Durante um coquetel em Las Vegas com o Kyle Moore, VP do Sabre para área de desenvolvedores de sistemas (o título é outro mas é por aí), conversamos sobre a mudança de comportamento da sociedade em relação à evolução da tecnologia ao longo dos tempos.
Numa época em que as famílias entregam telefones celulares até às crianças e que todas as pessoas tem um (ou mais de um) aparelho, para que serve um telefone fixo residencial?
A pergunta encaixa perfeitamente no Brasil e nos EUA, já que o nível de aderência às novas tecnologias está praticamente nivelado (houve época de defasagem de alguns anos) entre os dois países.
Enquanto os EUA já estão implantando o 4G, o Brasil está licitando a concessão da operação desta novíssima tecnologia de comunicação celular, com uma defasagem de cerca de 6 meses.
Esta mesma defasagem (6 meses) existe entre os produtos de ponta lançados no Japão e que viram modismo no mundo inteiro, em relação à implantação nos EUA.
Sim, os modismos tecnológicos definitivamente começam no Japão e não sei ao certo, mas imagino se esse assunto de telefone fixo residencial já não esteja superado em Tokyo…
Qual é mesmo o motivo de mantermos um telefone fixo (a cabo) em nossas casas?
“Meu telefone de casa quase nunca toca”, comentou Kyle. “Lá em casa, quando toca, é telemarketing, uma praga que o brasileiro ainda não conseguiu extinguir”, disse eu sem explicar porque ainda temos o tal aparelho fixo em casa.
Acho que a minha geração e talvez, no máximo, a do meu filho, ainda mantem telefone fixo residencial, numa área super bem atendida por diversas operadoras de telefonia celular, por puro hábito, simples tradição ou comportamento conservador…
“Vai que a linha celular não pega…”, argumento frágil diante das estatísticas de falhas da telefonia fixa em relação à telefonia móvel atualmente.
O fato é que a próxima geração, a dos meus netos (alô, Vabo Jr…!!) certamente crescerá sem entender o motivo de existir em casa um equipamento plástico em cima da mesa, ligado à parede por um fio, e que nunca é usado por ninguém pra nada…
Evolução dos tempos, quem viver verá…
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