão criativa da obra. Notre-Dame reflete assim a sociedade atual, em diálogo com sua história.

A senhora indicou que o conjunto das obras deve terminar por volta de 2030. Qual é a situação hoje?
O canteiro conduzido pelo estabelecimento público deve ser concluído em 2028, talvez 2029 no caso da esplanada. Mas a restauração interior prossegue. A igreja já recebe cerca de 30 mil visitantes por dia; as obras retornam progressivamente e alguns projetos previstos há muito tempo estão sendo realizados agora.

Entre as peças emblemáticas , como a Coroa de Espinhos ou as grandes rosáceas, quais a emocionam mais na redescoberta?

Tenho uma afeição especial pelas rosáceas e pela luz que elas difundem. Esses reflexos mutantes na pedra, a chamada diaphore, transmitem a sensação de uma presença divina e renovam a experiência ao longo do dia. A iluminação muda a cada hora do dia e a cada ritual durante o calendário litúrgico.

A catedral também reabre suas portas à criação atual. Como se dá esse diálogo entre patrimônio e obras contemporâneas?
É uma escolha pastoral e artística. Notre-Dame é a catedral de Paris, mas, desde o incêndio, tornou-se também a catedral do mundo, um símbolo de paz e de unidade. Os japoneses foram os primeiros doadores. No total foram mais de 850 milhões de euros captados.O mobiliário litúrgico de Guillaume Bardet traduz essa intenção: a simplicidade das formas evoca os grandes sinais da fé: batistério, altar, tabernáculo, ambão e cria um espaço favorável à oração.

Quais são hoje os principais atrativos das visitas? Há novos dispositivos sensoriais ou digitais?
O desafio central foi preservar a vocação cultual. Não transformamos Notre-Dame em museu: ela permanece, antes de tudo, um lugar de oração e liturgia. Mas enriquecemos a recepção com um aplicativo móvel gratuito, já disponível em francês, inglês, italiano, alemão e espanhol, e em breve em português e chinês, que oferece conteúdos culturais e espirituais, percursos em áudio e até um roteiro de peregrinação. Os audioguias foram repensados, e uma comunidade de 500 voluntários acolhe, explica e acompanha os visitantes todos os dias.

Notre-Dame continua sendo um lugar de fé, mas também um símbolo universal. Como conciliar essas duas vocações?
As missas estruturam a vida da catedral, com três celebrações diárias e as vésperas. Não há separação entre horários de culto e de visita. O visitante é convidado a entrar, seja para rezar, acender uma vela ou simplesmente contemplar a beleza do espaço. É uma verdadeira comunhão. Há vestimentas sugeridas para os visitantes.

Que melhorias foram implementadas para tornar a visita mais acessível para pessoas com mobilidade reduzida, famílias ou visitantes com necessidades específicas?
Criamos percursos facilitados, instalamos plataformas para superar degraus e desenvolvemos materiais em “fácil de ler e compreender” para pessoas com deficiência cognitiva. O aplicativo inclui um percurso em audiodescrição, e oferecemos um livro em braile, além de maquetes em 3D. Os voluntários são treinados para identificar e ajudar espontaneamente quem precise de apoio.

Uma mensagem final para os agentes de viagem brasileiros?
Esperamos todos vocês! Seja para uma peregrinação diante da imagem de Nossa Senhora ou da Coroa de Espinhos, para participar das visitas gratuitas conduzidas diariamente às 14h30 por nossos voluntários, contemplar a arquitetura, ou simplesmente para se deixar tocar pelo silêncio e pela luz deste lugar único, todos encontrarão o seu espaço em Notre-Dame.

Os Caminhos Sefarditas: a rota judaica pela Espanha

Viajar pela Espanha é também redescobrir e valorizar a memória de diferentes povos e religiões que ajudaram a construir a história do país. Entre palácios mouriscos, catedrais góticas e vilas medievais, há um fio cultural que atravessa séculos e fronteiras: a herança judaica sefardita. Muito antes da expulsão decretada pelos Reis Católicos em 1492, comunidades judaicas floresciam em dezenas de cidades ibéricas, deixando marcas profundas na arte, na ciência, na filosofia e na vida urbana. Hoje, esse legado é celebrado e preservado através da Red de Juderías de España – Caminos de Sefarad, uma rede que conecta 21 cidades e propõe uma jornada turística e cultural única: seguir os passos dos judeus que moldaram parte essencial da identidade espanhola.

