2025: O que esperar e como se preparar para este ano

2025 começou, e entender o que vem pela frente é essencial para ajustar as rotas e aproveitar as oportunidades que o mercado traz. Na Braztoa, acompanhamos de perto as movimentações do setor e reunimos insights valiosos para ajudar você a se preparar para o que pode impactar e direcionar o turismo neste ano.

Olhando para o cenário econômico e global, vemos um equilíbrio entre cautela e otimismo. 44% das operadoras associadas à Braztoa apontam que enxergam um ano promissor ou muito promissor, enquanto 34% esperam estabilidade e 22% acreditam que será um período desafiador. Ou seja, há um campo aberto para quem souber se adaptar, inovar e fortalecer seu posicionamento no mercado.

Mas quais são os fatores que realmente vão influenciar os negócios e como você pode se preparar? Vamos aos principais pontos.

O que deve impactar o turismo em 2025

O levantamento da Braztoa mostra que questões econômicas seguem como protagonistas no impacto do setor. O câmbio, por exemplo, foi citado como fator determinante ou de grande impacto por 96% das operadoras, e a inflação e o poder de compra aparecem logo atrás, com 94%. Isso significa que um consumidor atento ao orçamento buscará cada vez mais valor agregado e alternativas inteligentes para viajar – e aí entra o seu papel de especialista em indicar opções que façam sentido para cada perfil de cliente.

A economia nacional e global também entra nesse radar: para 97% das operadoras, esse é um fator crucial para os negócios. Além disso, custos operacionais elevados, políticas públicas e regulamentações exigem atenção. Em 2024, a Braztoa esteve ativamente envolvida em Brasília para defender os interesses do setor, e seguiremos trabalhando para garantir que o turismo continue crescendo de forma sustentável e competitiva.

A segurança e a estabilidade política também impactam o turismo. Para 47% das operadoras, esses fatores terão grande impacto em 2025, enquanto 19% os consideram determinantes. Mudanças inesperadas no cenário internacional podem redirecionar a demanda, criando tanto desafios quanto novas oportunidades. O importante é estar sempre atento e pronto para adaptar suas estratégias.

Onde estão as oportunidades?

Diante desse cenário, como transformar desafios em crescimento? As operadoras destacaram algumas oportunidades estratégicas para 2025, e aqui vão algumas dicas para você aplicar no seu dia a dia:

* Eficiência operacional e produtividade: Aperfeiçoe seus processos para ganhar tempo e reduzir custos. Ferramentas de automação, gestão integrada e organização eficiente fazem toda a diferença.

* Experiência do cliente e fidelização: Quem conhece bem o cliente, entende suas necessidades e oferece soluções personalizadas sai na frente. A relação de confiança é um dos seus maiores ativos!

*Parcerias estratégicas: O turismo é um setor de conexões. Trabalhar com fornecedores e empresas alinhadas aos seus valores pode ampliar suas oportunidades de negócios.

*Tecnologia e inovação: Não tenha medo de explorar novas ferramentas digitais. A inteligência artificial está aí para facilitar sua vida e melhorar a experiência do seu cliente.

*Produtos e serviços de nicho: Especialização é um caminho sem volta. Seja no turismo de luxo, aventura, enoturismo ou experiências culturais, encontrar um diferencial e se posicionar como referência pode impulsionar seu crescimento.

E o turismo sustentável? Está na hora de agir!

Sustentabilidade e ESG (ambiental, social e governança) já são temas recorrentes no turismo, mas ainda não têm o impacto que deveriam no mercado brasileiro. Para 50% das operadoras, esses fatores terão um impacto moderado ou muito impacto em 2025. No entanto, a percepção está mudando, e o engajamento do setor será essencial para transformar a sustentabilidade em vantagem competitiva.

Os viajantes estão cada vez mais atentos às boas práticas ambientais e sociais, e quem se adiantar nesse movimento pode ganhar um diferencial importante. Se ainda não pensou em como inserir a sustentabilidade nos seus produtos e comunicação, agora é a hora!

O que esperar de 2025?

O turismo está sempre se transformando, e 2025 não será diferente. O cenário combina desafios e oportunidades, mas quem se mantém conectado, bem informado e disposto a inovar tem muito a ganhar.

