Subconsolidadores

Olá Agentes!

Meu próximo post seria pra falar de crédito e fraudes, mas o assunto que está chamando a atenção de todos é o problema enfrentado pela Intercontinental e sua relação com a Prime, um subconsolidador (aquele que utiliza condições de outro consolidador para exercer a mesma atividade).

Muitos consolidadores nasceram como subconsolidadores. Foi quando os antigos GSAs (agentes gerais de vendas que representavam uma ou mais companhias aéreas) e  grandes agências se transformaram em consolidadores, e ainda lhes faltavam condições com todas as companhias.

A questão principal gira em torno da disponibilidade de espaço no mercado para consolidadores entrantes. Como qualquer outro, precisam dos contratos de distribuição com as companhias, mas muitas vezes estes lhe são negados – compreensível, já que se trata de concentração de risco em alta escala para as companhias. Além disso elas sabem que excesso de concorrência afrouxa as políticas de crédito dos consolidadores, potencializando seu risco.

As margens dos consolidadores não são mais as mesmas da década passada. A abrangência territorial dos consolidadores é muito diferente daquela época, em que os donos das consolidadoras conheciam pessoalmente cada um de seus clientes. A baixa rentabilidade requer alta escala, por isso a concentração cada vez mais acentuada nos volumes de vendas e as recentes fusões. Aliás, é um efeito normal na curva de amadurecimento de qualquer setor da economia.

Portanto, o termo “subconsolidador” não é pejorativo, já que fez parte da história de boa parte dos grandes consolidadores, mas evidencia que nos dias atuais se tornou comercialmente insustentável iniciar as atividades de consolidação seguindo a mesma trajetória dos que já se estabeleceram.

A concorrência é saudável (quando ética), e beneficia todo o setor. Mas para alguém iniciar atividades de consolidação, não terá êxito dividindo receita bruta com um concorrente, ou a história vai se repetir. Pior é que o efeito não recai apenas sobre as duas empresas. Sofrem os agentes de viagens, seus passageiros e, sobretudo, a indústria do Turismo.

Milagres, como “estouro de voo”, bilhetes com “trechinhos” que reduzem tarifas, overs e prazos sem limites… você ainda acredita nisso? As más práticas ainda norteiam as vendas? São tentativas arriscadas, prejudiciais e anti-éticas para tentar competir num mercado que vive a guerra entre canais, mencionada no post anterior.

Valorize os consolidadores associados à AirTKT. Neste momento de incertezas, é importante o aval de uma entidade forte, que luta pela ética, conferindo segurança aos agentes de viagens.

Comente e deixe sua opinião!

Até a próxima!

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Marco Di Ruzze

Sócio e vice-presidente do Grupo BRT (BRT Consolidadora e Operadora). Fundador e CEO da TravelHost Data Centers, especializada em Cloud Computing, Cyber Security, Hosting de alta disponibilidade e ambientes PCI-DSS compliant, focada em empresas de Turismo.

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