Em cada destino, a viagem é um mergulho no tempo. Toledo, por exemplo, conserva sinagogas transformadas em museus, como a do Trânsito e a de Santa María la Blanca, testemunhas de uma convivência plural que fez da cidade um centro intelectual da Idade Média. Em Córdoba, a antiga judería se abre em ruelas estreitas e floridas que conduzem à sinagoga do século XIV e à estátua de Maimônides, o grande filósofo e médico judeu nascido ali. Já em Sevilha, é o bairro de Santa Cruz que resguarda a memória judaica entre pátios andaluzes e lendas imemoriais.

Mais ao norte, em Segóvia, é possível visitar o Centro de Educação Judaica, a Porta de San Andrés e um antigo cemitério hebraico com vista para a muralha medieval. Em Barcelona, o bairro do Call revela as origens da cidade judaica desde o século VII, com a Sinagoga Maior — considerada uma das mais antigas da Europa — reaberta ao público após cuidadosa restauração. Cidades como Girona, Besalú e Ribadavia também preservam traços singulares, seja em arquivos históricos, seja em festas que celebram a memória sefardita.

Percorrer essa rota é mais do que uma experiência cultural: é uma viagem sensorial. Em cada judería, o visitante é convidado a perder-se entre ruas de pedra, descobrir inscrições em hebraico gravadas discretamente nas paredes, ouvir histórias de famílias que viveram ali por séculos e provar sabores que atravessaram o tempo, como doces sefarditas ou receitas resgatadas da tradição. Os itinerários unem história e emoção, pois narram tanto o florescimento quanto a diáspora, oferecendo uma experiência de memória viva.

Além dos museus e sinagogas, a Red de Juderías organiza eventos, exposições e atividades que integram o viajante ao cotidiano local. Em cidades menores, como Estella ou Tudela, o turismo ganha o charme da descoberta inesperada, enquanto em centros maiores, como Madrid ou Granada, a herança judaica dialoga com a efervescência contemporânea. Empresas de turismo cultural já oferecem pacotes completos — de dez a quatorze dias — que percorrem diversas dessas cidades, mas também é possível criar um roteiro independente, conectando os pontos mais significativos de acordo com os interesses de cada viajante.

Ao longo do caminho, o que se revela não é apenas a história de uma comunidade, mas o mosaico da própria Espanha, feita de encontros, convivências e tensões que ajudaram a moldar o país moderno. Viajar pelos Caminhos de Sefarad é, em última instância, um convite a refletir sobre a riqueza da diversidade cultural e a importância da memória como patrimônio vivo. Para o turista, é uma oportunidade rara: caminhar pelas mesmas ruas que filósofos, médicos, artesãos e poetas percorreram, e sentir, em cada pedra e cada silêncio, que a viagem também é uma forma de reencontro.

Portugal esotérico com fernando pessoa

Portugal é terra de gastronomia, história, arte, poesia e espiritualidade. E nem estamos falando do Santuário de Fátima, destino obrigatório de católicos de todo o mundo. Mas de um turismo voltado para místicos, esotéricos e curiosos. Entre cafés históricos, bibliotecas ocultas, palácios iniciáticos e penhascos dramáticos, o país oferece ao viajante um roteiro singular: seguir as marcas de Fernando Pessoa, poeta que também foi astrólogo sob o heterônimo Raphael Baldaya, e sua insólita cumplicidade com o mago britânico Aleister Crowley.

Dia 1 — Lisboa esotérica e literária

A porta de entrada é a Casa Fernando Pessoa, em Campo de Ourique (Rua Coelho da Rocha, 16–18), onde o poeta viveu seus últimos quinze anos. A biblioteca preservada reúne volumes de astrologia, esoterismo e filosofia que revelam sua faceta mística. Muitos de seus leitores ficam surpresos ao descobrir que Pessoa ganhava dinheiro como astrólogo.

