Meia noite em Paris

Proibido navegar! E dai?

Apertado entre duas margens preenchidas pelos mais belos monumentos do mundo, o Rio Sena está em cheia.

Como se não bastassem os sindicatos em geral, os trabalhadores do transporte aéreo, as refinarias, os estudantes, o patronado e os agricultores expressando seu esgotamento e frustações, a natureza resolveu também dar sinal de seu constrangimento.

Não se trata de uma enchente, somente cheia. Porém a navegação sob as pontes foi interrompida no dia de hoje. Os e-mails informativos das empresas de cruzeiros não avisam o que será do dia de amanhã, esperando certamente um milagre geoclimático. Resultado do mês de maio mais chuvoso dos últimos tempos na cidade de Paris e no norte da França.  Felizmente como diz Owen Wilson no filme de Woody Allen “Meia noite em Paris”, a cidade é linda até embaixo de chuva.

Situação excepcional, logo tudo voltará  ao normal. A última enchente no Rio Sena data de 1910, acredita-se que este tipo de incidente meteorológico seja de caráter milenar.  Para curiosos, a enchente foi poeticamente retratada no filme de animação infantil “Un monstre à Paris” com a voz de Vanessa Paradis. Veja o filme promocional ou ouça a canção tema “ La Seine” no link a seguir

Um montro em Paris

Enchente Paris 1910
Enchente Paris 1910

E ainda sobre Owen Wilson em Midnight in Paris:

You know, I sometimes think, how is anyone ever gonna come up with a book, or a painting, or a symphony, or a sculpture that can compete with a great city. You can’t. Because you look around and every street, every boulevard, is its own special art form and when you think that in the cold, violent, meaningless universe that Paris exists, these lights. I mean come on, there’s nothing happening on Jupiter or Neptune, but from way out in space you can see these lights, the cafés, people drinking and singing. For all we know, Paris is the hottest spot in the universe”. – Gil Pender (Owen Wilson) Midnight In Paris

“Você sabe, às vezes acho que, como é que alguém vai aparecer com um livro, uma pintura, ou uma sinfonia ou uma escultura que possa competir com uma grande cidade? Você não pode. Porque você olha ao redor e cada rua, cada avenida, é a sua própria forma de arte especial e quando você pensa que no universo frio, violento e sem sentido, Paris existe, essas luzes… Quero dizer, “vamos”, não há nada acontecendo em Júpiter ou Netuno, mas de longe no espaço você pode ver estas luzes, os cafés, as pessoas bebendo e cantando. Pelo que todos sabem, Paris é o ponto mais quente do universo”. -Gil Pender (Owen Wilson) à meia-noite em Paris.

Falou tudo! Excellente semaine et à bientôt querido leitor(a).

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Silvia Helena

Após breves passagens pela Faculdade Metodista de São Bernardo e Belas Artes de São Paulo, aos 18 anos fui estudar no Canadá, onde vivi durante 23 anos. Lá me formei em História da Arte pela Universidade de Montréal, estudei turismo no Collège Lasalle de Montréal e no Institut de Tourisme et Hôtellerie du Québec. Comecei minha carreira na área trabalhando em Cuba. Durante os anos vividos no Canadá, entre outras coisas, fui guia de circuitos pela costa leste e abri minha primeira agência de receptivo para brasileiros. Há 18 anos um vento forte bateu nas velas da minha vida me conduzindo até França. Atualmente escrevo de Paris, onde vivo e trabalho dirigindo a empresa de receptivo, LA BELLE VIE.

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