Hoje, tive a honra de representar a Braztoa e o setor de agenciamento de viagens, em audiência pública sobre a Reforma Tributária. Aproveito este espaço para agradecer a sensibilidade do Senador Braga e sua equipe por permitir este momento, que faz parte de um trabalho conjunto em prol do Turismo.
Quero compartilhar com vocês os principais pontos discutidos. Os números são nossos melhores argumentos.
O agenciamento de viagens é um setor de intermediação que une todos os demais elos do Turismo. Nós, operadores e agências de turismo, não efetuamos venda direta de passagem aérea ou qualquer outro serviço. Somos intermediários que facilitam a conexão entre os clientes e os prestadores de serviços turísticos.
O turismo é um setor estratégico para o Brasil, responsável por 8% do PIB nacional e 3,4 milhões de empregos formais. Nos últimos 10 anos, o setor cresceu 37,4% em termos de empregos, com destaque para as regiões Norte e Nordeste. Além disso, o turismo é um setor inclusivo, com 20% dos empregados entre 14 e 24 anos, 54,1% de mulheres e 57,2% de funcionários de cor preta ou parda.
De acordo com estudos da consultoria Tendências, um aumento de 1% no preço dos serviços de turismo resulta em uma redução de 0,7% na demanda. Por outro lado, um aumento de 1% na demanda dos serviços de turismo resulta em uma alta de 0,2% da ocupação, o que corresponde à geração de 11,5 mil empregos.
Portanto, é fundamental implementar uma alíquota que não encareça os serviços, permitindo o contínuo crescimento do setor. Uma taxa adequada favorecerá a geração de empregos, redução das desigualdades socioeconômicas e valorização do turismo nacional.
A competição internacional é intensa, e a média de tributação dos 37 membros da OCDE é de 11,7%. Nossa vizinha Argentina tem isenção, assim como Colômbia e Bolívia. O setor sugere substituir a fórmula de cálculo da alíquota por um redutor de 60%, evitando a criação de outras taxas e resultando em uma carga tributária em linha com a média da OCDE.
Pude reforçar o pedido aos Senadores que considerassem uma alíquota adequada e competitiva, aplicando um redutor de ajuste de 60% para toda a cadeia de turismo. Isso permitirá que o setor continue a crescer, gerar mais renda, empregos e investimentos no Brasil.