Do bairro, siga para o Chiado. No Café A Brasileira (Rua Garrett, 120), ao lado da famosa estátua de Pessoa esculpida por Lagoa Henriques, é tradição tirar uma fotografia com o poeta de bronze. Registros mostram que o poeta lá se encontrava com muitos nomes importantes das sociedades secretas lisboetas.

Na Praça do Comércio, o Martinho da Arcada mantém a “mesa do Pessoa”, espaço que o escritor frequentava com assiduidade. Hoje o café integra a Historic Cafés Route.

Descendo à Baixa, percorra a Rua dos Douradores, cenário do Livro do Desassossego, onde o semi-heterônimo Bernardo Soares “vive e trabalha”. Os críticos literários sabem. Para cada heterônimo, Pessoa criava um mapa astrológico com temperamentos muito próprios.

O percurso termina no Museu Maçónico Português, do Grande Oriente Lusitano (Rua do Grémio Lusitano, 25), cuja coleção de símbolos maçônicos ajuda a decifrar referências presentes tanto em Mensagem quanto em Sintra.

Curiosidade: Pessoa praticava astrologia com seriedade, escrevendo horóscopos datados e ensaios sob o pseudônimo Raphael Baldaya. Partes desses textos podem ser consultadas no Arquivo Pessoa, e estudos recentes discutem como sua poética dialogava com tradições iniciáticas

Dia 2 — Sintra iniciática: poços e silêncio

Em Sintra, o coração esotérico do país, está a Quinta da Regaleira. O Poço Iniciático, uma “torre invertida” subterrânea, conduz o visitante por um percurso em espiral que simboliza morte e renascimento espiritual, reunindo referências templárias, maçônicas e dantescas. Trata-se de um ponto importantíssimo para os esotéricos europeus.

Não longe dali, o Convento dos Capuchos, conhecido como “convento de cortiça”, oferece a experiência oposta: austeridade e recolhimento. O pórtico, marcado por caveira e ossos cruzados, recorda a morte simbólica do mundo profano e a entrada em outra dimensão. O local foi cenário de grandes obras literárias e também carrega muitas lendas.

Dia 3 — Cascais: a Boca do Inferno e o teatro de Crowley

À beira-mar, em Cascais, ergue-se a Boca do Inferno, falésia de formato dramático onde, em 1930, o mago britânico Aleister Crowley encenou o próprio desaparecimento. A farsa contou com a cumplicidade de Pessoa, que ajudou a organizar a “morte” simulada. Dias depois, Crowley reapareceu em Berlim, em uma das mais famosas jogadas de marketing e relações públicas.

Crowley (1875–1947), mestre de Paulo Coelho, Raul Seixas, Ozzy Osbourne e Beatles, foi um dos ocultistas mais célebres do século XX. Criador da filosofia Thelema (“Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei”), misturava magia cerimonial, poesia e escândalo. Em Lisboa, encontrou em Pessoa um interlocutor intelectual inesperado. Documentos analisados por Marco Pasi revelam a correspondência, mapas astrais trocados e o papel ativo do poeta na encenação.

Dia 4 — Portugal templário

A jornada pode se expandir até Tomar, onde o Convento de Cristo, matriz templária e depois sede da Ordem de Cristo, revela símbolos que inspiraram o imaginário sebastianista e a utopia do Quinto Império, tema central em Mensagem.

Mais adiante, o Castelo de Almourol, fortim medieval numa ilhota do Tejo, encerra o percurso com um cenário mítico que ecoa as visões místicas de Portugal, em que o país voltará a ter as glórias do século XVI, quando foi a mais importante e rica nação do Ocidente.

Esse roteiro é mais do que turismo cultural. É uma experiência de iniciação para quem deseja explorar não apenas os lugares que moldaram Fernando Pessoa, mas também os símbolos que habitavam sua mente. Entre cafés históricos, poços iniciáticos e falésias de lenda, o viajante percorre um Portugal invisível — onde poesia, astrologia e magia se encontram.

Castelo do tarô na toscana

Imagine caminhar por um jardim encantado onde cada escultura conta uma história milenar. Assim é o Castelo do Tarô (Il Giardino dei Tarocchi), criado pela artista franco-americana Niki de Saint Phalle no sul da Toscana. Saint Phalle é bem conhecida dos paulistanos. Seus trabalhos fazem enorme sucesso na Pinacoteca de São Paulo.