Se há um conselho que eu posso dar, é este: esteja próximo do seu cliente, das tendências, do mercado e das pessoas que podem impulsionar seu crescimento. A Braztoa segue como uma parceira estratégica, tanto na inteligência de mercado quanto na oferta de produtos e oportunidades das suas associadas.

Porque no turismo – assim como nos negócios – quem está bem conectado sempre amplia suas chances de sucesso! Excelente 2025 a todos!

O óbvio também precisa ser dito: Riscos no Turismo

Este mês, eu escreveria sobre tendências e panoramas futuros, mas o texto abaixo foi necessário. Em meio a um mercado em constante evolução, é essencial também abordar os desafios que podem comprometer a segurança e a credibilidade do setor. A recente carta aberta da BRAZTOA, já veiculada na PANROTAS, reforça um alerta fundamental para agentes de viagens e consumidores: os riscos inerentes a práticas comerciais inadequadas e suas possíveis consequências para toda a cadeia do turismo.

Achei pertinente trazer esse tema para este canal direto com vocês, leitores do blog, pois acredito que a conscientização e a informação são nossas maiores aliadas na construção de um setor cada vez mais seguro e confiável. Boa leitura!

Carta aberta ao Mercado

O óbvio também precisa ser dito: Riscos no Turismo

Diante das recentes notícias e discussões que têm ganhado espaço na mídia, a Braztoa decidiu abordar um tema essencial para a indústria do turismo, um setor dinâmico e que está sempre em transformação. Há um movimento constante de inovação, tendências e novos panoramas, mas é igualmente necessário falar dos desafios que impactam a segurança e a credibilidade do mercado. Entre esses desafios, um dos mais recorrentes e preocupantes são os riscos inerentes às ações comerciais inadequadas, que podem comprometer tanto os agentes de viagem quanto os clientes finais.

É fundamental que todos os profissionais do turismo estejam atentos a práticas que podem parecer vantajosas à primeira vista, mas que escondem riscos elevados. O preço de um mesmo produto pode variar entre diferentes fornecedores, mas variações extremas de valor devem sempre ser analisadas com cautela. Ofertas muito abaixo do mercado podem indicar problemas financeiros ou fragilidade operacional da empresa ofertante, o que pode afetar o cumprimento dos serviços contratados.

Outro aspecto de atenção envolve comissionamentos elevados e discrepantes, bem como ganhos extras (os chamados “overs”) muito acima da média. Se algo parece bom demais para ser verdade, há um grande risco de que, no longo prazo, o modelo de negócio não se sustente. Empresas que operam com margens reduzidas ou inexistentes podem até conseguir crescimento rápido, mas, quando esse crescimento desacelera, a capacidade de honrar compromissos se torna insustentável. O mercado já testemunhou diversos casos em que esse tipo de prática resultou em prejuízos significativos, amplamente divulgados na mídia.

Além disso, muitas empresas não possuem reservas financeiras para lidar com crises, flutuações cambiais ou perdas judiciais, levando a cancelamentos sem aviso prévio ou à prestação de serviços abaixo do prometido. Existem inúmeras formas de mitigar estas situações utilizando-se de boa gestão, seja com reservas estratégicas, operações de hedge cambial ou seguros de responsabilidade civil, para citar alguns. Infelizmente há inúmeros relatos de consumidores que, ao chegarem ao destino, descobriram que suas reservas não haviam sido feitas ou que precisaram arcar com taxas inesperadas.

Outro ponto de atenção são as condições de parcelamento oferecidas. Embora isso seja uma facilidade importante para o consumidor, prazos excessivamente longos sem um modelo de negócio sustentável podem ser um alerta de que a empresa está buscando criar caixa para quitar vendas passadas. Isso aumenta o risco de recuperação judicial ou falência antes mesmo da viagem acontecer, deixando os clientes sem reembolso e sem viagem. A análise da taxa SELIC e das condições de crédito do mercado deve ser levada em consideração: com juros mais altos, a tendência natural é a redução dos prazos de parcelamento. Ressaltamos que apenas um parcelamento estendido não é necessariamente um sinal de alerta, mas se, para determinado produto, o parcelamento médio das empresas é de 3 a 5 vezes, seria estranho que outras conseguissem financiar em 10 ou 12 vezes sem juros.

