Encerrada a Convenção Anual Abracorp 2016, tentei reunir os pontos que se destacaram em um evento sensacional, desde o planejamento, patrocinadores, programação social (roteiro, passeios, serviços etc.), além de, principalmente, os trabalhos relativos ao Planejamento Estratégico da Abracorp 2017 a 2020, apoiados pela consultoria e metodologia da KPMG.
Com 95% dos associados presentes, o discurso de boas-vindas do Rubens Schwartzmann, nosso presidente do Conselho de Administração, lembrou que este evento em Portugal começou a ser construído na gestão de seu pai, Mauro Schwartzmann, ainda no Favecc (uma das entidades antecessoras da Abracorp) e que, por coincidência do destino, tornava-se realidade somente agora, justamente em sua gestão, motivo de seu orgulho pessoal também por isso.
Pronto, estava dado o tom carinhoso das reuniões de congraçamento e convivência familiar dos associados, tão valorizadas pelos associados Abracorp, em especial pelos oriundos do Favecc.
Com reuniões e hospedagem no excelente Dom Pedro Palace, receptivo pela Schultz em equipamentos de última geração com pessoal qualificado e gentil (e a presença simpática do Aroldo), programação especialmente coordenada pelo Turismo de Portugal (Clube do Fado de Lisboa, Palácio de Seteais em Sintra entre outros), patrocínio da onipresente Travelport, o evento teve ainda visita às instalações da TAP, incluindo um dos gigantescos hangares de manutenção de aeronaves.
Além da grandiosidade das instalações físicas da cia. aérea, que mantém verticalizada o atendimento às suas demandas operacionais (onde produz, opera ou gerencia, com equipe própria, quase todas as atividades-meio necessárias à sua atividade-fim), o “grand-finale” estava reservado para uma reunião/discurso/palestra/bate-papo do VP da TAP com os associados Abracorp.
Durante o “stand-up meeting”, Luiz da Gama Mór abordou, com sua conhecida franqueza, assuntos como a privatização da TAP e a composição acionária decorrente deste processo, as experiências “fora da caixa” da nova estratégia comercial da cia. aérea, que inclui leilões online para “upgrade” da classe econômica para executiva (voos dentro da Europa), entre outras iniciativas, mas o que surpreendeu mesmo foi sua visão pragmática de como a tecnologia apenas iniciou o processo de mudança profunda no negócio distribuição de passagens aéreas.
Para conhecer boa parte do que Mór disse para os associados Abracorp, leia aqui a matéria do Artur no Portal Panrotas.
O que Mór não disse foi que a TAP, assim como todas as cias. aéreas em todo o mundo, verdadeiramente acredita que vender diretamente ao passageiro, seja viagem de turismo ou corporativa, é o melhor negócio para a transportadora, preferencialmente sem GDS, sem OTA, sem TMC, sem agente de viagens, operadora ou qualquer intermediário, o que não é propriamente uma novidade.
Para uma cia. aérea cuja operação já é tão verticalizada, a distribuição poderia ser apenas mais um dos insumos necessários à sua atividade comercial e, enquanto não for de todo possível prescindir da atual teia capilar de distribuição, quanto menos intermediários tanto melhor para a eficácia da gestão de vendas, por isso a relevância dos consolidadores.
Perguntado sobre qual o próximo movimento disruptivo da aviação comercial, Mór afirmou que adoraria saber, mas está certo de que, seja qual for esta nova disrupção, será estimulada por atender uma demanda ditada pelo comportamento do novo consumidor digital, que está permanentemente buscando maneiras alternativas, mais fáceis, mais rápidas, mais baratas, mais eficazes e até mais prazerosas, de reservar e comprar passagens aéreas.
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