Seu castelo, na Itália, é um lugar único no mundo, a meca dos tarólogos de esotéricos de todo o planeta, que transforma o baralho do tarô em esculturas monumentais, cobertas de mosaicos coloridos e espelhos brilhantes que mudam de acordo com a luz do sol.

Localizado em Capalbio, a cerca de duas horas de carro de Roma, o Castelo do Tarô é um passeio perfeito para quem busca unir arte, espiritualidade e a atmosfera bucólica da Toscana. Cada escultura representa um dos 22 arcanos maiores do tarô e convida o visitante a viver uma experiência diferente: caminhar pela Imperatriz, uma esfinge habitável onde a própria artista chegou a morar; contemplar a Roda da Fortuna girando lentamente; ou se perder nos reflexos coloridos dos mosaicos que transformam o jardim em um verdadeiro labirinto de sonhos.

Além do impacto visual impressionante, o Castelo do Tarô é também uma experiência de introspecção e inspiração, ideal para viajantes que buscam algo além do turismo tradicional.

O tarô, embora hoje amplamente associado ao esoterismo, ganhou essa aura simbólica graças a um personagem inusitado: o pastor protestante suíço Antoine Court de Gébelin (1725–1784). Em 1781, ele publicou a obra Le Monde Primitif, na qual defendeu que as cartas do tarô não eram apenas um jogo, mas sim fragmentos de uma antiga sabedoria egípcia, carregados de significados filosóficos, morais e espirituais. Essa interpretação inovadora, vinda justamente de um pastor protestante em plena era do Iluminismo, foi responsável por transformar o tarô em objeto de estudo esotérico, inspirando gerações posteriores de ocultistas, sociedades iniciáticas e pensadores interessados em símbolos e arquétipos universais.

Por que indicar a seus clientes?

Pouca gente conhece. Soube do destino através de Nei Naiff, o tarólogo brasileiro mais respeitado no planeta, autor de inúmeros best sellers sobre as cartas. Indicar o Castelo do Tarô a seus clientes é oferecer uma experiência realmente única no mundo: um parque de esculturas monumental que mistura arte contemporânea, espiritualidade e fantasia, capaz de transportar o visitante para um universo simbólico inesquecível. Localizado de forma estratégica no sul da Toscana, em Capalbio, o jardim pode ser facilmente incluído em roteiros entre Roma e Florença, servindo como um complemento exclusivo às tradicionais visitas a vinhedos, cidades históricas e paisagens rurais da região. Mais do que um passeio estético, trata-se de uma verdadeira viagem sensorial e cultural, perfeita para viajantes que buscam experiências diferentes, autênticas e memoráveis, combinando contemplação artística, introspecção espiritual e a atmosfera bucólica da Toscana.

O Castelo do Tarô é aberto ao público apenas em determinados meses do ano (de abril a outubro), o que o torna ainda mais especial. Visitar esse espaço é entrar em um universo mágico, onde cada detalhe surpreende e desperta a imaginação.

E não é só para esotéricos. Há um aspecto de autoconhecimento, mesmo para cristãos. Sugere-se algumas leituras para quem quer visitar o castelo com maior proveito. Entre as obras que aproximam o tarô de uma leitura simbólica e espiritual destacam-se algumas de grande relevância. Do ponto de vista psicológico, embora Carl Gustav Jung nunca tenha escrito um livro exclusivamente sobre o tarô, seus estudos sobre arquétipos e inconsciente coletivo inspiraram autores como Sallie Nichols, em Jung and Tarot: An Archetypal Journey (1980), e chegaram ao Brasil por meio de títulos como Tarô e Psicologia: símbolos do inconsciente (Paulus, 1991), que exploram as cartas como metáforas de processos internos e caminhos de autoconhecimento. No âmbito católico, a obra mais emblemática é Meditações sobre o Tarô: Uma Viagem ao Hermetismo Cristão, publicada anonimamente em 1980 e atribuída a Valentin Tomberg, com posfácio do teólogo Hans Urs von Balthasar. Nesse livro, os 22 arcanos maiores são apresentados como pontos de partida para profundas reflexões espirituais em chave cristã, distanciando-se da adivinhação e aproximando-se da tradição contemplativa da Igreja, em que a simbologia serve como porta de acesso a mistérios universais da fé.

