Hotel Nacional: esplendor do passado e planos para o futuro

Que tal aproveitar um dia ensolarado do inverno carioca para mergulhar nesta piscina em frente ao Oceano Atlântico sob o olhar da magnífica sereia em bronze de Alfredo Ceschiatti? Depois de 20 anos de abandono, o Hotel Nacional projetado por Oscar Niemeyer, um símbolo do Rio de Janeiro, recuperou o seu esplendor.

O Hotel Nacional, a Praia de São Conrado e o Morro Dois Irmãos / Foto de divulgação

Primeiro Gran Meliá no Brasil, reinaugurado há sete meses, o Hotel Nacional abriu agora para o público o Spa by Clarins.  Especializado em massagens faciais, é o primeiro da grife francesa na América do Sul. A abertura do spa para quem não está hospedado no hotel já estava prevista desde o início do projeto de revitalização do hotel.

Ainda para o público em geral, até o fim deste ano deve ser inaugurado na cobertura, no 32º andar da torre cilíndrica, um restaurante assinado por um chef premiado. O mais cotado é o carioca Felipe Bronze, que comanda a cozinha do Oro, restaurante que recebeu este ano sua primeira estrela Michelin.

O amplo lobby do Hotel Nacional com suas características originais preservadas e restauradas / Foto de divulgação

O Nacional era um dos hotéis mais esperados para os Jogos Olímpicos. Mas só recebeu seus primeiros hóspedes em dezembro do ano passado, ainda parcialmente em obras. A restauração preservou o imenso lobby sem colunas com quase três mil metros quadrados, um dos destaques do moderno projeto de 1972; a impressionante sereia em bronze de Ceschiatti entre a piscina e o Atlântico; os jardins de Roberto Burle Marx com 46 plantas nativas e vista para o mar; o painel em dezenas de placas de concreto assinado por Carybé em uma parede curva no lobby, e a luminária suspensa com 12 metros de extensão do artista plástico Pedro Correa de Araújo. Foram feitas poucas modificações no projeto original, tombado pelo município do Rio.

O Hotel Nacional, a Rocinha, a Avenida Niemeyer e a Praia de São Conrado vistos do alto / Foto de divulgação

As obras custaram mais de 400 milhões. Os 413 apartamentos do Gran Meliá Nacional Rio seguem no inusitado desenho de fatia de pizza com tamanho mínimo de 33 metros quadrados. Os elevadores estão concentrados no centro da torre. A suíte presidencial, no 29º andar, tem 300 metros quadrados e acesso direto pelo heliponto. O objetivo é voltar a atrair as celebridades que no passado colaboraram para a fama do hotel. Os quartos e suítes têm janelas do chão ao teto e podem oferecer vista livre para a Pedra da Gávea, um panorama da praia, a exuberante vegetação do Morro dos Irmãos ou a Rocinha, com o Cristo Redentor ao fundo nos andares mais altos.

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Vai ser uma honra se você também quiser me acompanhar no meu perfil do Instagram, @CarlaLencastre.  Lá posto minhas andanças não apenas pelo Rio, mas mundo afora. E há três meses, em parceria com outras três jornalistas especializados em viagens, turismo e lifestyle, comecei o Instagram @HotelInspectors.  A ideia é reunir fatos & fotos de hotéis bacanas que visitamos em todo o mundo e também no Brasil. Passa lá!

O Rio de Janeiro continua lindo

O Oceano Atlântico e as Ilhas Cagarras vistos do terraço do Fasano Rio / Foto de Carla Lencastre

O Rio de Janeiro continua sendo. O Rio de Janeiro, fevereiro e março, como canta Gilberto Gil em “Aquele abraço”. Mas não apenas o Rio do alto verão, e sim o Rio de todos os meses do ano continua sendo uma cidade que precisa de turistas. E que passa por um momento difícil, de retrocesso, como escreveu o CCO da Panrotas e carioca Artur Luiz Andrade, em texto publicado no início da semana no blog Sem Reserva.

A piscina do Copacabana Palace, antes de ser esvaziada para obras / Foto de Carla Lencastre

Mas em meio às crises financeira e política, parece que a rede hoteleira ainda acredita no Rio. Semana passada, o Belmond Copacabana Palace esvaziou sua piscina, um ícone da cidade, para obras de renovação. Em vez de simplesmente erguer tapumes, para promover as reformas investiu em festas nas quais os convidados puderam entrar na piscina vazia.

No lobby do Fasano Rio / Foto de Carla Lencastre

Seu principal concorrente, o Fasano, na Praia de Ipanema, completa 10 anos em agosto e deu início às comemorações.  Estive lá esta semana para um café da manhã na suíte deluxe, decorada com móveis de Sergio Rodrigues. Com 130 metros quadrados, o quarto é o maior dos 79 apartamentos avarandados do hotel, que foi o segundo do grupo Fasano.

Vista da suíte deluxe / Foto de Carla Lencastre

A piscina de borda infinita, no oitavo andar, disputa com o Copa o título de mais glamourosa da cidade. Agora, a área do terraço será ampliada. A academia de ginástica, hoje ao lado da piscina, vai ser transferida para o térreo. Terá vista parcial para o mar e será vizinha do bar Baretto-Londra e do restaurante Fasano Al Mare, comandado pelo chef Paolo Lavezzini.

