Olá Agentes!
Fraude é um tema que assusta muita gente, não é?
Às vezes temos a sensação de que o problema nunca será nosso, ou nunca acontecerá conosco. Mas, no Turismo, tem muita gente/empresa que é vítima.
Para que possamos evitar cair em golpes, é importante que conheçamos algumas das práticas mais comuns. Os fraudadores são extremamente criativos, então não há posts suficientes para trazer aqui todas as modalidades possíveis. Vou tentar abordar da forma mais genérica possível, afinal, o intuito desta série de posts sobre fraudes é gerar conscientização.
A captação de dados e informações começa com um vírus no seu computador, geralmente instalados através de um e-mail com links falsos. Não precisa clicar em nada. Basta visualizar o conteúdo do e-mail que o vírus se instala.
Com isso os bandidos conseguem acesso a sua máquina e à rede na qual você está conectado. Começam então a coletar e classificar as informações: cópia de cartões de crédito dos seus clientes (imagens ou números), e-mails trocados com operadoras e consolidadoras, senhas salvas em seu navegador, senhas e dados digitados que você pensa ser em ambiente seguro (através de keyloggers, ou gravadores de teclado), informações pessoais, fotos de sua família, dentre outros.
Após a coleta deste material, os fraudadores procuram uma forma de fazer dinheiro. Aliados a agentes mal-intencionados ou com páginas faltas nas redes sociais, eles procuram clientes que queiram comprar mais barato, não importa a licitude da oferta. Os fraudadores sempre deixam para emitir os bilhetes de última hora, dificultando qualquer ação com relação ao embarque.
Há uma outra fragilidade em nosso segmento: a transação com cartão de crédito na modalidade “não-presente”, que se caracteriza pela inexistência do contato físico do plástico do cartão com a maquineta. Muito comum no Turismo.
O ciclo funciona assim:
– O “cliente” procura uma agência e, por telefone ou e-mail, solicita uma reserva para embarque muito próximo;
– Apresenta um número de cartão em nome de terceiro;
– A agência acessa o portal de seu consolidador e emite o bilhete;
– Com a venda aprovada pela companhia, acredita que está tudo certo;
– A companhia aérea tem 9 meses depois da data do último voo pra dizer que aquela transação é inválida. Dentro deste período ela manda uma nota de débito (ADM) ao consolidador, avisando que a compra não foi reconhecida pelo titular do cartão (chargeback);
– O consolidador repassa a cobrança à agência… e aí começa um problema que ninguém gostaria de ter!
Essa modalidade (não presente) dá ao titular a prerrogativa de não reconhecer a despesa na central de atendimento de seu cartão. Assim, o estabelecimento (companhia aérea, neste caso) deixará de receber o repasse do pagamento do bilhete aéreo que seria colhido pelo banco e, para não ficar sem receber, envia um chargeback para a agência (ou consolidador) emissor do bilhete, que é contratualmente responsável pelas vendas com cartão “não presente”.
Uma das formas mais comuns, que afeta os agentes de forma mais contundente, é o uso de CARTÃO CLONADO.
Nos próximos posts vou dar 10 dicas que considero relevantes para você evitar ser uma vítima de alguns tipos de fraude.
Um abraço e até a próxima!
Essa informação está exagerada: “Não precisa clicar em nada. Basta visualizar o conteúdo do e-mail que o vírus se instala.” É raríssimo isso acontecer, pois precisa explorar uma vulnerabilidade do programa de e-mail. O que mais acontece na imensa maioria das vezes é que as pessoas clicam nos links enviados por e-mail. Esses links são enviados justamente porquê os servidores de e-mail barram os vírus. É total ingenuidade das pessoas. Além de links, o envio de SMS falso é outro problema.
Olá Gabriel,
Compreendo sua crítica com relação ao exagero, contudo, Pode ser que o usuário não tenha um servidor de e-mail preparado para barrar o vírus. Por mais que seja uma modalidade mais rara, ela ocorre, e eu não gostaria de pecar pela falta em alertar meus leitores. É exatamente o ponto que você comentou: há ingenuidade nas pessoas, por isso tornam-se vítimas. Ainda não é comum a consciência de que a segurança cibernética é tão importante quanto a segurança física.
Muito obrigado por sua colaboração!
Cordial abraço,