Peru lança Caminhos de Leão XIV

Caminhos do Papa Leão XIV, um roteiro para renovar sua oferta de viagens ao Peru

E o Peru se consolida mais uma vez como destino espiritual. Desta vez não é Machu Picchu o cenário principal. Nosso vizinho acaba de se posicionar de maneira estratégica com o lançamento da rota “Caminhos do Papa Leão XIV”. Inspirado na trajetória de Robert Prevost — missionário que fez do Peru sua segunda casa antes de se tornar o Papa Leão XIV —, o roteiro é muito mais que uma proposta espiritual: é um produto turístico completo, que combina fé, cultura, patrimônio histórico e identidade local. Para os agentes de viagens, trata-se de uma oportunidade rara de apresentar aos clientes católicos brasileiros um itinerário inédito e altamente atrativo, capaz de dialogar com diferentes perfis de viajantes.

A rota percorre quatro regiões peruanas — Piura, Lambayeque, La Libertad e Callao — reunindo 39 atrações entre igrejas coloniais, catedrais imponentes, conventos históricos, museus e sítios arqueológicos. Em Piura, o visitante pode reviver os primeiros passos missionários do Papa em cidades como Chulucanas, onde a fé se mistura à tradição artesanal das cerâmicas coloridas. Em Lambayeque, coração de sua atuação episcopal, a Catedral de Chiclayo e o Convento de Santo Agostinho dividem espaço com tesouros arqueológicos mundialmente conhecidos, como os Túmulos Reais de Sipán e o Complexo de Túcume. Já em La Libertad, a cidade de Trujillo oferece um mergulho no esplendor do barroco andino, com praças coloniais e conventos que preservam séculos de história. O trajeto se completa em Callao, próximo a Lima, onde igrejas e santuários se misturam à atmosfera cultural de um porto histórico.

O diferencial desse roteiro não está apenas na variedade de atrações, mas também no forte investimento público: estima-se que mais de 500 milhões de soles sejam aplicados em restauração de igrejas, ampliação de museus e melhorias de acesso, garantindo qualidade e segurança à experiência dos visitantes. Para os agentes, isso significa ter nas mãos um produto confiável, estruturado e pronto para ser comercializado de forma integrada aos roteiros já consolidados no Peru, como Lima, Cusco e Machu Picchu.

Além do aspecto religioso, os Caminhos do Papa Leão XIV oferecem múltiplas possibilidades de venda. Peregrinos e grupos paroquiais encontrarão no percurso uma vivência de fé e introspecção; famílias poderão explorar cultura, gastronomia e artesanato; viajantes curiosos terão a chance de descobrir um Peru diferente, autêntico e pouco explorado. Essa versatilidade torna o roteiro uma carta valiosa para ampliar a carteira de clientes, seja em viagens em grupo, pacotes personalizados ou extensões temáticas.

Mais do que vender uma viagem, os agentes de viagens têm aqui a chance de oferecer uma jornada transformadora: caminhar pelos mesmos lugares que moldaram a vida de um Papa e, ao mesmo tempo, vivenciar o encontro entre espiritualidade e cultura no coração do Peru. É a oportunidade de emocionar os clientes com um produto único, que une tradição, inovação e uma forte conexão com a identidade do povo peruano. E o melhor, com preços bem atrativos e sem grandes problemas burocráticos.

Ligúria: fé e dolce vita à beira do Mediterrâneo

A Ligúria é uma dessas joias do mapa que, à primeira vista, conquista pela elegância natural da Riviera Italiana: um desfile de vilas coloridas aninhadas entre o azul do mar e o verde das colinas. Mas basta se demorar um pouco mais para perceber que, por trás da sua dolce vita, pulsa uma alma profundamente espiritual e, por vezes, surpreendentemente mística. Aqui, a fé se expressa na pedra, no tecido, na água e até nas lendas que atravessam séculos.