Com a mudança da academia, a parede do terraço com espelhos desenhados por Philippe Starck (autor do projeto do hotel), será deslocada para abrir espaço para mais espreguiçadeiras. A única coisa que não muda é a vista espetacular para o Oceano Atlântico e as praias de Ipanema e Leblon, da Pedra do Arpoador ao Morro Dois Irmãos.

Espelhos by Starck na cobertura do Fasano / Foto de Carla Lencastre

“O Rio nos deu muitas coisas boas nestes 10 anos”, diz Mariana Vilhena, gerente de comunicação e marketing do Fasano. “Queremos retribuir investindo ainda mais na cidade”.

O novo Hilton Copacabana / Foto de divulgação

Antes das novidades do Fasano Rio e do Copacabana Palace, aconteceram outras movimentações interessantes na hotelaria carioca. Maio, por exemplo, foi um mês de grandes novidades. A gigante Hilton assumiu a administração de um hotel símbolo da Praia de Copacabana, com 545 quartos em uma torre de 39 andares na Avenida Atlântica. O Hilton Rio de Janeiro Copacabana é o segundo empreendimento do grupo americano no Rio. O primeiro fica na Barra da Tijuca.

Fachada do futuro Fairmont / Foto de divulgação

Ainda em maio, a rede francesa AccorHotels anunciou que transformará o Sofitel Copacabana, no outro extremo da praia, no primeiro Fairmont da América do Sul. O projeto é da arquiteta Patricia Anastassiadis, que assina o paulistano Palácio Tangará.  A reinauguração está prevista para meados de 2018. A mesma Accor fez também uma renovação pós-Olimpíadas no Caesar Park, em Ipanema, que agora é um Sofitel.

Mas a hotelaria não pode ser a única responsável por promover o Rio. Passou da hora de nossos governantes, nas três esferas de poder, reconhecerem o Turismo como importante fonte de renda para a cidade e que pode ajudar a solucionar muitos de seus problemas.

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Já anunciei aqui uma novidade nas minhas redes sociais. Mas conto de novo para quem não viu. Comecei no final de abril um perfil no Instagram com mais três jornalistas especializados em viagens, turismo e lifestyle, @HotelInspectors.  A ideia é reunir fatos & fotos de hotéis bacanas que visitamos. As novidades dos 10 anos do Fasano Rio, por exemplo, apareceram primeiro por lá. E continuo postando minhas andanças pelo Rio e pelo mundo no @CarlaLencastre. Vai ser uma honra se você também quiser me acompanhar pelo Instagram!

 

 

Prédio ícone da hotelaria carioca entra em nova fase

Copacabana começou o mês de maio com uma importante novidade para a hotelaria carioca: foi inaugurado no dia 3, quarta-feira passada, o mais novo hotel da rede americana Hilton. É o centésimo do grupo em toda a América Latina, com um total de aproximadamente 17 mil quartos distribuídos por nove marcas na região.

Coleção de cartões-postais cariocas vistos do novo Hilton Copa / Foto de divulgação

O Hilton Rio de Janeiro Copacabana ocupa um prédio ícone da hotelaria no bairro: uma torre de 39 andares na esquina das avenidas Atlântica e Princesa Isabel. Projetado por Paulo Casé, o edifício mais alto de Copacabana foi inaugurado em 1975. Ao longo de três décadas, abrigou o Méridien, famoso pela cascata de fogos de artifício durante o réveillon, nas décadas de 1980 e 1990, e pelo restaurante Le Saint-Honoré, no 37º andar, durante alguns anos comandado pelo então jovem chef Laurent Suaudeau, hoje em São Paulo. No início deste século, os fogos foram proibidos. Anos depois, o grupo espanhol Iberostar assumiu o hotel. Mais recentemente, funcionava como Windsor Atlântica.

A piscina e o oceano / Foto de divulgação

Com 545 quartos, o hotel não fechou um único dia durante a fase de transição. Quem chegou na última semana de abril e saiu na primeira semana de maio fez check-in no Windsor e check-out no Hilton. O letreiro na fachada foi trocado durante o fim de semana que antecedeu a inauguração. Por enquanto, além do nome, pouco mudou. O hotel foi renovado em 2011 pela rede Windsor e as novas modificações serão feitas aos poucos. É o segundo Hilton no Rio. O Hilton Barra foi inaugurado há dois anos.

O célebre calçadão de Copa e funcionários do 100º Hilton na América Latina / Foto de divulgação

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Outra novidade para quem se interessa por hotelaria de luxo: comecei há alguns dias um perfil no Instagram com mais três jornalistas especializados em viagens, turismo e lifestyle. É o @HotelInspectors.  A ideia é reunir fotos & dicas de hotéis bacanas que visitamos.

E continuo postando minhas andanças pelo Rio e o mundo no @CarlaLencastre e no @OOlharNomade. Nas próximas semanas vai ter África do Sul, Região Serrana do Estado do Rio, Estados Unidos… Muitos bons programas e novidades a caminho.

Vai ser uma honra se você também me acompanhar por lá!

Vista noturna da piscina na inauguração do Hilton Copa / Foto @HotelInspectors
As pérolas do colar da princesinha do mar vistas da piscina / Foto @CarlaLencastre