A recorrência de desacordos comerciais e mudanças frequentes de parceiros também deve ser vista com atenção. A maior parte das empresas utiliza intermediários nacionais ou internacionais para ampliar sua capilaridade de vendas, e problemas recorrentes com esses fornecedores podem indicar dificuldades financeiras ou operacionais. Assim como mudanças constantes no quadro de funcionários não costumam ser anunciadas sem necessidade, mudanças abruptas em modelos de parceria e distribuição amplamente anunciados frequentemente sinalizam riscos operacionais que devem ser observados.

Um exemplo clássico de modelo de risco é o fretamento de voos, que hoje é evitado por grande parte das empresas devido aos altos custos e desafios logísticos. O mercado tem optado por bloqueios em voos comerciais, estratégia que dilui riscos e melhora a segurança operacional. O mesmo se aplica à venda exclusiva de ingressos para parques e serviços de baixa margem de lucro, que podem comprometer a sustentabilidade financeira do negócio. Empresas sólidas priorizam produtos e práticas que garantam a viabilidade da operação no longo prazo.

Nenhuma dessas práticas isoladamente representa um risco imediato, mas a combinação de vários desses fatores acende um sinal de alerta que não pode ser ignorado. O histórico do mercado comprova que negócios insustentáveis sempre acabam impactando negativamente toda a cadeia de turismo, inclusive os agentes de viagem e clientes, gerando prejuízos que poderiam ser evitados com maior atenção às práticas comerciais adotadas.

Diante desse cenário, é essencial que Operadores de Turismo, Agentes de Viagem  e consumidores estejam atentos aos sinais de risco, pesquisem a reputação das empresas, leiam avaliações recentes de outros viajantes e evitem ofertas que pareçam excessivamente vantajosas sem justificativa clara. Para garantir maior segurança, um bom ponto de partida é consultar as 56 operadoras de turismo associadas à Braztoa, disponíveis em www.braztoa.com.br. Todas passaram por um rigoroso processo de seleção e contam com a chancela do mercado.

Viagens são investimentos em experiências, e a segurança e a tranquilidade dos clientes devem ser prioridade para todos os profissionais do setor. Escolher bons parceiros e adotar práticas responsáveis é a melhor forma de garantir que cada viagem ocorra exatamente como planejado, sem surpresas desagradáveis.

Braztoa – Associação Brasileira das Operadoras de Turismo

50 anos da PANROTAS e a mídia como motor do turismo

Vivemos em um mundo onde a velocidade da informação é crucial para os negócios, e no turismo, não é diferente. Mais do que nunca, precisamos de notícias rápidas, confiáveis, imparciais e bem apuradas. Nesse cenário, a mídia e os jornalistas desempenham um papel essencial: engajar, inspirar e gerar desejo por viagens. São eles que apresentam novas formas de conhecer lugares, revelam novos destinos e trazem à tona histórias que conectam pessoas ao mundo.

Para a Braztoa, com seus 35 anos de trajetória, a imprensa é uma parceira indispensável. Ela reverbera nossas pautas, amplia nossas discussões e conecta nossas ações a um público diverso. Desde temas como capacitações, sustentabilidade e eventos até pleitos políticos, a mídia é um elo que potencializa o impacto de nossas iniciativas e nos ajuda a avançar como setor.

Nesse cenário de rapidez e hard news, qualidade e imparcialidade tornam-se diferenciais essenciais, e a trajetória de 50 anos da PANROTAS é um exemplo disso. Como veículo de comunicação 360º, ela acompanhou as principais mudanças na era da informação, conectando e transformando o turismo brasileiro. Sua presença vai além de registrar os acontecimentos: é parte fundamental na construção de informações e narrativas que moldam o futuro do setor.

Assim como a Braztoa, que sempre buscou criar pontes e disseminar ideias, a PANROTAS traduz a força da colaboração e da inovação. Essa longevidade é reflexo de um trabalho sólido, pautado pela excelência e pelo compromisso com o turismo. Que essa história continue a ser escrita e inspire outras tantas transformações que o setor ainda tem a realizar.

Parabéns PANROTAS pelos seus 50 anos!