Em San Fruttuoso, entre Portofino e Camogli, repousa uma das imagens mais singulares do Mediterrâneo: o Cristo degli Abissi. Esta estátua de bronze, colocada a 17 metros de profundidade em 1954, foi idealizada pelo mergulhador italiano Duilio Marcante como homenagem a todos aqueles que perderam a vida no mar. De braços abertos, a figura parece acolher os que descem até ela, mergulhadores ou fiéis em busca de um momento de introspecção. A atmosfera é tão intensa que inspira cada vez mais até casamentos submarinos, nos quais os noivos, equipados com cilindros, dizem “sim” com um coro de bolhas ao redor.

O coração espiritual de Gênova pulsa na Catedral de San Lorenzo, cuja história começa no século IX, quando uma modesta igreja foi erguida sobre ruínas romanas. Entre os séculos XII e XIV, ganhou sua forma atual, um imponente edifício gótico com fachada românica em mármore branco e negro; as cores que se tornariam um símbolo da cidade. Essa fachada, com colunas esculpidas e leões guardiões, é mais que um ornamento: é uma afirmação do poder e da riqueza de Gênova durante a Idade Média.

Mas o que realmente fascina é a coleção de relíquias e tesouros guardados no interior. Entre eles, um prato que, segundo a tradição, teria servido na Última Ceia, e fragmentos de ossos atribuídos a São João Batista, padroeiro da cidade. E, em meio a relicários e pinturas, está uma joia rara e inesperada: a Paixão de Cristo pintada sobre tecido denim. Sim, jeans! Produzido em Gênova desde o século XV, esse tecido azul, chamado bleu de Gênes, era exportado para toda a Europa e, séculos depois, daria origem à palavra “jeans”. Usá-lo como base para arte sacra era ousado, mas o resultado é extraordinário: o azul profundo realça as cenas dramáticas, criando um diálogo entre o sagrado e a vida cotidiana dos marinheiros e mercadores que vestiam o mesmo material.

Terra de bruxas? No século XVI, este vilarejo aninhado nas montanhas foi palco de um dos processos de bruxaria mais famosos da Itália. Acusadas de provocar fomes, tempestades e doenças, dezenas de mulheres foram interrogadas, presas e, em alguns casos, executadas.

O Museo Etnografico e della Stregoneria preserva essa memória em uma narrativa que vai além da caça às bruxas. Dividido em alas, o museu mostra a vida rural da Ligúria de montanha (utensílios, trajes e ferramentas agrícolas) antes de mergulhar no universo do misticismo. Há reproduções de celas, cópias dos registros inquisitoriais, receitas de poções e objetos usados em rituais de cura com ervas. Finalmente, o visitante descobre que muitas das “bruxas” eram, na verdade, parteiras, enfermeiras, benzedeiras, curandeiras e guardiãs de saberes populares que incomodavam homens poderosos e religiosos da época.

Caminhar por Triora, com suas ruelas de pedra e portais medievais, é quase sentir o peso dessas histórias. Não à toa, o vilarejo cultiva uma atmosfera de mistério, celebrando festivais de bruxaria e atraindo curiosos do mundo todo.

A Ligúria é, portanto, mais do que um destino para prosecco à beira-mar. É um território que convida a mergulhar — seja no azul profundo que esconde o Cristo degli Abissi, seja nos arquivos seculares da Catedral de San Lorenzo, seja nas lendas de Triora. Aqui, a Riviera Italiana não é apenas cenário: é personagem de uma história onde fé, arte, mistério e prazer convivem lado a lado.

Resort de R$ 500 milhões reforça turismo religioso

Localizada no coração do Vale do Paraíba, entre São Paulo e Rio de Janeiro, a cidade de Aparecida (SP) está prestes a consolidar ainda mais sua posição como um dos principais destinos de turismo religioso do Brasil e da América Latina. Conhecida por abrigar o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o maior templo católico do país e o segundo maior do mundo, atrás apenas da Basílica de São Pedro, no Vaticano; a cidade atrai, anualmente, cerca de 12 milhões de fiéis e visitantes em busca de fé, espiritualidade e renovação.

