É TUDO CONVERSA FIADA !

A coisa está ficando cada vez mais estranha, as pessoas gastam uma boa parte de seu tempo interagindo, freneticamente, com seu smartphone ou tablet, de um jeito que lembra um comportamento doentio (ok, não me excluo).

Negar a dependência, apesar de todas as evidências, é uma das características de todo viciado.
Negar a dependência, apesar de todas as evidências, é uma das características de todo viciado, em especial, do viciado social

Provavelmente, nestes tempos de comunicação desenfreada e ilimitada, alguém já terá dito algo parecido, mas as melhores invenções da humanidade, para cada uma de nossas demandas relacionadas ao tempo, continuam sendo as mesmas de sempre, simploriamente banais, independentemente da forma (analógica ou digital, não importa) como algumas são consumidas.

Enfim, ainda não se inventou nada melhor para:
– Passar o tempo: música
– Viajar no tempo: foto
– Curtir o tempo: livro
– Esticar o tempo: conversa
– Parar o tempo: beijo
– Desfrutar do tempo: passeio
– Aproveitar o tempo: viagem
– Otimizar o tempo: academia
– Organizar o tempo: agenda
– Valorizar o tempo: estudo
– Ganhar tempo: trabalho
– Perder tempo: rede social

O fato é que todos nós perdemos boa parte de nosso tempo navegando e interagindo com sites de relacionamento social, não com pessoas, mas com algoritmos que gerenciam o quê, quando, como (de que forma, com que frequência, de que maneira, com qual intensidade e até com ou sem emoção etc.) nós nos comunicamos com as outras pessoas, tão ou mais dependentes do que se convencionou chamar rede social (a TV da atualidade, o rádio de muito antigamente).

Mas a maior parte do que se escreve, do que se posta, do que se cola, do que se repete, do que se informa nas redes sociais, é mesmo aquilo que os ingleses e americanos chamam candidamente “bullshit”, ou seja são cascatas, mentiras deslavadas, fotos maquiadas, fatos inventados, exageros, falsas verdades, marketing pessoal sem o Conar para autorregular…

Bullshit

Ou, como diria o Sidney Lima Filho, citando Ralph Waldo Emerson, “Suas atitudes falam tão alto que eu não consigo ouvir o que você diz”…

Blogueiro há mais de 5 anos, já postei mais de 480 textos aqui no Panrotas, não simplesmente porque gosto do ato de escrever, mas sim porque gosto das palavras como forma de expressão, mas o que amo e valorizo mesmo são atitudes, que sempre significam mais do que qualquer palavra, seja falada, escrita ou postada.

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11/09 EM 13/11

Há 2 semanas postei sobre nossa viagem à New York e a experiência ao visitar o Memorial Museum, fantástica construção erguida em homenagem póstuma aos mortos nos atentados de 11/09/2001, cujo maior símbolo foi a queda das torres gêmeas do WTC, em New York, ícone do capitalismo ocidental.

Quando imaginávamos que o 11/09 começava a virar história, apesar das frequentes, mas pontuais, ações terroristas em todo o mundo, eis que Paris é, outra vez, alvo de ataques em pontos turísticos e locais de grandes aglomerações.

Stade de France, Gare Du Nord, Petit Cambodge, Le Carrilon, Bataclan Concert Hall, Belle Equipe e Les Halle são nomes que ficarão marcados por esta noite, como uma continuação macabra de NYC, quase um “11/09 reloaded”.

O estado de terror resumido nesta imagem do gramado do Stade de France ocupado pela torcida em pânico
O estado de terror resumido nesta imagem do gramado do Stade de France ocupado pela torcida em pânico

Independentemente da grande diferença na quantidade de vítimas entre os dois atentados, a maior semelhança entre eles é justamente a constatação do quanto as grandes nações parecem ainda despreparadas para garantir a paz interna contra inimigos cuja lógica é oposta aos valores ocidentais.

E o quanto tudo isso impactará nas relações internacionais, nos fluxos migratórios, no comércio entre os países e no turismo mundial.

Mesmo buscando ser realista, já fui tachado de pessimista quando postei, no final de 2014 e no início de 2015, sobre a crise econômica brasileira, que duraria até 2016 e, portanto, carecia uma atenção especial de empresários e empreendedores.

Depois desta sexta-feira 13, mesmo totalmente contra a minha vontade, devo reavaliar meus prognósticos.

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EMPRESAS PRIVADAS QUE DESPERDIÇAM MILHÕES

Tudo bem que a pesquisa da GBTA Foundation, patrocinada pela HRS, e divulgada no Portal Panrotas, cobre o mundo inteiro e não somente países em crise econômica…

Mas o fato é que desperdício de dinheiro é algo inimaginável nos dias de hoje, tanto em cenários estáveis quanto mais em ambientes econômicos recessivos, em especial considerando as tecnologias disponíveis, aqui e lá fora, para evitar este tipo de descontrole de gestão.

Em média, 3 mil horas de trabalho por ano são gastos (ou desperdiçados) pelas grandes empresas, com o mais puro, simples e desnecessário retrabalho de correção de relatórios de despesas !!!

Este dado, por si só, já é alarmante, mas a pesquisa mediu também o desperdício médio de dinheiro com este reprocesso: R$ 2 milhões por ano !

O comentário de Joseph Bates, VP da GBTA Foundation, é conclusivo: “Com a rápida introdução de novos produtos financeiros na indústria de viagens, as companhias deveriam avaliar suas práticas atuais e necessidades dos seus negócios para garantir que estão trabalhando tão eficientemente e de olho nos custos quanto possível”.

O mais revelador desta afirmação é a expressão “Com a rápida introdução de novos produtos financeiros na indústria de viagens,…” que confirma recente movimentação das TMCs no Brasil, seguindo tendência mundial, no sentido de oferecerem consultoria de gestão de despesas corporativas às empresas clientes de gestão de viagens.

Nada mais natural, este movimento cresce rapidamente por aqui, liderado por agências de gestão de viagens corporativas mais antenadas nas necessidades de seus atuais clientes e, mais do que isso, de olho na prospecção de novos negócios.

O campo de jogo está montado, os juízes entraram em campo, alguns jogadores estão prontos, outros estão se aquecendo e alguns ainda tentam entender as regras do jogo, mas a torcida está lá, ansiosa por consumir o melhor espetáculo…

Mostrem seu jogo, senhores, a partida está só começando !

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Obs.: Clique aqui para ler a matéria do Portal Panrotas sobre a pesquisa da GBTA Foundation.