Em breve, Aparecida contará com um novo atrativo de grande porte: um resort no modelo de multipropriedade, com investimento previsto de R$ 500 milhões. O projeto, da Transamerica Collection, será realizado em parceria com a Atlantica Hospitality International e a empresa Simão&Simão. Com previsão de início das obras no segundo semestre de 2026 e conclusão em até 36 meses, o empreendimento ocupará uma área de mais de 110 mil m², com 700 apartamentos de 41 m² a 60 m², parque aquático de 8 mil m², capela integrada, restaurantes, academias, spas e espaços para lazer e contemplação.

A iniciativa também promete impulsionar a economia local, com a criação de aproximadamente 1.800 empregos diretos e indiretos ao longo da construção e operação do resort. Essa movimentação reforça a vocação turística de Aparecida, cuja economia gira em torno de 80% do turismo religioso, segundo dados do setor. O comércio, a hotelaria e os serviços da cidade são fortemente impactados pelas grandes romarias e pelos eventos religiosos, que garantem o sustento de milhares de famílias locais.

O investimento em Aparecida também reflete uma tendência global: o crescimento expressivo do turismo religioso. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), esse segmento movimenta mais de 330 milhões de viajantes por ano no mundo e gera receitas bilionárias. Santuários, peregrinações e experiências de fé vêm atraindo não apenas devotos tradicionais, mas também pessoas em busca de autoconhecimento, espiritualidade e bem-estar.

Nesse cenário, o Brasil desponta como um dos destinos mais promissores da América Latina, com roteiros como a Rota da Fé, Caminho da Luz, Caminho da Fé e, claro, Aparecida, considerada a “capital da fé brasileira”.

Com a chegada do novo resort, Aparecida amplia seu leque de opções para os viajantes, unindo conforto, hospitalidade e espiritualidade em um mesmo destino. A cidade mostra que é possível aliar tradição e inovação, fé e desenvolvimento econômico, em um modelo sustentável que beneficia toda a comunidade.

Festa de Santa Dulce dos Pobres 2025: fé, cultura e turismo em Salvador

Entre os dias 1º e 13 de agosto, a capital baiana será palco da Festa de Santa Dulce dos Pobres, um dos eventos mais emocionantes e significativos do turismo religioso no Brasil.

Com o tema “Com Santa Dulce dos Pobres, Somos Peregrinos de Esperança”, a festa de 2025 promete uma programação intensa e diversificada, que homenageia a vida e o legado da primeira santa brasileira, conhecida mundialmente como o Anjo Bom da Bahia.

A celebração acontecerá em locais icônicos da cidade, como o Santuário de Santa Dulce dos Pobres, na Avenida Dendezeiros, e a Praça Irmã Dulce, no Largo de Roma — ambos no tradicional bairro do Bonfim. Ali, turistas e fiéis poderão participar de:

  • Missas e trezenas
  • Procissões temáticas
  • Quermesse com comidas típicas
  • Shows de música religiosa e regional
  • Vila gastronômica com delícias baianas
  • Serviços de saúde gratuitos
  • Ações sociais para a comunidade

Entre os nomes confirmados na programação cultural estão Targino Gondim, Adelmário Coelho, Del Feliz, Banda Dominus, Anjos de Resgate e Padre Antônio Maria. Um momento especial será o tributo à Santa Dulce no dia 10 de agosto, que promete encantar moradores e visitantes.

Um dos grandes atrativos do evento é a tradicional Rota da Fé, que convida os devotos a percorrer locais marcantes da trajetória da santa. As procissões também são momentos marcantes da programação:

  • Procissão da Memória – 3 de agosto
  • Procissão dos Arcos – 8 de agosto
  • Procissão dos Nós – 12 de agosto
  • Procissão Luminosa até a Colina Sagrada – 13 de agosto, após a Missa Campal celebrada pelo Cardeal Dom Sérgio da Rocha

Segundo a Prefeitura de Salvador, a festa já faz parte do calendário oficial da cidade e representa um importante impulso para o turismo e a economia local. Em 2024, o evento movimentou mais de 2,7 mil empregos diretos e indiretos, contou com 171 artistas e 125 expositores.

Além disso, Salvador registrou em 2023 a visita de mais de 3,5 milhões de turistas, sendo cerca de 70% de outros estados. O turismo religioso na Bahia tem se destacado como um dos pilares do setor, ao lado das belas praias, do patrimônio histórico e da culinária vibrante.